Danica Patrick: "o que eu teria feito diferente"

A revista Car And Driver entrevistou Danica Sue Patrick, a terceira atleta mulher mais famosa dos Estados Unidos, que recentemente deixou a IndyCar Series para se dedicar à NASCAR.

Você é patrocinada pela GoDaddy, mas está trabalhando muito a favor da COPD, entidade que cuida de pessoas que possuem obstrução pulmonar crônica, que tem o site Drive4COPD.com.

Minha avó morreu com dessa doença. Ela ficava em uma cadeira de rodas, recebendo oxigênio puro 24 horas por dia. Ela esforçava-se muito apenas para respirar. Essa doença mata mais pessoas do que o câncer de mama e o diabetes. É uma coisa tão triste, e tentar ajudar é uma forma de honrá-la e talvez fazer algum bem.

Então, depois de muitas especulações, você finalmente anunciou seus planos futuros: disputará uma temporada completa na NASCAR Nationwide Series, na JR Motorsports, de propriedade de Dale Earnhardt Jr., e dez etapas da Sprint Cup pela Stewart-Haas, de Tony Stewart. Foi tudo isso a sua primeira escolha para o que você esperava que acontecesse?

Sim, estou muito feliz, muito animada. A JR Motorsports é uma equipe muito boa. Eles trabalharam duro nos últimos dois anos para manter o carro na pista e estar em todas as corridas que eu poderia fazer. Eu conheço o Tony há muito tempo e tenho muito respeito por ele.

Durante o anúncio, você disse que os carros da NASCAR precisam ser mais "maltratados" que os da IndyCar. Você vai ter que intensificar seu treinamento para correr na NASCAR?

Há uma tecnologia chamada "direção assistida" (power steering), que já existe na NASCAR, mas não na IndyCar, daí o esforço nos stock cars já não é tão grande. Claro, eu nunca tive a infelicidade de a direção assistida pifar durante uma corrida, isso provavelmente mudaria minha mente drasticamente. Agora, sobre "maltratar", eu diria que tenho que dizer que, num stock car, às vezes, você tem que fazer a curva mais cedo, outras vezes, mais tarde, em outras oportunidades, você precisa segurar o volante e soltar o acelerador para manter o carro apontado no contorno ideal da curva, "o piloto diz ao carro o que ele tem que fazer", ao invés de "virar passageiro dele". É melhor guiar um stock car do que um IndyCar.

Seu patrocinador, a GoDaddy, está assinando com a Andretti para marcar presença na IndyCar em 2012. Parece que eles usarão motores Chevrolet e seus carros na NASCAR também serão Chevrolet. Isto poderia facilitar sua participação na Indianapolis 500

Claro que isto cria uma oportunidade, mas é preciso esperar para ver. Não era da boca para fora quando disse que não poderia falar que estaria indo para a NASCAR naquela época, pois estas coisas são complicadas e levam algum tempo. A mesma coisa acontece agora nesta história da Indy 500. Não tomamos todas estas decisões ainda, mas há esperanças, e as coisas mudam rápido. Há apenas dois anos, o foco principal da minha carreira era a IndyCar, hoje é a NASCAR.

Na Wikipedia, você é definida como "piloto de automobilismo, modelo e garota-propaganda". É assim que você se auto-denomina?

Não, eu pensei em trabalhar na pista e que sempre seria assim. Eu não pensava muito em comerciais e trabalhos como modelo. Então, o tempo foi passando, e tudo isso apareceu como uma forma de distração, especialmente quando há períodos de muita concentração. Eu estou realmente feliz. Eu tenho um grande equilíbrio entre ser reconhecível e ainda ser capaz de andar ao redor sem que as pessoas me incomodem. Estou com sorte nisso.

Na maioria dos seus comerciais, seu cabelo está balançando. Deve haver mais fãs do que câmeras de alta velocidade.

Sim, eu sei, meus olhos emudecem quando estou gravando comerciais, com todos os fãs, mas, você sabe, meu cabelo é um dos meus maiores atributos.

Olhando para trás em sua carreira de 19 anos como piloto, há alguma coisa que você teria feito diferente?

Alguma coisa que aprendi no meu primeiro ano na Indy 500, em 2005.

Naquele ano, você foi a primeira mulher a liderar a Indy 500. Você estava chegando perto, mas sua equipe disse que você tinha que economizar combustível.

Estava liderando, mas estava de olho no combustível. Se pudesse voltar no tempo, não teria feito aquilo. Penso que era melhor ter uma pane seca liderando do que chegar em quarto economizando combustível. Você nunca sabe o que pode acontecer. Era meu primeiro ano e estava liderando a Indy 500. Sabia que não teria combustível suficiente até o final, mas, e se aparecesse uma bandeira amarela? Você pode ter várias oportunidades de vencer a Indy 500, mas apenas algumas serão grandes oportunidades.

O texto original pode ser conferido clicando aqui.

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