A revista Car And Driver entrevistou um dos apresentadores do Top Gear.
Você esteve nos Estados Unidos durante seis semanas. Ficou com saudades da Inglaterra?
Não. Recebi a visita de minha esposa e minhas filhas nas últimas duas semanas. Além disso, adoro estar aqui. É claro, viajei muito a negócios, no entanto, apesar de ambos os países falarem o mesmo idioma, em alguns momentos, parece-me que este país é mais "estrangeiro" que muitos outros países que já visitei. Eu tenho certeza que é por causa dessa língua compartilhada que podemos ir direto ao ponto e chegar às sutilezas que fazem a sua vida diferente. Se estou na Itália ou no Japão, eu só quero saber como dizer "cerveja" e "roupa" no hotel. Considerando que, nos Estados Unidos, logo, logo, você está sentado com as pessoas e pergunta como vão suas vidas, o que eles fazem, o que importa para eles, quais as suas esperanças, aspirações e medos.
O programa Top Gear está cada dia ganhando mais audiência. Você está sendo reconhecido aqui?
Para minha surpresa, sim. Nós fazemos o melhor programa automotivo que podemos há dez anos, e é o que ainda estamos fazendo. Não há artificialidades nem cinismo quando criamos o roteiro. Não sentamos e pensamos "temos três apresentadores com personalidades diferentes, então vamos fazer isso", realmente não é assim. É tudo questão de sorte, hora, local, contexto e audiência. As coisas se encaixam e temos uma audiência global. Somos muito sortudos. Você pode ter muitas carreiras antes de uma emplacar. Tenho feito isto durante 23 anos, e me considero muito sortudo.
Há um pico na escala de "performance" de qualquer um.
Isso confunde nossas mentes, mas ainda não mudou a minha, realmente. Depois eu volto, eu estarei no escritório e na semana seguinte estaremos no habitual encontro que temos no início da temporada, dizendo: "para onde estamos indo e o que estamos fazendo?". Não pensamos assim: "se fizermos isso, vamos atingir um grande público na África do Sul, ou na Austrália, ou na Nova Zelândia, ou em qualquer lugar". Nós só fazemos o que fazemos.
O Top Gear America ter suas próprias características não gera um problema para si mesmo?
Quando nos propusemos a fazer o nosso programa, ninguém deu a mínima. "Ah, é apenas um programa de carros na BBC Two", pensaram. Ninguém parou para nos ver. Na Austrália, o nosso Top Gear tem grande audiência. Assim, quando criaram a sua própria versão do Top Gear, foram inevitáveis as comparações, eles sofreram uma enorme pressão. Nós tivemos a oportunidade de evoluir "organicamente". Permitiram que a gente fizesse isso, porque o público não estava lá. De todos os comentários que estou recebendo dos norte-americanos que assistem ao Top Gear America, ele está chegando lá. Com um pouco de tempo, eles vão encontrar os seus próprios personagens, sua própria maneira de fazer as coisas, e eles não vão estar emulando o nosso modo de fazer.
O Top Gear é ainda um programa sobre carros?
Sempre será um programa sobre carros. Tem que ser assim. O momento em que o programa desconsiderar os gearheads, duas coisas acontecerão: eles nunca mais esquecerão do programa e o programa perderá sua credibilidade. Nào há mágica, pois temos de ser três apresentadores dizendo "ei, vamos sair por aí e fazer bobagens". Você nunca vai pensar em nada mais louco para fazer do que as pessoas podem pensar de si mesmos. Então isso tem que estar enraizado em alguma coisa. Tem que ser na busca de algo.
Como o Crash Course, que estréia nesta temporada, refere-se nesse senso de autenticidade do Top Gear?
É sobre grandes máquinas, máquinas que têm um trabalho a fazer. Eu amo veículos que têm um propósito. É por isso que eu prefiro Porsches a Ferraris. Eu gosto de coisas que têm um trabalho a fazer e o fazem, acima de tudo. Qual você prefere? Você quer falar sobre isso no bar ou você quer dirigir um carro de verdade? Acabei de vender um Lamborghini que eu amava, mas felizmente eu tenho o meu 911.
Então você continuará com seu 997 Carrera S ou comprará o novo 991?
Eu não o dirigi ainda. Isso é tudo nesse modelo da Porsche. Eu simplesmente não vejo mais nada nele até que eu o tenha dirigido. Se há aquela transferência dinâmica de peso na traseira, então eu terei uma frente bem leve. Se eu puder sentar no banco do passageiro, com os olhos vendados, e descobrir que o carro que estou é um 911, então, sim, provavelmente vou trocar o meu. Acho que, em uma vida, você só tem tempo para ter apenas um 911.
Há alguma coisa que você teria feito diferente?
Seria bom se pudesse mudar alguma coisa num certo apresentador de televisão que vive me sacaneando por ser baixinho, mas, não, porque, se você muda uma coisa, você acaba mudando um monte de outras coisas junto.
O texto original pode ser conferido clicando aqui.
Ron Dennis: "o que eu teria feito diferente"
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Don Panoz: "o que eu teria feito diferente"
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Giampaolo Dallara: "o que eu teria feito diferente"
Matt LeBlanc: "o que eu teria feito diferente"
Hermann Tilke: "o que eu teria feito diferente"
Richard Hammond: "o que eu teria feito diferente"
Publicado: sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012 às 21:30
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