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A inovação com base no conhecimento

Segundo dados do Banco Internacional do Desenvolvimento, o Brasil lidera o ranking da inovação tecnológica na América Latina, à frente inclusive do Chile. Porém, poucas empresas brasileiras - não importa o porte - investem em inovação. O grande motivo da falta de empenho dos empresários nesse quesito é a burocracia: embora existam programas do governo que incentivem a busca por formas de inovar, muitas companhias não atendem aos pré-requisitos e acabam desistindo do crédito.

Tanto o governo quanto a iniciativa privada têm responsabilidade nesse quadro. Apenas 0,59% do PIB brasileiro é destinado para a área de pesquisa e desenvolvimento. O setor empresarial investe somente 0,5% do seu faturamento em P&D, montante irrisório se considerarmos que, nos países de primeiro mundo, as empresas chegam a investir 70% de todo seu lucro em P&D.

Um dos maiores gargalos para a inovação tecnológica no Brasil é a falta de pessoas preparadas para inovar, sobretudo porque as próprias empresas não estimulam a criatividade. Uma pesquisa realizada pelo Sebrae-SP, envolvendo 450 empresas pequenas e médias, indicou que, em 90% delas, só os sócios identificam novas oportunidades. Somente 9% dessas companhias oferecem prêmios para estimular as ideias dos colaboradores. Esses dados só reforçam a tese de que poucas empresas enxergam a inovação como um meio de incrementar a lucratividade e de avançar em novos mercados.

Isso vai de encontro aos objetivos de negócios estipulados na maioria das organizações, uma vez que todas querem se posicionar como inovadoras. Mas grande parte só visa a lucros e à redução de custos, esquecendo-se de que a base da inovação está no conhecimento, na valorização das ideias e na qualidade do ambiente oferecido aos colaboradores. Sem essa base, torna-se impossível o sonho de alcançar resultados aliados à sustentabilidade.

Também é importante que as empresas tenham sempre em mente que não existe inovação sem conhecimento, pois ninguém inova em algo que não conhece. Portanto é fundamental que as companhias mapeiem seus estoques de conhecimento, criando mecanismos de captura e retenção desse conhecimento. Com isso, fica mais fácil utilizar de forma acertiva o ativo intelectual, gerando inovação de forma mais produtiva, envolvendo as pessoas que fazem diferença em determinado assunto.

Um outro ponto a se considerar é a chegada da Geração Y aos cargos estratégicos. Trata-se de uma garotada altamente conectada, antenada a tudo o que é novo e que representa uma excelente fonte de inovação. Esses jovens têm ânsia de aprender, não gostam de hierarquia e adoram trabalhar em equipe.

Sedento por conhecimento e ascensão, o funcionário Y é um questionador nato que interage, compete, fornece e exige feedbacks rápidos. Por isso preza tanto a colaboração e a troca de experiências. Mas há um detalhe: apesar de trazer uma bagagem intelectualmente tecnológica de peso, não é regra que seja capaz de expor esse conhecimento por meio de uma conversa, principalmente com a "velha guarda". Tão focado em tecnologias e tendências, às vezes exprime melhor suas ideias por meio de comunidades e fóruns de debates virtuais, os quais domina com maestria.

O grande desafio será potencializar essa meninada, trabalhando a gestão da empresa a partir de conceitos da Web 2.0. Apesar de ainda haver questionamentos sobre esse tipo de inovação aberta e acessível, ela já pode ser considerada uma questão de sobrevivência para organizações de sucesso. Na Braskem, por exemplo, 25% dos pesquisadores são colaboradores externos; na Procter e Gamble, 50% dos produtos são desenvolvidos com base em co-criação; e na Natura, 50 a cada 100 projetos em curso são feitos em rede. Estas, sim, estão indo além dos muros, reduzindo time-to-market e custos.

A inovação com base no conhecimento é uma barreira difícil de ser ultrapassada, mas imprescindível para as empresas que desejam alcançar competitividade e desenvolvimento sustentado. Está mais do que provado que os investimentos assertivos em inovação refletem na produtividade da equipe, na maneira como os colaboradores pensam e, consequentemente, na criação de oportunidades de negócios. E quando é assim, todos saem ganhando: empresa e funcionários.

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Não é só um avatar: imagem e reputação nas mídias sociais

Uns são heavy users. Outros usam moderadamente. Há os com o dilema de entrar ou não. E muitos nem sabem do que se trata.

A verdade é que ninguém é um oráculo em mídias sociais. Existem, sim, os que se debruçam a estudar e entender a atuação de indivíduos on-line, mas, por ser uma questão relativamente nova, todos estamos descobrindo sobre esse fenômeno.

É importante destacar que profissionais e organizações que atuam ou que pensam em atuar nas mídias sociais devem ter um olhar estratégico, depurado e racional, diferentemente da grande massa que utiliza os meios sociais virtuais mais despropositadamente, como forma de interação entre amigos, familiares, novos relacionamentos pessoais etc. É imperativo estar na web, pois nela está o extrato de consumidores, influenciadores, críticos e toda uma sorte de impactos positivos e negativos à imagem e à reputação.

Ao contrário do que algumas empresas e profissionais ainda pensam, não se trata apenas de marcar presença, abrir uma conta, definir um avatar e escrever algo. Trata-se da interação estratégica e consistente, sem intrusão, utilizando a linguagem corrente.

Se por um lado a adesão é crescente, por outro existem empresas e profissionais de todos os portes e níveis que desconhecem ou não dão crédito a essa realidade, que nem é tão nova assim. Estão cegos às benesses que a presença on-line pode lhes trazer. Se há o perigo de estar nas mídias sociais, o benefício é maior, já que as fronteiras se dissiparam e praticamente tudo está na Internet.

Diferentes mídias sociais e ferramentas surgem do dia para a noite, o que não necessariamente contribui para o aumento de insucessos, já que, na maioria dos casos, os próprios usuários criam para si situações embaraçosas. Pergunte ao Alex Glikas, diretor demitido da Locaweb, e à British Petroleum (BP) se o abalo em suas imagens e reputações foi causado majoritariamente pelas redes sociais ou por suas palavras e ações, ainda que não deliberadas.

Teoricamente, os profissionais ligados a comunicação e a tecnologia deveriam ter mais tato nas redes sociais, mas não é bem o que acontece. Muitos colocam à disposição de todos informações que os comprometem. Esquecem que estão no virtual, onde as paredes, as portas e as janelas são frágeis e muitas vezes nem existem.

Em muitos casos, o conceito de seguidor é levado ao pé da letra, quando empresas e profissionais vasculham informações que abonem ou desabonem alguém. Por isso, cabe o cuidado com o que tornar público.

O advento das mídias sociais tornou a questão da imagem e da reputação tão complexa que são criadas a cada dia novas ferramentas de monitoramento pagas e gratuitas, oportunas para extrair subsídios para criação e otimização de produtos e campanhas, pesquisas sobre público-alvo e, principalmente, para detecção de consumidores, fãs, influenciadores e destruidores; informações fundamentais e estratégicas para momentos de crise.

O uso de hashtags para agrupar determinado assunto no Twitter é bem emblemático quanto o poder do indivíduo on-line.

Um parêntese é que muitos entram na discussão pelo simples desejo de pertencer, de aparecer, sem saber exatamente qual a causa que se está promovendo ou demovendo. E nesse círculo estão pessoas que se esquecem de suas ligações profissionais e empresariais e "entram na onda", se prejudicando. Nesses casos, devemos parar e pensar se a opinião pública é consistente ou se é só agitação desqualificada de meia dúzia de arruaceiros. A anarquia pode custar caro.

Outra questão a ser levada em consideração é de empresas, instituições, políticos e celebridades que utilizam as redes sociais de forma fria, puramente como via de mão única. Ora, não se pode querer empurrar goela abaixo o que não se quer ouvir, ler, comprar etc, ou usar essas ferramentas para inflar egos e manter o grau de egoísmo. A imagem pode parecer frágil e superficial. Os próprios termos são "mídias sociais", "novas mídias"; não é mais de um para todos, é de todos para todos.

Quanto à gestão das mídias sociais, não é das tarefas mais fáceis; até um estagiário - sem nenhum tipo de desqualificação aos que desempenham muito bem a função - pode monitorar dados e informações, mas a análise deve passar por profissionais mais experientes, com conhecimentos diversificados, extrapolando a parte mais técnica e entrando na parte comportamental, humana e social.

Já no que tange ao gerenciamento de crises, o mais indicado é que seja conduzido por profissionais com grande conhecimento de relações públicas, familiarizados com a web 2.0, que devem identificar a raiz dos problemas e montar estratégias de comunicação para diminuir ou estagnar os efeitos e danos à imagem, apontando à organização caminhos a serem seguidos para que a situação de embaraço não volte a se repetir.

O conceito de gestão e planejamento em mídias sociais pode facilmente remeter às organizações, mas é plenamente aplicável a qualquer indivíduo, seja profissional ou não.

"Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém."

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Estrutura de uma ação viral: a diferença entre fórmulas e regras

É muito comum alguém dizer que viral não tem fórmula. Isso é verdade. Uma fórmula é algo exato, científico e preciso. Não se pode exigir isso de uma ação viral, pois ela envolve emoções e reações de pessoas, e o ser humano não cabe em fórmulas.

Outras pessoas dizem que o viral é consequência de uma ação de publicidade online. Que não se pode produzir um viral, mas somente esperar que uma campanha viralize e se espalhe. Isso é só parcialmente verdade. É fato que muitas ações publicitárias, mesmo comerciais convencionais, acabam por iniciativa das pessoas, se propagando na rede e ganhando mais corpo do que seus autores imaginavam originalmente. Mas acreditar que não se pode conscientemente fazer isso é muito simplista.

O fato é que estamos falando de marketing, em particular de marketing digital, e portanto temos que perseguir e garantir resultados. Embora haja elementos intangíveis e imprevisíveis em uma ação de marketing viral, não podemos simplesmente aceitar que não há método ou ciência por trás de uma boa ação de marketing viral.

É verdade que ele pode ser consequência de uma ação publicitária e também que ele não tem um fórmula definida, mas estudando mais a fundo o tema, e baseado em cases de sucesso, onde houve intenção clara e bem sucedida de se implementar uma ação viral, é possível planejar e prever alguns resultados.

Ações de marketing são ações práticas que visam obter maior exposição para a marca, conquistar maiores fatias do mercado e, em última análise, aumentar as vendas. Assim, temos que criar ações estruturadas e que tenham a maior chance possível de dar resultados concretos. Portanto, o maior desafio é como conseguir resultados. Mas se não temos fórmulas para utilizar, o que fazer? A resposta é simples: seguindo algumas regras.

No marketing digital eu não trabalho com fórmulas, e sim regras. Regras são guias, ensinamentos, gerados pela experiência e pela análise. Regras são flexíveis e podem ser quebradas. Por isso, falo de estrutura e regras, e não de fórmulas.

A ação de marketing viral pode ter muitas formas e conteúdos. A criatividade é a regra e, às vezes, é difícil enxergar a estrutura de uma ação viral olhando somente para os vídeos ou widgets que você encontra na Internet.

Entretanto, uma ação de marketing viral tem uma estrutura clara. Como em toda ação de marketing digital você tem um objetivo de campanha, um público-alvo e uma mensagem para transmitir para esse público (e se não tem, faça isso primeiro, antes de tentar qualquer outra coisa. Lembre-se: objetivo, público-alvo, mensagem).

A Estrutura de uma ação viral

Esta estrutura de uma ação viral pode ser dividida em:

* A peça viral: elemento de transporte da sua mensagem. Ela pode ser um texto, um widget, um vídeo, ou qualquer outro formato online. É ela que contém a mensagem e a essência da estratégia.

* A rede de distribuição: rede social ou o meio por onde a peça viral será transmitida. A peça viral deve ser repassada de internauta para internauta e, portanto, você tem que definir a rede de distribuição. Ela pode ser a única rede ou só a inicial, se sua peça permitir múltiplas formas de transmissão.

* A semeadura: implantação da peça viral nos pontos chaves da rede. Como e onde iniciar a publicação da peça viral na rede é essencial para o sucesso.

* Usuários alfa: primeiros a terem contato com a mensagem e que têm mais possibilidades de propagação da mensagem inicial. Eles são as pessoas-chave que tem maior influência na rede e que são mais sensíveis à mensagem. Pode ser que isso seja inerente à rede de distribuição, ou que dependa de uma pesquisa prévia.

* Complementos: os complementos dão longevidade à campanha. Criar avatares, papeis de parede, músicas e outros elementos que permitam que as pessoas possam "curtir" a ação além do viral.

E quais são as regras básicas do marketing viral que contribuem para que ele funcione? Se você entendeu a estrutura, fica mais fácil entender como as regras vão ajudar e muito para que você seja bem sucedido.

Então, vamos às regras.

Faça com que as pessoas sintam algo

É muito importante que as pessoas tenham uma experiência forte e sintam fortes emoções. Você terá que se comprometer com algo e fazer com que as pessoas se sintam vivas e tenham uma reação como:

* sentirem-se repletas de amor ou ódio.
* ficarem muito contentes ou bravas.
* sentirem-se geniais ou idiotas.
* sentirem compaixão ou perceberem-se egoístas.

Esqueça os tons pastéis, as posições neutras ou as tentativas de agradar a todos. Marketing viral funciona com base em emoções.

Faça algo inesperado

Se você quer que sua campanha decole, terá que fazer algo diferente, algo inesperado. Esqueça a promoção de produtos e serviços e não tente fazer algo parecer bacana ou jovem.

O caso do Banner Concert da Axion é um exemplo de algo inesperado. Quantas vezes você ouviu falar de um concerto em banners? Nem os jovens que participaram imaginavam essa possibilidade. Isso é algo inesperado.

Não faça propaganda

É estranho dizer isso, mas é a pura verdade. Use banners para fazer propaganda, mas não tente fazer isso no marketing viral. Esse é um erro comum nas campanhas de marketing viral que não decolam. Não pense que fazer marketing viral é só deixar que as pessoas espalhem sua propaganda umas para as outras. Não é.

Marketing viral é como contar uma boa história. É cinema, não propaganda. É um conto, não um folheto.

Esqueça sua empresa, seus produtos e seus serviços. Mantenha o foco em criar uma história interessante e surpreendente. Você sempre achará espaço para colocar sua marca, seu produto ou sua empresa na mente do consumidor com sua mensagem viral.

Permita o compartilhamento, o download e o mashup

O marketing viral está ligado a compartilhar. Então, crie o máximo possível de formas de compartilhamento, como links, e-mails, downloads, widgets e mashups. Alguns conselhos são importantes para aqueles excessivamente preocupados com direitos autorais:

* Permita que as pessoas possam baixar o conteúdo em diversos formatos.
* Permita que incluam o conteúdo em seus blogs ou sites.
* Permita que copiem à vontade e enviem para seus amigos.
* Permita a publicação em diversas mídias sociais.
* Permita todo e qualquer tipo de cópia, modificação, tradução e remixagem, ou seja, qualquer forma de contribuição que o público queira/possa dar para sua criação.

O marketing viral não tem relação com direitos autorais ou exclusividade. Ele tem a ver com liberdade e com deixar seu conteúdo livre para que se espalhe e cresça. Todas essas manifestações são parte do envolvimento e do engajamento do seu público. Encare tudo isso de forma positiva.

Crie formas de participação e comentários

É muito importante que as pessoas sintam que podem participar e serem ouvidas. Lembre-se de que você mexeu com as emoções delas e elas, agora, querem se expressar. Uma das melhores formas de fazer isso é permitir comentários.

Crie meios para que as pessoas possam enviar comentários que fiquem visíveis para todos e que possam ser replicados. Uma boa forma é utilizar outras mídias sociais, como o Twitter, o Orkut ou um blog da campanha. Votações também são uma ótima forma de participação.

Não restrinja o acesso a nada

Prepare-se para a mudança de paradigma. Você está entregando sua criação para a multidão e deve deixar que ela cuide do resto. Não exija nada em troca, pois não é o momento para isso. Acredite na força da liberdade na Internet e no bom senso de seu consumidor, além de seguir estes conselhos:

* Não obrigue ninguém a se registrar.
* Não obrigue ninguém a se tornar membro.
* Não obrigue ninguém a instalar um software especial.
* Não obrigue o uso de códigos de registro ou senhas.
* Não obrigue nada que signifique comprometimento ou restrição.

Enfim, não restrinja o acesso a seu conteúdo viral sob qualquer pretexto. Tudo deve estar aberto e acessível ao consumidor.

Crie sequências completas

Depois de todo o trabalho de criar uma campanha viral e de conseguir a atenção de milhares ou milhões de pessoas com sua campanha, você a abandonará? Parece incrível, mas muitas empresas fazem isso. Você tem que criar uma sequência de ações e interações após o primeiro contato com o consumidor. Você pode criar essas sequências de diversas formas:

* Criar vídeos sobre o assunto.
* Criar um "making of" da campanha.
* Criar um blog sobre o assunto.
* Divulgar a reação das pessoas à campanha.
* Utilizar logos, avatares ou personagens da campanha em outros formatos.

Não deixe que as pessoas pensem que acabou. Aproveite as emoções geradas e o engajamento de tantas pessoas motivadas e deixe que elas curtam sua campanha de todas as formas.

Não abandone a ação viral

Por fim, a regra de ouro do marketing viral: não abandone a sua ação.

O viral tem uma curva de adesão, que começa pequena e vai ganhando força até se tornar uma ação irreversível. O início da propagação é a fase crítica, dela depende a maior parte do sucesso.

Na maioria das vezes, monitorando e acompanhando a repercussão, você consegue descobrir se a ação precisa de alguma ajuda. Corrigir, melhorar, intervir, pode ser necessário. Assim, se você não abandonar a ação e acompanhá-la, principalmente no início, você aumenta as chances de sucesso.

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Modelo coletivo de negócios

Falar em negócios nos remete automaticamente à lucratividade. E quando o assunto é coletivo, aliado a negócios, significa que todas as partes envolvidas devem ganhar. Nesse contexto, o conceito de cooperação é o carro chefe do sucesso e, partindo para o perfil do consumidor de hoje, é essencial destacar que está havendo uma ruptura de mercado. O novo padrão de consumo vem mudando numa velocidade nunca vista antes, pois a rapidez de acesso às informações da Internet, lojas online, redes sociais e outras ferramentas influenciam a escolha e, principalmente, a tomada de decisão.

O consumidor está mais bem informado, mais exigente e influente, então o mercado precisa se adequar as suas novas necessidades e ter em mente que atribuir poder a esse consumidor não é loucura, mas é estar consciente da mudança de comportamento das pessoas e do quanto, cada vez mais, elas fixam prioridades e ditam regras.

É essencial saber quem é o seu público e, especificamente falando em comércio eletrônico, vale a pena lembrar alguns números: o e-commerce brasileiro, em 2001, tinha 1.1 milhão de consumidores; em 2009, passou para 17.6 milhões e, para este ano, a expectativa é que o país atinja 23 milhões de pessoas comprando online. É um mercado que ainda está se consolidando, mas que cresce a olhos vistos.

E não é mais possível falar de comércio eletrônico sem considerar as redes sociais e o quanto as comunidades de interesse em comum, além dos grupos de compra, são fundamentais para movimentar esse segmento. Os grandes varejistas se renderam às lojas virtuais e o seu público está lá, sugerindo, opinando, reclamando. Crítico, esse público quer saber realmente o que está comprando, em quais condições, considerando, também, a opinião de quem já adquiriu determinado produto ou serviço.

A referência não é mais do vendedor, que vai passar as características técnicas do produto, o prazo de garantia, as vantagens em adquiri-lo. Agora o consumidor quer saber a opinião de quem tem gostos parecidos com o dele, quem tem informações concretas e práticas sobre o que pretende comprar. E, nesse universo, todos têm que ganhar: os consumidores, os grupos de compra, as lojas. Outro item fundamental: aumentar a sua capacidade de compra. Para isso, apenas vender parcelado não basta. É preciso oferecer preços realmente competitivos, descontos reais e aí entra o poder da compra coletiva. 10 consumidores têm muito mais chances de negociação do que um, porque um grupo envolve o conceito de cooperação, além de capital social e pensamento sistêmico.

Modelos de negócios online existem inúmeros, porém quantos realmente funcionam como um organizador do processo de compra, oferecendo uma melhor experiência e auxiliando as lojas varejistas a diminuir seus custos de venda? É preciso, ainda, atender a dois requisitos básicos: grande volume de venda e planejamento de compra. Dessa maneira é que as grandes empresas e cooperativas conseguem melhores preços, pois as lojas e os fabricantes ganham no volume. O grande desafio é aplicar esses ingredientes sem alterar o comportamento de compra por impulso. Quem consome precisa ter a melhor experiência, comprar o que deseja na hora e receber o mais rápido possível.

E quando existe um grupo realmente interessado num produto, mais do que preços menores, é possível ir além na negociação com as lojas do varejo e implementar o que batizamos de "reembolso progressivo", ou seja, conforme faixas de faturamento pré-acordadas, a loja repassa uma porcentagem (ao portal de compras, por exemplo) do valor pago pelos consumidores, que, por sua vez, recebem tal reembolso proporcional a sua compra. Quanto mais vendas forem realizadas, maior é o reembolso.

E para um modelo de negócios online que reconheça o poder coletivo das compras, volto a dizer, precisa ser integrado com as redes sociais, assim, cada pessoa pode compartilhar suas aquisições com sua rede de contatos no Facebook, ORKUT, Twitter, LinkedIn, participando ativamente sobre o aumento das vantagens para todo o grupo.

Os consumidores, hoje, têm muito mais poder de influenciar toda a cadeia do que é oferecido, avaliando as condições de pagamento, preços, entrega, entre outros itens essenciais no processo de compras, razão pela qual são decisivos para gerar o benefício coletivo. Para um modelo de negócios ter sucesso, é preciso estar atento e entender quem é e o que desejam os novos consumidores.

iMasters

Social Media não é Big Mac

Que Redes Sociais têm sido o discurso da vez em rodas de executivos antenados não é novidade. A grande questão agora é fazer esse assunto sair da roda de discussão.

Criar um perfil no Twiter ou no Facebook não é entrar nas Redes Sociais. Antes disso, as empresas precisam responder uma pergunta muito básica: "onde é que eu quero chegar?".

Já que o cinema nos fez lembrar da fábula da Alice, vale o conselho do Gato de Cheshire "Se você não sabe onde quer chegar, não faz diferença por qual caminho você vá". Pode ser Twitter, Facebook, Orkut, Foursquare, Fóruns, Hotsites ou até mesmo offline; sem um objetivo, um destino, não existe caminho certo ou errado, só que normalmente dá errado!

Se já não é fácil dar esse passo dentro da empresa (normalmente os departamentos estão entrincheirados nas atividades operacionais e tudo que é "novo" fica para a próxima reunião), imagine colocar um plano de ação em prática.

É aí que toda cautela é pouca! No mundo dinâmico em que vivemos, é óbvio que tem muita gente querendo explorar os "oceanos azuis", e a aplicação de Redes Sociais em benefício das empresas é um deles. E também é óbvio que existirá todo tipo de profissional se atirando nesse oceano (sabendo ou não nadar).

Esteja alerta!

Um jeito "fácil" de vender um produto é colocá-lo numa embalagem atraente e praticar um preço convidativo.

Para quem compra, no entanto, a escolha depende de como o comprador olha para a própria empresa (e se ele quer que ela chegue a algum lugar).

Se você vê a sua empresa como aquela pessoa chata do setor que faz aniversário hoje, então qualquer "lembrancinha" resolve. Bem embrulhadinha e com um precinho camarada, cumpre a "obrigação" do presente.

Isso acontece quando um Diretor "pede" uma iniciativa em Redes Sociais e o seu subordinado precisa apresentar "alguma coisa". É provável, nesse tipo de empresa, que daqui a 6 meses a "moda" será outra e que os investimentos em Redes Sociais acabem indo pelo ralo, sem trazer nada de efetivo para a empresa, a não ser a continuidade daquele Diretor e de seu subordinado nos respectivos cargos.

Esse é o mercado para alguns "profissionais" que venderão "uma conta no Twitter", "um perfil para a empresa no Facebook" e outros "projetos" do gênero. Poderão criar até mesmo alguns Combos: Compre 2 contas no Twitter e um perfil no Facebook e leve uma landing page grátis

Mas eu acredito! Quero algo com resultados, e duradouros!

Se você pensou assim, fico feliz por sua empresa. E, claro, o primeiro passo como diria o Gato é definir os seus objetivos. Parece fácil e até mesmo óbvio, mas não é sempre tão simples assim!

O ideal é que você já tenha se familiarizado com as principais plataformas e discutido os principais conceitos de Redes Sociais, para então cruzar toda essa informação com o negócio da sua empresa e criar um projeto de verdade, com início, meio, mas acima de tudo, um fim bem definido! Talvez você precise de ajuda profissional já nessa etapa.

E agora, qual o caminho?

Essa é a hora em que você mais sente saudade do Gato - você vai ter que definir sua estratégia, e esqueça a hipótese de terceirizar isso. Auxílio profissional pode ser muito bem-vindo, mas você terá que estar de corpo e alma nessas reuniões. Ou você realmente acha que um consultor externo ou uma agência conhecem mesmo o seu negócio, melhor do que você? (se você realmente acredita nisso, é hora de começar a se preocupar!)

Apesar de essa fase ser aquela de maior ansiedade (porque ainda está difícil ter certeza de que o lugar que você definiu como objetivo é o lugar certo), é também a parte mais interessante do processo, porque é onde dá para colocar a criatividade em ação.

Você vai avaliar se já possui uma comunidade, se deve formar uma, se deve utilizar ambientes já existentes, se deve contratar celebridades para se tornar popular, se deve focar em algum público específico etc.

É verdade que isso exige conhecimento da dinâmica das redes sociais (que um especialista pode oferecer), mas também exige um enorme conhecimento do seu mercado, dos seus produtos e dos seus objetivos como empresa. Viu como você é importante naquelas reuniões?

E você já combinou com os russos?

Essa é do Garrincha, em 58, quando o técnico Feola o orientou a pegar a bola, driblar os 2 zagueiros russos, ir à linha de fundo e cruzar para o Vavá marcar (não, eu não era nascido, achei isso na Internet).

Só que, no nosso caso, todo mundo é russo! Depois de tanto trabalho para definir claramente um objetivo e bolar uma estratégia detalhada para atingi-lo, como ter certeza de que dará tudo certo?

Pois bem, você não tem. Mas assim como o Garrincha, você tem talento (senão você já teria parado de ler na parte do presentinho para a chata do departamento).

Se o primeiro zagueiro não deixasse o Garrincha dribá-lo, ele teria o talento para improvisar, tentar de novo e voltar para o plano original.

No seu caso, a situação é um pouco mais complexa, mas nada que um pouco de técnica não resolva. A palavra-chave aqui é monitoramento. Você tem que ter mecanismos para "tirar o pulso" das Redes, tanto antes de começar seu projeto como durante a execução da sua estratégia.

Hoje existem ferramentas bastante avançadas (e específicas) para lhe garantir o conforto de um "GPS". Sem isso, como você vai saber se está no caminho certo? (lembre-se, agora que você já tem um objetivo, o Gato diria que o caminho faz diferença, sim!).

Com uma monitoração adequada, mesmo errando o caminho, o mundo não está perdido. Quanto melhor seu monitoramento, mais rapidamente você perceberá que está saindo do caminho e mais rapidamente corrigirá sua rota (usando, é claro, todo seu talento!).

Quer dizer que dá trabalho?

Cá entre nós, você acredita mesmo que tem boi gordo que pesa pouco?

Claro que dá trabalho, e claro que não se "compra Redes Sociais" como se compra sanduíche. É um projeto como outro qualquer, e que obviamente exigirá estudo, empenho, dedicação, paixão.

Por isso é importante ter uma equipe que gosta do que faz. Se as pessoas acreditam no que estão fazendo, mesmo sendo algo complexo, elas não considerarão aquilo um "trabalho pesado". Será uma realização pessoal que, acredite, pode trazer muitos resultados positivos para a sua empresa.

E nisso, você acredita?

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O bom e velho blog ainda tem espaço na era do Twitter e das redes sociais?

Os blogs surgiram há alguns anos como uma forma revolucionária de interagir na internet. Em vez de sites complexos e complicados, cheios de recursos visuais e que exigiam diversos técnicos para o seu desenvolvimento e atualização, você mesmo podia criar um blog na hora, de graça, e falar de suas preferências, opiniões e pontos de vista a qualquer momento. De certa forma, os blogs deram início à verdadeira democratização da web, no sentido de permitir que qualquer pessoa com acesso à rede pudesse se expressar publicamente com liberdade.

Com a evolução da própria internet e da sua forma de uso, surgiram novos recursos mais interativos, como as mídias e redes sociais, culminando no Twitter. A ascensão dessas novas formas interativas reduziu a notoriedade dos blogs, mas não a sua importância, principalmente para as empresas.

O papel de gerar burburinho (buzz) e espalhar rapidamente uma idéia, slogan ou conceito (viral) foi assumido por sites como Twitter, Facebook e Orkut, mais ágeis e dinâmicos (como ficou comprovado no impressionante fenômeno recente do "Cala a boca Galvão"), assim como novas redes sociais que surgem a cada dia, como o FormSpring. Porém os blogs continuam sendo imbatíveis em três aspectos:

* Canal de informação: dizer aos clientes o que você está fazendo e descobrir o que eles estão pensando.

* Canal de relacionamentos: construir uma base sólida de experiências positivas com seus clientes, que os converta de meros consumidores de antes em fãs da sua empresa e de seus produtos.

* Gestão do conhecimento: disponibilizar o conhecimento de sua empresa para as pessoas.

Mas é preciso ter consciência de que o blog é apenas um meio. Assim como o Twitter, não vai gerar resultados sendo usado apenas como mais um canal de propaganda da empresa.

A força do blog está na interação com os clientes e na possibilidade de a empresa transmitir seus valores e prioridades. O retorno direto não é medido em vendas, mas no grau de relacionamento que a empresa consegue estabelecer com seus clientes. Quanto mais forte esse relacionamento, maior a fidelidade aos seus produtos e serviços e, aí sim, maiores as possibilidades de venda. Algumas formas de exercitar esse diálogo são:

* Fortalecer o relacionamento: o blog é um excelente canal para ouvir o que consumidores e clientes têm a dizer sobre os seus produtos e serviços, como fazem uso deles e quais as sugestões para melhorá-los.

* Reagir a eventos negativos à empresa: blogs funcionam como um serviço de atendimento ao cliente, respondendo rapidamente a dúvidas e reclamações. Servem também como uma forma de monitorar o que falam da sua empresa e da sua marca na internet, fornecendo feedback sobre suas ações de comunicação e marketing.

* Influenciar os formadores de opinião: um blog pode ser a melhor forma para chamar a atenção e influenciar os chamados "formadores de opinião" (especialistas, jornalistas, artistas, etc.) cujas preferências e escolhas influenciam diversas outras.

Na prática, tomemos como exemplo um hotel. Ele pode usar o seu blog para ouvir as sugestões dos clientes em relação ao atendimento ou serviço de quarto, mostrar as melhorias que está fazendo e avisar os clientes sobre novos pacotes e promoções. Ao mesmo tempo, atender as queixas e eventuais reclamações e mostrar as medidas que está tomando para resolvê-las.

Para atrair os formadores de opinião, no caso publicações especializadas em turismo, divulgar depoimentos de clientes satisfeitos ou das atrações diferenciadas da sua cidade ou região.

Cabe destacar também que o uso dos blogs não exclui a atuação nas redes e mídias sociais. Enquanto o Twitter é imediato e focado em ações rápidas, o blog é ágil e mantém o relacionamento aberto. Atuando juntas, se complementam e criam sinergia capaz de aumentar o raio de ação das suas ações de marketing digital.

iMasters

O que é preciso para ser um bom profissional de marketing digital?

Quando analisamos os números dos grandes players do mundo, como YouTube, Google, Orkut, Facebook, Twitter e MSN, temos um panorama do quanto os brasileiros são apaixonados pela web. Se o Brasil não é líder em acessos, está em 2º lugar e, fora isso, mesmo que apenas 35% da população tenha acesso à web, desde 2007 o Brasil é o país que fica mais tempo conectado em todo o planeta, superando os EUA, que têm 80% da população com acesso à web; lembrando também que nos EUA a população é maior que no Brasil.

Diante desse cenário, várias marcas começaram a olhar com outros olhos para a web e começaram a entender que Internet vai além do banner na home do portal. Internet é um canal de vendas, claro, mas também é um canal de relacionamento, interação, entendimento, pesquisa, análises e conversas entre marcas e consumidores.

Em recente evento da IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau), Malu Lopez diretora de mídia da Unilever, disse que a empresa já analisa a web como "um canal de contato e aproximação". Ela afirmou que ele não deixam "de fazer campanhas, mas entendermos o digital é muito mais que um meio de mídia". Essa afirmação demonstra o quanto a empresa, um dos maiores anunciantes do mundo, já está olhando para a web com outros olhos.

Lopez afirma que para os próximos anos a Unilever ainda deseja investir em Redes Sociais e Mobile, já deixando claro que vão apostar na presença digital da marca, pensando além do banner na home de portal.

As marcas estão começando a entender que a entrada no mercado digital deve ser feita, porém de forma estratégica e com entendimento. O dinheiro das verbas "offline" está migrando para o digital muito rapidamente, pois está se percebendo que o consumidor está saindo da TV para a web cada vez mais, e esse fenômeno ocorre com mais velocidade de pegarmos as gerações X e Y.

O que hoje conhecemos como "mundo online e mundo offline" tem tudo para se convergirem em um só mundo: o mundo do consumidor. Por isso, é importante que os nativos digitais das agências e anunciantes conheçam sobre TV, rádio, jornal e revistas, assim como os tradicionais profissionais conheçam sobre mobile, blogs, Facebook, Twitter entre outras ferramentas.

As agências digitais têm e terão, cada vez mais, papeis importantíssimos nessa entrada das marcas no mundo digital; por isso, tanto agências como departamentos de marketing dos clientes precisaram cada vez mais de profissionais qualificados, profissionais que entendam de planejamento, consumidor 2.0, mídia, otimização, web 2.0, inovação, e-commerce, redes sociais, buscadores, criação, métricas, branding digital, links patrocinados, arquitetura da informação, games online, blogs, usabilidade; claro que não tudo sempre a fundo, mas com boas noções e com mais aprofundamento em algumas. A expansão desse mercado trouxe diversas profissões e habilidade, mas infelizmente nem todos os centros educacionais estão preparados para isso, e chega-se à conclusão de que há muita oferta e pouca gente especializada.

Expansão X falta de profissionais

Esse fator está levando as agências e os anunciantes a pagarem até 17 mil reais de salário a profissionais qualificados, profissionais que entendem a dinâmica da Internet e podem fazer a diferença no negócio do cliente, tendo a web como plataforma.

Porém, atualmente, não temos uma mão-de-obra qualificada a altura da demanda do mercado. Segundo o diretor de marketing da ABRH-Nacional (Assoc. Brasileira de Recursos Humanos) Marcos Felipe, "existe defasagem no processo de formação e de tempo de produção de conhecimento. O tempo que se leva para educar uma pessoa é mais lento do que o necessário, em termos de mercado". E muito disso acontece porque os milhares de cursos de comunicação, publicidade e marketing no Brasil ainda focam seus ensinos em GRP e não em CTR (GRP é uma medida de mídia para a compra de comerciais na TV e CTR é a medida de retorno de clicks em um banner em um site)

Uma dica para conseguir se destacar no mercado, além de ler bastante livros, sites, blogs e revistas da área é correr atrás de cursos com foco em marketing digital. Existem alguns (poucos, é verdade) que abordam os temas, e desses existem alguns que realmente valem a pena. Cursos de pós-graduação e MBA estão surgindo no Brasil inteiro e com grande sucesso, como é o caso da Faculdade Impacta de Tecnologia, que está oferecendo uma pós-graduação em Marketing Digital, sem falar em tantas outras instituições de respeito.

Para Max Pretrucci, presidente da Garage, uma das mais importantes agências digitais do país. "quando o profissional quer entrar em um mercado em formação, a melhor escola são as empresas com empreendedores, profissionais com quem você sabe que vai aprender". Lembre-se disso quando for procurar a sua especialização.

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Resolvendo problemas legais nas redes sociais

Redes sociais e mídia social são termos que já estão "para lá de batido". No Brasil, as de maior destaque são Orkut, Twitter e Facebook, além de blogs em geral. Com o surgimento de tais facilidades em ambiente eletrônico, aliadas à "inclusão digital", percebe-se que, na mesma proporção, surgem também algumas situações problemáticas, dentre elas aquelas relacionadas à real identidade da pessoa que utiliza tais serviços e ferramentas.

Possivelmente você ou alguma pessoa conhecida sua já teve o perfil de qualquer site de relacionamentos ou mídia social, clonado ou "furtado", se tornando o famoso "fake". O ideal é se prevenir para evitar que o problema surja. Porém, se ele já aconteceu, é preciso tomar algumas providências para resolver a situação ou, no mínimo, amenizar as consequências.

Passo 1

O primordial é gravar todas as telas e páginas criadas ou alteradas no perfil falso ou modificado. Você pode usar o "print screen" do seu teclado e depois abrir o Paint e ir salvando as telas, uma a uma. Pode usar, também, o comando "salvar como" do seu navegador. É de extrema importância que você tenha tais dados, portanto, não deixe de fazê-lo. Se tiver dúvidas, peça ajuda. Salve tudo, preferencialmente em dois CDs, caso possível.

Há também alguns programas, pagos e ou gratuitos, que "filmam" a sua tela e a salvam em arquivo de vídeo na extensão AVI, por exemplo. São conhecidos como "screen-recorders". Tais softwares são muito bons e, se possível, utilize um deles. Para encontrá-los, há alguns sites para downloads de softwares "freeware" na Internet.

Passo 2

Denuncie, ao próprio administrador do serviço, pelo link disponível no próprio site, a situação ilícita que está ocorrendo. No Orkut, a opção se chama "denunciar abuso" e está localizada na página do próprio perfil. Informe detalhadamente o ocorrido para facilitar a análise das informações pela equipe responsável.

Nos casos de sites hospedados em outros países, há também a possibilidade de encaminhar mensagem de e-mail, sendo que na maioria das vezes costuma ser abuse@nome.com. Pesquise no próprio site para encontrar essa informação e, na dúvida, encaminhe também para ele.

Passo 3

Avise aos seus familiares e amigos sobre o fato, caso verifique que isso não piore a situação. Peça a eles que também denunciem o perfil ou comunidade objeto do problema. A quantidade de reclamações tende a aumentar a credibilidade da reclamação.

Essa fase também é importante para deixar tais pessoas alertas em relação à eventual comunicação da pessoa se fazendo passar por você. Isso pode evitar contratempos e mais constrangimentos. Lembre-se, há a possibilidade de essa pessoa marcar encontros, realizar conversas sensuais ou pornográficas, falar "desaforos", fechar negócios etc.

A conduta de alguém se passar por você pode configurar o disposto no artigo 307 "caput" do Código Penal, com pena de detenção de três meses a um ano ou multa, podendo chegar até o estelionato, como previsto no artigo 171 "caput" e parágrafos do Código Penal, com pena de reclusão de um a cinco anos, que pode aumentar em um terço no caso de o crime ser cometido em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência (art. 171, § 3º do CP).

Além das situações citadas no parágrafo anterior, dependendo do teor da conversa, a pessoa pode também incidir nas iras das penas dos crimes contra a honra (calúnia, difamação e injúria), dentre outras possibilidades.

Passo 4-a

Se for caso de perfil furtado, no qual descobriram sua senha ("senha roubada"), crie um outro perfil (lembre-se de utilizar seu nome e nunca o nome de outras pessoas) e solicite à pessoa que informe a senha, efetuando a "devolução" do perfil, dizendo a ela quais providências estão sendo tomadas e que tal ato configura-se crime na legislação brasileira. Essa atitude tem sido frutífera em algumas situações. Vale a pena tentar.

Caso você não tenha mais interesse em manter o referido perfil, também solicite a retirada imediata do perfil do ar.

Passo 4-b

Se for caso de perfil clonado, hipótese de ter sido criado um outro perfil com seu nome, dados ou fotos, utilize seu perfil verdadeiro e solicite que a pessoa altere os dados ali existentes, sob pena de incidir em crime, informando quais medidas estão sendo tomadas. Costuma dar certo.

Também solicite que a pessoa retire o perfil do ar o mais rápido possível.

Passo 5

Faça uma correspondência com A.R. (aviso de recebimento) e envie ao endereço da prestadora do serviço (Google, Microsoft, Yahoo!, Mercado Livre, etc.) pelos Correios, informando o ocorrido e solicitando que sejam tomadas as medidas necessárias e desejadas por você.

Se for perfil em outras mídias sociais, encaminhe a correspondência ao endereço no Brasil ou no exterior, caso não haja representante no Brasil, sempre no idioma nativo, geralmente o inglês.

Passo 6

O próximo passo, caso você tenha o desejo de que a pessoa seja punida criminalmente, é procurar uma Delegacia de Polícia. Há estados em que há Delegacias especializadas em crimes eletrônicos.

Procure se informar como é o atendimento em seu estado, mas entendo ser obrigação de todas as Delegacias registrar a ocorrência para a população e, depois, caso assim entenda ou determine o procedimento da instituição policial, o Delegado remete o B.O. à Delegacia Especializada. Verifique também a possibilidade de registro de ocorrência pela Internet.

Quando for à Delegacia, procure levar o máximo de documentos para provar a sua alegação e para agilizar o trabalho da Polícia Civil. No caso do Orkut, por exemplo, é importante que o número de UID esteja impresso.

Leve uma cópia do CD e uma cópia da correspondência enviada à empresa responsável (veja o Passo 5), ou siga os procedimentos passados pela pessoa que te atender ou disponíveis no site. Informe sobre eventuais suspeitos e algumas peculiaridades (nome completo, endereço, locais que frequenta, local de trabalho, nome de familiares, números de telefone, e-mails utilizados, perfis em mídias sociais etc.) dessas pessoas para que sejam exploradas em eventual oitiva e para comparação com os dados levantados pela investigação

Um bom exemplo é o atendimento no Nurecel, Núcleo de Repressão aos Crimes Eletrônicos da Polícia Civil do Espírito Santo, que dispõe de um ofício padrão que é enviado ao proprietário do serviço de Internet para que o perfil seja retirado do ar, caso esta seja uma das intenções da possível vítima.

Há a possibilidade de que você já tenha certeza de quem é o autor do suposto crime, assim, pode apresentar, conforme o caso, por meio de um advogado, uma queixa-crime diretamente no Juizado Especial Criminal mais próximo de sua residência.

Passo 7-a

Caso o problema não seja sanado em alguns dias, procure um advogado, a Defensoria Pública ou um serviço de atendimento jurídico existente nas faculdades de Direito e exponha o seu problema, informando desejar que o perfil, conta de e-mail ou comunidade sejam cancelados e retirados do ar o mais rápido possível. Eles te auxiliarão ou farão o serviço junto à Justiça Cível ou Juizados Especiais Cíveis, conforme a gravidade da situação. Leve o CD com as "telas" gravadas.

Passo 7-b

Você também pode buscar o Juizado Especial Cível sem auxílio de outra pessoa, bastando que leve cópia de seus documentos pessoais, cópia do CD com as telas, cópia da correspondência com A.R., cópia do Boletim de Ocorrência Policial e outros documentos que achar interessantes, mas lembre-se de que o auxílio de um advogado é sempre salutar.

Informe o ocorrido e solicite à pessoa que lhe atender que deseja resolver o seu problema e solicite um pedido de antecipação dos efeitos da tutela, podendo ser retirada do ar do perfil ou comunidade, alteração e repatriação de senha, dentre outros pedidos mais específicos de acordo com o caso concreto.

Esses são os passos e medidas que podem ser tomadas com a finalidade de sanar o problema. Converse com um advogado sobre a possibilidade, ou não, de entrar com um pedido de danos morais e/ou materiais, de acordo com o caso concreto. Tal pedido pode, também, ser feito posteriormente em outra ação judicial.

Caso seu interesse seja somente em sanar o problema (retirar do ar o perfil ou recuperar a senha, por exemplo) ou de confeccionar o documento para se resguardar de problemas futuros, sem haver necessidade de se tentar punir criminalmente o autor do crime, informe na Delegacia que deseja somente registrar a ocorrência e que não há necessidade de investigação, que ela pode ser arquivada. Mas não deixe de registrar a ocorrência policial.

Tomadas as medidas citadas acima, a melhor coisa a ser feita é tentar esquecer o ocorrido e acompanhar o andamento dos procedimentos realizados. E não se esqueça de preservar melhor as suas informações pessoais e utilizar senhas difíceis de serem descobertas.

Deixo abaixo os endereços dos representantes da Microsoft e Google, conforme disponibilizados nos respectivos sites dos serviços.

Google Brasil Internet Limitada
Av. Brigadeiro Faria Lima, nº 3900, 5º andar, Bairro Itaim
São Paulo, CEP 04538-132
Telefone: (11) 3797-1000 / Fax: (11) 3797-1001

Microsoft Corporation Microsoft Informática Ltda.
Av. Nações Unidas, 12.901, Torre Norte, 27º andar
São Paulo, SP, CEP 04578-000

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Nem monólogo nem diálogo: sua empresa está é falando sozinha na web 2.0

Depois de tanto tempo acostumadas ao período de monólogos, agora as empresas estão correndo desesperadamente atrás do tempo perdido através de diálogo com seus clientes, fornecedores, colaboradores externos e internos e, principalmente, o diálogo com ela mesma.

Tão prejudicial quanto manter uma via de mão única é estabelecer uma avenida com três, quatro ou cinco faixas sem o menor planejamento, sem estruturas básicas e rascunhos pré-estabelecidos caso tudo venha a dar errado.

O monólogo, que por um longo período comandou toda a hierarquização de corporações, mercados e consumos, criou nas empresas um vício extremamente perigoso. O erro se projeta em um afobamento em aderir todos os novos canais de mídias, principalmente as redes sociais, exteriorizando uma fraqueza institucional gravíssima, que por muitas vezes deixará sequelas profundas.

Concordamos que o diálogo é essencial no digimundo empresarial de hoje, mas ao sair de um espaço-tempo-estrutura e entrar em outro contexto sem o menor pudor é colocar desnecessariamente em risco todo um trabalho de imagem institucional e comercial, seja offline ou online.

Somente aderir contas em redes sociais ou mídias sociais, às cegas, é como entrar na rodovia na contramão. A precariedade e a precocidade com que muitas empresas estão modificando suas plataformas para o modelo digital é, em grande parte, responsabilidade de grandes agências de mídia comunicacional.

Números maquiados, fantasmagóricos e sem a base necessária para a aplicação em diferentes contextos são apresentados às empresas, porém cada corporação apresenta uma realidade cultural, financeira e estrutural totalmente diferente das demais. Na época da bolha, todos falavam como sinônimo de internet a criação de páginas pessoais ou profissionais na web. Hoje associam muito a internet às temidas e clamadas mídias sociais.

Para começar: mídia social não é sinônimo de internet! Se sua empresa tem um site institucional e possui alguns canais em redes sociais, isso não significa que ela é uma empresa 2.0. Para ficar bem claro, uma empresa 2.0 se baseia muito mais em sua estrutura de pensamentos e capital humano do que os perfumes que ela usa no Twitter ou no Facebook.

Muito cuidado ao sair do monólogo para o diálogo. Muito cuidado ao abandonar o "convencional" para aderir ao "digital". Sua empresa está tão impetuosa em falar com todos e em diversos canais que ela pode acabar falando sozinha, seja no Twitter ou no Facebook. Nem o eco consegue acompanhar.

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Seu site não tem que ser o primeiro, tem que ser referência!


Um site, para gerar resultados, deve estar em primeiro lugar no Google

Todos já ouviram essa frase. Números mostram que, das 70 milhões de pessoas que acessam a web no Brasil, 92% usam buscadores, sendo que desses, 95% usam o Google; dos que usam o Google, 90% não passam da primeira página (dados de Maio/2010). Ou seja, estar em primeiro lugar na busca é uma arma de impacto poderosa, mas este artigo vai além disso.

Para que um site traga resultado para uma marca, estar bem otimizado nos buscadores, e entendemos aqui o Google como o principal deles, é uma das táticas, mas não a única. Não se pode desprezar as redes sociais, ainda mais no país mais apaixonado por elas no planeta, o Brasil. Não se pode esquecer que a grande maioria das pessoas passa até 80% do seu tempo conectado em redes como Orkut, MSN, YouTube, Facebook ou Twitter, e que o Brasil é o pais líder ou vice-líder de acesso mundial a esses players.

Nasce um novo blog a cada um segundo no mundo, e o Brasil já é um dos países que mais acessa blogs no planeta. O brasileiro é um apaixonado por games, principalmente os onlines, e agora, com a febre da convergência, é possível acessar a web do Playstation 3 ou do Xbox, os vídeogames da moda no mundo todo, e que são muito vendidos por aqui.

Em um país com mais de 182 milhões de celulares ativos, para uma população de 192 milhões, desprezar ações de SMS é um outro erro. Destes 182 milhões, 14 milhões de aparelhos são smartphones que, enquanto a classe AB compra para acessar e-mails, a classe CD compra para ver TV no ônibus. E, por falar em vendas, em 2009, em 1 a cada 1 brasileiro que comprou pela web, comprou um livro; foram 17 milhões, que compraram também geladeiras, fogão, carros, apartamentos, viagens, passagens aéreas, impressoras, celulares, PCs. Venderam-se mais PCs do que TVs em 2008 e 2009, e é possível que, mesmo com a Copa, 2010 tenha o mesmo cenário. E não acredito que isso mude.

Mas onde as pessoas jogaram, pesquisaram, compraram, leram uma notícia, se relacionaram em uma rede? Em sites referências! Quando você vai pesquisar preços, você vai no Buscapé e acaba comprando no Submarino; quando vai ler uma notícia, vai no UOL ou Terra. Se precisa pesquisar sobre tecnologia, vai no Gizmodo e no iMasters.

Esses sites estão entre os mais acessados em suas áreas, são bem comentados pela rede e isso faz com que o page rank do Google entenda que se trata de sites relevantes em suas áreas e, por isso, "merecem" ser melhor colocados. Nesse momento, entra a estratégia de otimização para complementar tudo o que é feito para o site ser uma referência e, aí sim, ser um dos primeiros no Google.

Entretanto, ser o primeiro no Google nem sempre é o suficiente, pois, quando o site é referência, ele automaticamente terá essa posição não apenas no Google, mas será o mais buscado no Twitter, terá a maior comunidade no Orkut e Facebook, mais vídeos no YouTube e, com isso, será também o mais comentado na rede, gerando indicação das pessoas para outras, atraindo mais visitas, mais um motivo para o page rank entender que o site é referência, é relevante e, por isso, precisa estar mais bem posicionado do que os outros.

A marca do site é outro fator importante para que ele seja uma referência. A sua construção no ambiente digital deve ser feita. Não é porque a Coca-Cola tem uma marca forte em todo o mundo que, na web, ela tem que deixar de lado seu trabalho, pois a força da marca migra para a web. O trabalho tem que ser exatamente o de aumentar sua força também no online, já que é possível ter outros concorrentes, que não são diretos no offline.

A Casas Bahia, por exemplo, além de ver o crescimento da Insinuante e Ricardo Eletro no mundo das lojas físicas, tem na web Submarino e Americanas.com como grandes concorrentes, isso sem falar da concorrência das Casas Bahia com Lojas Cem e Ponto Frio.

Deve-se sempre pensar o seguinte: antes de uma estratégia necessária de otimização de um site no Google, tem que fazer essa marca ser referência do segmento. Ser referência não é fácil, é um trabalho de longo, até de longuíssimo prazo, mas quando se atinge esse objetivo, as outras ações ficam mais fáceis de trazer retorno.

E qual a melhor forma de ser uma referência no segmento? Conteúdo relevante, bom atendimento, ouvir e responder de forma one-to-one ao usuário, trabalhar bem as redes, monitorar o que se fala da marca e responder imediatamente. Entender que a web é criada e gerenciada pelo usuário e que as marcas estão lá para falar de igual para igual.

A partir daí, entendendo tudo isso e fazendo um trabalho de qualidade, as marcas podem começar o processo de serem referências no mercado digital, mas corra, pois há muita gente já fazendo isso!

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Falta de preparo leva lojas virtuais ao fracasso

O empresário brasileiro ainda não está acostumado a planejar. E isso no mundo virtual tem se revelado um erro crucial, especialmente para as micro e pequenas empresas. Dados de entidades que acompanham o setor revelam que cerca de 60% das lojas abertas na internet não duram mais do que 12 meses.

Isso acontece, principalmente, porque os microempresários lançam as suas operações virtuais sem conhecer as peculiaridades desse segmento e sem uma estratégia que atenda às expectativas desse perfil de cliente. “É um padrão de comportamento similar ao do mundo real. As empresas de menor porte entram despreparadas no mercado eletrônico e acabam sucumbindo”, lamenta Pedro Guasti, diretor-geral da e-bit, empresa de informações de comércio eletrônico.

Estima-se que existam pelo menos 60 mil micro e pequenas no e-commerce brasileiro, sendo 5 mil formalmente estabelecidas. Elas faturam R$ 2 bilhões, do total de R$ 10,8 bilhões movimentados no ano passado. A briga é contra gigantes. Há uma concentração dos grandes grupos no País na web, com 50 empresas abocanhando 90% do faturamento geral.

“Quando abre uma loja no seu bairro, o empresário pelo menos tem alguma noção do que as pessoas esperam. Já na internet é tudo maior e qualquer estratégia errada de preço ou posicionamento pode ser fatal”, observa o diretor-executivo da Câmara e-net, Gerson Rolim.

Além disso, dependendo do perfil da operação convencional que possui, o microempresário não está acostumado a se preocupar com questões como marketing, logística confiável e formas de pagamento, estratégias que não podem faltar no mundo online. Se uma loja virtual não oferece, por exemplo, a opção de pagamento através do cartão de crédito, perde praticamente 80% dos consumidores, já que esta é a modalidade mais usada pelos usuários.

Antes de começar uma operação online, é preciso montar um plano de negócios. A partir desse estudo, o gestor vai investigar e entender previamente o mercado no qual vai atuar, onde encontrará o seu público, o produto que irá vender e os investimentos necessários. “Comércio eletrônico não é videogame. É uma iniciativa empresarial que exige investimentos e muita atenção”, alerta o consultor em e-commerce Alberto Valle, acrescentando que uma loja virtual não se vende e não se administra sozinha.

Uma loja virtual de pequeno porte pode ser montada com investimentos a partir de R$ 10 mil, o que atende às necessidades iniciais de tecnologia, com a escolha de uma plataforma para a venda de produtos e ações iniciais de divulgação.

Já quando o assunto é o posicionamento de mercado, uma dica é tentar fugir dos nichos atendidos pelos gigantes do e-commerce brasileiro, como Submarino, Lojas Americanas e Casas Bahia. “É importante escolher um nicho. Se a ideia é vender livros, então se especialize em livros esotéricos ou de fotografia”, exemplifica. Isso é importante porque as lojas de menor porte não conseguem competir com as grandes no frete oferecido.

Principais erros cometidos

Falta de planejamento: Muitos empreendedores subestimam a complexidade do comércio eletrônico. Isso se reflete em um aumento de custos operacionais com redução de margens de lucro e consequente perda de competitividade.

Falta de foco: É muito comum abrir uma loja virtual para vender de tudo. Isso não funciona para o pequeno e médio empresário. A tendência do mercado virtual é cada vez mais se concentrar em nichos de mercado e conseguir excelência nesses segmentos. A competição com as grandes redes é inviável.

Improviso na modelagem do negócio: Ótimos projetos de e-commerce podem fracassar em função da escolha errada da plataforma. Outro erro é optar por uma solução improvisada de serviço de otimização para ferramentas de busca.

Mão de obra não qualificada: Gerenciar uma loja virtual requer mais que conhecimento sobre navegação na internet. O gerenciamento e a manutenção de uma loja virtual exigem conhecimento em diversas áreas como marketing digital, otimização para ferramentas de busca e monitoramento de tráfego.

Divulgação ineficiente: Boa colocação em ferramentas de busca, anúncios em sites de comparação de preços e presença atuante nas redes sociais são hoje em dia instrumentos decisivos para o sucesso de um negócio virtual.

Fraudes nos pagamentos online: Uma boa estrutura nas formas de pagamento online, principalmente no caso de cartões de crédito, é indispensável para qualquer lojista virtual.

Falta de monitoramento: Toda loja virtual precisa ter seus dados constantemente monitorados para que a administração possa saber o que realmente está acontecendo no negócio.

Jornal do Comércio

Boa reputação nas redes sociais é fundamental

Investir em redes sociais é uma estratégia que nenhuma empresa mais pode ignorar. Menos ainda aquelas que querem evoluir. Para isso, sabem o quão importante é conhecer a opinião do cliente sobre seus produtos ou serviços.

Na verdade, para uma empresa prestadora de serviços ou fabricante de produtos estar nas mídias sociais não é mais uma opção: ela querendo ou não, a sua marca ou produto já está lá nas redes digitais - elogiados ou criticados abertamente, sem nenhuma restrição.

Isso quer dizer que você está exposto. No excelente documentário Us Now, sobre a sociedade em rede, Dan Tapscott diz: "Toda empresa está se desnudando. E se você vai estar nu, então uma boa condição física não é mais uma opção. Se você vai ficar nu, é melhor que esteja em boa forma".

As grandes corporações já entenderam isso. Recentemente, o gerente de Novas Tecnologias Aplicadas da IBM Brasil, Cezar Taurion, afirmou em um seminário em São Paulo que o que move uma gigante como a IBM, hoje, praticamente são as redes sociais.

Seja verdadeiro e tenha paciência

Artigo divulgado pela influente Harvard Business Review mostra como as ferramentas de redes sociais - Twitter, Linkedin, Facebook, Orkut, MySpace e outras - podem se transformar num manancial de informações e idéias inovadoras para aumentar os negócios. Mas precisam ser bem administradas.

Não adianta você ter um serviço ou produto ruim e querer fazer sucesso nas redes online. Isso tem a ver com uma palavra que está cada vez mais na moda: reputação. O conceito não é difícil de compreender, porque todos nós conhecemos esta realidade desde cedo.

Não se constrói reputação da noite para o dia. Talvez esta seja a primeira e principal diretriz para seus trabalhos online: seja verdadeiro, seja presente, tenha paciência e esteja pronto para ouvir.

E isso não quer dizer que você tem que montar o seu cantinho corporativo em todas as ferramentas na web. Mas em algumas, sem dúvida, crie, sim! Marque presença e entre na ciranda da informação. Mas não espere o controle sobre essa informação, não espere ser o centro das atenções, sem se esforçar. Isso simplesmente não vai acontecer.

E como tirar proveito desse caos todo? Aproveite a vontade das pessoas em colaborar, compartilhar e, principalmente, conversar com sua corporação. Esteja atento a todas as dicas, observações e comentários feitos sobre o seu negócio. Ao mesmo tempo responda, dialogue, contraponha quando for necessário. Por fim, evolua e mostre aos que colaboraram qual foi a importância da ação deles para o sucesso da estratégia.

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E quando o cliente não tem cultura de Internet?

O Brasil é, sem a menor dúvida, um dos países mais criativos da propaganda mundial. Esse artigo poderia ser escrito só dando exemplos de propagandas memoráveis como "Hitler", da Folha de São Paulo, "Morte do Orelhão", da antiga Telesp, "A Semana", da Revista Época, "Gol voando para Buenos Aires", para a Gol Linhas Aéreas ou "Jet Oil", dos Postos Ipiranga, aquela onde os mecânicos "fritavam as batatinhas" no óleo do carro...

A criatividade brasileira, claro, não fica apenas nas grandes agências tradicionais, nas conhecidas como "offline", ela migrou para as agências online, assim como alguns profissionais também, por isso, a criatividade brasileira na web mantém o mesmo padrão de qualidade, podendo ser citados casos muito interessantes como "Fiat Stillo Connect", "Troque o velho pelo novo", da Pirelli, ou a ação da Blowtex com vídeos de garotas, onde o usuário montava uma história para brincar com o desempenho sexual dos amigos.

As agências deixaram (ao menos, a grande parte delas) de ser meras produtoras de site, para pensarem no negócio do cliente, de maneira estratégica, deixaram de montar o site 1.0 com os tradicionais "quem somos", "nossos produtos" e "contato" para pensar na comunicação da marca no mundo digital, pensar em como o consumidor interage com a marca no digital. Aliás, o comportamento do consumidor no mundo digital é diferente do seu comportamento no mundo "offline", a começar pelo fato de que a Internet traz uma infinidade de conteúdo.

Quando um usuário vai a uma loja física, ele tem uma única fonte de pesquisa: o vendedor. Esse vendedor, em muitos casos, está participando de programas de fidelidade de marcas ou pensando em uma maior comissão na venda, pode não mostrar o produto que o consumidor precisa, e sim um no qual ele vai ter alguma vantagem. Já na web, se um consumidor está na dúvida entre 2 produtos semelhantes, ele pode buscar no Google um blog, um fórum, uma comunidade, um vídeo ou mesmo ver no Twitter o que as pessoas falam daqueles produtos e aí decidir qual a melhor compra para ele.

O profissional de planejamento estratégico digital analisa esse e outros comportamentos para mostrar às marcas como trabalhar na web, quais as melhores estratégias, qual o caminho e o que esses consumidores esperam da marca no mundo digital, e quando se fala de mundo digital, pensa-se além do site, como uma ação de otimização, um game ou mesmo um aplicativo para iPhone.

Mas e quando o cliente não tem cultura, como fazer?

Essa é uma pergunta pertinente, pois o que se tem visto pelo mercado afora são vários profissionais altamente criativos e capacitados, criando várias ações interessantes, inovadoras e criativas, de acordo com o que o consumidor da marca deseja, porém são ações barradas, porque o cliente teme a inovação, teme pensar no além do site.

Muitas agências passam por um problema, que, infelizmente, tem se tornado mais corriqueiro do que se pode imaginar. São briefs que chegam na agência pedindo: inovação, criatividade, redes sociais, vídeo viral, aumento de vendas e sair da mesmice. Até aí, nada de diferente de um cliente, afinal, clientes contratam agências pensando em investir em campanhas que aumentem suas vendas. Negócios são negócios.

O próximo passo é a agência pensar em inovar. Sair da mesmice, sair do tradicional e criar uma ação totalmente inovadora e criativa para aquela marca. O Brasil é uma das maiores potências criativas do mundo, logo, é muito comum ver campanhas muito criativas, com sacadas geniais. A agência passa semanas, chega a virar a noite, planejando, criando, vendo a mídia, contatando possíveis fornecedores.

Feito isso, é o momento de apresentar a campanha ao cliente. É aí que vem o problema, pois poucas, muito poucas, empresas têm a cultura de web, como por exemplo a Tecnisa, uma das empresas que melhor trabalha a web. A Fiat é outra marca a ser elogiada, principalmente pelas suas campanhas de lançamento de carros, como por exemplo, lançar o Punto primeiro pela web e depois pela TV, Jornal, Rádio, Revista...

Bom, chegamos ao cliente. A campanha é apresentada. A primeira frase a ser ouvida para detonar toda a sua idéia criativa é "ok, muito boa, mas cadê o banner na home do portal?". Sim, para muitos gestores, além de acreditar que presença digital é ter um site, alguns acham que banner na home de portal resolve todos os problemas, afinal, são 5 milhões de visitas únicas, em média, na home de um mega portal, fazendo uma conta de CTR básica são mais ou menos 20 mil visitas ao site, mais uma conta básica de umas 2 mil conversões em venda, ótimo, perfeito, pagou-se a mídia... será?

Não. Se fosse assim, seria fácil. Compra um banner na home do UOL, a agência cria um banner e pronto, problemas resolvidos. Só não se pode esquecer de que a home de um mega portal é acessada por homens e mulheres, de 10 a 80 anos, classes A, B, C, D e E, de todo o Brasil. É matar uma mosca com bala de canhão, certo?

O próximo passo para ver que a sua ideia não vai para frente é ouvir "mas o meu público não faz isso..." e normalmente essa frase vem de um gestor que acredita que o público dele que tem um comportamento no mundo offline tenha o mesmo no mundo digital, afinal, baseado em pesquisas que ele tem em mãos, o usuário compra o produto dele no Carrefour ou no WalMart. Sim, possivelmente deve comprar, mas se esse mesmo consumidor não comprasse pela web, talvez esses dois megaplayers mundiais do varejo não tivessem investido milhões de reais na criação de suas, já bem sucedidas, lojas virtuais.

Pensar que só porque uma marca é voltada às classes D e E não se pode usar a web é uma grande miopia. Hoje, a classe D, principalmente, está com poder de compra maior que há alguns anos, e quer investir em si. Enquanto as classes A e B compram Blackberry para ver e-mails, as classes C e D compram celulares que tenham TV Digital para assistir. Enquanto as classes A e B estão vendo o TERRA, as C e D estão no Orkut interagindo quase que diariamente, mesmo pelas Lan Houses, que, aliás, em recente pesquisa do CGI mostrou que já são o 2º maior acesso da web, perdendo apenas para o acesso residencial, ou seja, mesmo com as milhares de empresas que há no Brasil, onde quase 100% têm banda larga, o acesso via as mais de 100 mil Lan Houses no Brasil é maior, e esse acesso vem das classes mais inferiores. Aliás, falando em Lan House, basta ver que a maior grife do mercado, a Monkey, fechou suas portas no mês passado, pois perdeu espaço para Lan Houses de periferia, aquelas com 10 a 15 computadores dentro de uma garagem.

Cada vez mais as pessoas estão querendo acessar a web e não apenas para ficar no Orkut ou YouTube, essas pessoas querem comprar, pagar contas, estudar, ler sobre seu time de preferência, pesquisar para a escola...

Então, para nós, de agências, o importante, principalmente para clientes sem cultura, é embasar muito nossas estratégias, mostrar cases com bons resultados de outras marcas, sendo do mesmo segmento melhor ainda, mostrar o que outras marcas estão fazendo na web com foco no mesmo público-alvo da marca com a qual estamos trabalhando, mostrar o comportamento das pessoas com o mundo digital, principalmente tendo fontes de altíssima credibilidade para esse embasamento.

Se o cliente não tem cultura digital, cabe à agência "culturar" esse cliente, ou seja, levar a cultura até o cliente. Mostre a ele todo o potencial da web e o que ele está perdendo por não estar lá. Feito isso, tenha plena certeza do sucesso da sua campanha, pois uma vez que você errou, o cliente não confia mais no meio, e vai continuar achando que home de portal é a única solução para todos os seus problemas de comunicação na web. Fazer home de portal é igual a fazer a Rede Globo: é importante, mas não é a única estratégia!

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Entre na festa, você foi convidado!

Imagine que você foi convidado para uma festa onde estão centenas de potenciais clientes para sua empresa. Lógico que você não perderá essa oportunidade. Mas você não vai chegar lá e sair abordando todos na festa, interrompendo as conversas e distribuindo cartões de visita, vai? Espero que não.

Se você for inteligente, vai se enturmar aos poucos, conversar com as pessoas, aproveitar a festa e fazer contatos proveitosos, tudo de forma natural. Você ainda ouvirá o que as pessoas estão falando de sua empresa e dos concorrentes, saberá o que acham do mercado e quais suas necessidades e ideias.

Se você ouvir um convidado falando que está com problemas com um de seus produtos, você vai corajosamente se aproximar, se apresentar, se prontificar a resolver o problema e dar seu cartão. Além de ganhar um amigo, os outros que estavam na conversa ficarão impressionados com sua sinceridade e interesse. Enfim, você aproveitará a festa para conhecer pessoas interessantes e, se possível, o seu cliente mais a fundo. E lógico: dando um jeito de ser convidado para a próxima festa.

Você ouve o tempo todo os especialistas em marketing falando sobre ouvir o cliente, ter foco no cliente, criar um relacionamento com ele. Então, uma festa onde estão vários de seus clientes é o lugar ideal para aplicar essa prática.

Essa é a ideia. Para aproveitar a festa, relaxe, se livre da mania de vender e anunciar. Esqueça a propaganda tradicional, esqueça os anúncios, os folhetos e os cartões de visita. Apenas pense em interagir, se comunicar e contribuir de forma útil. Quando as pessoas sabem que você existe e o que faz, naturalmente procurarão sua empresa quando precisarem dela.

Você não acha que seria bom se no mercado existisse esse tipo de festa? Pois é. Elas existem. E você foi convidado para todas elas, só falta começar a participar. Essas festas são as mídias sociais.

As mídias e as redes sociais são os ambientes da Internet onde pessoas comuns se relacionam todos os dias, trocando informações e experiências, criando novos relacionamentos e se divertindo. Os sites como Orkut, Twitter e Facebook são usados todos os dias por milhões de pessoas, e podem ser usados por sua empresa para desenvolver um forte relacionamento com seus clientes.

Esqueça o estereótipo do usuário do Orkut, jovem, alienado, que finge ser alguém que ele gostaria de ser, mas não é. Esta fase já passou, hoje as mídias sociais são usadas por pessoas de todas as idades e classes sociais, que tratam de suas vidas pessoais, mas também de assuntos profissionais. Elas se tornaram uma grande ferramenta para que as empresas possam desenvolver relacionamento com consumidores e entender melhor como eles pensam.

Pense nelas como uma grande festa, onde estão os seus clientes. Nela você pode entrar e contribuir com eles, criando uma relacionamento duradouro, que será importante para o desenvolvimento do seu negócio nesta década.

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Transforme a internet no melhor vendedor da sua empresa

O que uma empresa de treinamentos, uma loja especializada em decoração e uma metalúrgica podem ter em comum? Mais do que você pode imaginar.

O Grupo Luz, a PortCasa e a Geguton comemoraram crescimento de até 120% em seus negócios em um ano marcado pela crise econômica mundial que derrubou diversos países (e companhias) e fez o governo celebrar o crescimento zero apresentado pelo PIB brasileiro como uma façanha. Para alcançar esses resultados, as três investiram na internet como uma de suas principais ferramentas de vendas.

O Grupo Luz, de Ribeirão Preto, aumentou em 40% o número de matrículas de seus cursos de fotografia com campanhas nas mídias e redes sociais. Em São Paulo, a PortCasa cresceu 120% em apenas um ano investindo pesado em marketing digital para sua loja eletrônica. E a gaúcha Geguton aumentou seu cadastro de clientes ativos em 70% ao facilitar as compras em seu site.

São exemplos concretos de empresas que estão aproveitando para surfar na grande onda da internet no Brasil, que já engloba 66 milhões de brasileiros, praticamente um terço da população.

Números, aliás, não faltam para justificar os investimentos em marketing digital no país. O brasileiro é o que passa mais tempo online no mundo, uma média de 44 horas/mês, e está entre os que mais acessam as redes e mídias sociais como Orkut e Twitter. Com uma presença tão marcante, não é à toa que a internet seja cada vez mais importante, inclusive na forma como compramos. Pesquisa realizada recentemente pelo Datafolha revelou que 38% dos consumidores das classes A e B e 30% da classe C levam em consideração informações de sites para escolher produtos, marcas e lojas. São as pessoas que movimentaram cerca de R$ 10,5 bilhões no comércio eletrônico em 2009.

Para se obter taxas de crescimento de dois a três dígitos por ano não basta jogar a prancha na água, ou seja, montar o site ou loja virtual e esperar os contatos e pedidos. Requer planejamento de uma série de ações de comunicação, o que chamamos de marketing digital. E a rápida evolução da tecnologia, o surgimento de novos recursos e as tendências fazem com que essas ações tenham de ser cada vez mais coordenadas para atingir seus objetivos. Seguem abaixo os principais recursos e como podem ser melhor utilizados para alavancar seus negócios.

Site com "usabilidade": usabilidade significa facilidade de uso. Quanto maior a usabilidade em um website, maior a rapidez do usuário em aprender a utilizá-lo e a encontrar o que procura. Quanto mais fácil e mais rápido for encontrar o que interessa, maior a satisfação da pessoa que o visita e maiores as chances de um contato efetivo. Ou seja, a palavra de ordem hoje é simplicidade, portanto nada de sites pirotécnicos, com introdução animada, geralmente feitos com programação Flash, que demoram uma eternidade para carregar. Ninguém tem mais paciência para isso.

Otimização para mecanismos de busca: é também chamada SEO (Search Engine Optimization). De forma simples, a otimização pode ser entendida como uma série de técnicas para estruturar as principais informações sobre a sua empresa, produtos e serviços contidas no site de forma a serem mais facilmente localizadas pelos buscadores. A base desta organização são palavras-chave, frases e títulos dos conteúdos do site, que devem ser específicas, constantemente atualizadas e estar diretamente relacionadas aos negócios, serviços ou produtos da empresa. Mas atenção: a otimização só funciona em sites construídos em uma programação que permita aos buscadores identificarem essas palavras, por isso mais um motivo para não usar o Flash, pois além de tornar o site mais "pesado" para carregar, também dificulta a localização das palavras-chave.

Publicidade online: é a propaganda feita na internet e se divide em duas formas. A primeira é por meio de links patrocinados em sites de busca, como o Google Adwords ou o Yahoo! Search Marketing, e é indicado para venda direta. Por exemplo, se você possui uma loja de câmeras fotográficas, pode vincular seu anúncio para aparecer ao lado dos resultados relacionados à fotografia. A segunda é por meio de anúncios (também chamados banners) em sites, redes e mídias sociais relacionados ao produto ou serviço, sendo indicada como publicidade institucional. Nesse caso, o ideal é vincular o anúncio da sua loja de câmeras fotográficas em sites e comunidades especializados em fotografia. As duas vêm revolucionando a publicidade por serem extremamente acessíveis (qualquer empresa pode iniciar sua própria campanha com orçamento modesto) e permitirem a mensuração dos resultados das mais diversas maneiras, sendo ideal para pequenas e médias empresas. Porém, a simplicidade em criar e colocar no ar as campanhas pode ser enganosa. Se não forem atualizadas constantemente para acompanhar as mudanças da concorrência, correm o risco de não gerarem os resultados esperados.

Inteligência de mercado: os mecanismos de busca como o Google oferecem gratuitamente ferramentas para monitoramento. Permitem mensurar, por exemplo, qual a "audiência" do site da empresa (origem geográfica, páginas mais visitadas, tempo de permanência, como o internauta chegou ao site, quais conteúdos influenciam no processo de compra) e a tendência e procura mensal por palavras-chaves (entendam-se, neste caso, produtos ou serviços oferecidos por sua empresa), assim como o posicionamento do site e dos concorrentes nas pesquisas. É uma forma eficaz e acessível de inteligência de mercado.

Redes sociais: redes sociais como Orkut, Facebook, Plaxo, MySpace, etc., assim como as mídias sociais (Twitter, Flickr, Slideshare e congêneres) são o grande tema do momento da mídia. Diariamente surgem casos de empresas que as utilizaram com sucesso, levando muitos especialistas a declarar que o futuro dos negócios está nestas plataformas. Exageros à parte, não há como contestar sua importância como canais de comunicação direta entre a empresa e os seus clientes. Mas antes é preciso entender como funcionam, como seu público-alvo interage e, com base nestas informações, definir as mais adequadas, monitorando os resultados.

E-mail Marketing: a propaganda por e-mail é uma das mais conhecidas e eficazes ferramentas de marketing digital de que se tem notícia. Pesquisa realizada recentemente revelou que 64% dos entrevistados afirmaram fazer compras após o recebimento de um e-mail promocional. Em contrapartida, é uma das mais mal utilizadas. O primeiro passo de uma campanha é estabelecer objetivos e uma estratégia sobre como utilizar as diferentes formas de mensagem. Um e-mail marketing pode ter diferentes propósitos: transmitir informações relevantes para o receptor (caso das newsletters), oferecer uma promoção, destacar os diferenciais de seus produtos e serviços, ser uma ferramenta de relacionamento (com cumprimentos de aniversário, ano novo, novo cliente, promoção no cargo, etc.).

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Social Media, só depois das 18h

Texto de Marcela Daniotti, graduada em Publicidade e Propaganda pela Faculdade Cásper Líbero e especializada em Gestão de Marketing pela Fundação Getúlio Vargas. Hoje atua na CLM Software como analista de marketing.

Lancei uma pergunta no twitter cujas respostas me deram a idéia de escrever este artigo:

"O que perturba você na Internet?"

Engraçado. As respostas que eu recebi não tinham nada a ver com a Internet propriamente dita, mas com a "falta" dela. As pessoas reclamaram do bloqueio de vários sites no ambiente de trabalho. Logo que vi isso, lembrei de ter lido muito nos últimos tempos sobre o aumento do número de empresas (em nível mundial) que vêm bloqueando quase todos os sites sociais em suas redes, além de outras aplicações.

Li também sobre as estatísticas brasileiras sobre acesso à Internet e, vejam só: um número considerável de internautas ativos acessa a Internet no local de trabalho.

Pergunta: Sua empresa tem investido $ e tempo em campanhas de Social Media? As atualizações feitas ocorrem geralmente no "horário-peão"? Será que o seu público tem acessado seu conteúdo com força total?

Agora chegou a hora de tocar na ferida: Você é a favor do bloqueio ou da educação?

Vamos ser sinceros, pessoALL! Para entendermos melhor a situação, apresento-lhes o Zé Arrob@.

O Zé Arroba tem 25 anos. Tem perfil no orkut, facebook, twitter, youtube, flickr, ning, wordpress, blogspot, stumble, digg, vimeo, last.fm, blip.fm, etc. etc. etc. Na workstation do Zé tem MSN, Gtalk, Skype, ICQ (wow!), µtorrent, emule, limewire, etc. etc. etc.

O Zé passa o dia inteiro pulando de perfil em perfil, faz download de músicas e a sua taskbar parece uma árvore de natal, piscando em laranja. Ninguém é melhor do que ele no esquema alt-tab. Vive rindo baixinho e encaminhando email de piadas. Reconhece o tipo?

Um belo dia, o chefe do Zé cansa disso tudo e resolve bloquear todos os sites e aplicações. O que acontece? Escolha uma das alternativas:

a. ( ) O Zé Arroba toma jeito na vida, é promovido, torna-se o principal responsável pelo crescimento da empresa e vira capa da Você S.A., com a manchete "O Executivo do Ano".

b. ( ) O Zé Arroba entra em choque cyberfilático, vai para a copa da empresa e se suicida com a ajuda da cafeteira.

c. ( ) O Zé Arroba arruma um jeito de continuar morcegando. Leva o iPod, o jogo de gamão, a revistinha de sudoku e descobre o novo mundo do freecell.

Brincadeiras e exageros à parte, o que eu quero dizer é: GESTORES DO MEU BRASIL, não culpem a Internet pela baixa produtividade dos seus funcionários! Se o Zé não quer trabalhar, ele vai dar um jeito. Deixa o homem morcegar!

Não estou me candidatando à chapa dos websindicalistas, mas ao meu ver existem duas situações e em ambas a culpa é da empresa:

1) Meia dúzia de gatos pingados são "Zé Arrobas": culpa do RH. Caramba, como é que contrataram esse perfil? Dica: antes de contratar, faça uma busca nos principais sites sociais e trace um perfil do sujeito. Você consegue descobrir se ele é um hard-user ou não, se é folgado, se fala mal do patrão, e outras coisas do arco da velha!

2) A maioria das empresas é Zé Arroba: Sinto informar, mas se isso acontece na sua empresa, algo de muito grave está rolando para justificar a falta de interesse no trabalho. Invista em ações de endomarketing, campanhas de incentivo, etc.

Mas vamos ter bom senso. Se queremos lutar por um ambiente de trabalho livre, moderno e antenado, não devemos abusar. O computador da empresa não é para uso pessoal do funcionário. Programas peer-to-peer são pratos cheios para vulnerabilidades. O MSN pode ser substituído por comunnicators e outros clients, com uso restrito para comunicação interna. Tudo é uma questão de ajuste, conversa e educação.

As empresas têm que parar de tentar vender

Texto de Claudio Torres, escritor, palestrante e consultor em Marketing Digital e Mídias Sociais, graduado em Engenheira Eletrônica pelo ITA, com Mestrado em Sistemas pela USP e pós-graduação em Marketing na Suécia. www.claudiotorres.com.br



Durante uma entrevista que dei para o jornalista Herodoto Barbeiro, da CBN, no programa Mundo Corporativo, eu disse:

"As empresas têm que parar de tentar vender"

Esta minha frase sempre causa uma forte reação nas pessoas. Mas como vou parar de vender? Esse cara ficou louco? E quem paga as contas? Estas são as perguntas mais comuns que vêm logo após eu fazer a pergunta. Em alguns casos, um silêncio perturbador substitui a pergunta. Mas mesmo assim eu continuo repetindo:

"As empresas têm que parar de tentar vender"

O que quero dizer com isso é que a venda como a conhecemos deixou de ser uma ação viável. O mundo virou uma grande feira de comodities. Tudo, e absolutamente todo produto ou serviço criado, pode ser copiado ou já está sendo feito por outras dez empresas. O consumidor tem tantas opções de compra, que a venda se tornou um ato quase heróico. Vendedores viraram Quixotes, tentando vencer os moinhos de vento, acreditando que o consumidor quer ouvi-los e que as técnicas de vendas, de mais de uma década atrás, vão salvar o dia.

Como aconteceu com a Qualidade, uma grande vantagem competitiva na década de 90, que passou a ser premissa de qualquer produto na virada do século, a Inovação está indo para o mesmo caminho. Você tem que inovar, sim. Mas a inovação está rapidamente sendo absorvida como premissa pelo consumidor, e não mais um diferencial competitivo. Portanto, se você não absorveu a inovação na sua empresa, cuidado, você está no século passado.

Com a maior interação criada pela Internet e a comunicação nas mídias sociais, a publicidade como a conhecemos está tendo cada vez mais dificuldades para obter os maravilhosos resultados de antes. Os 30 segundos de comercial em horário nobre, e uma página inteira em uma revista de circulação nacional, deixaram de ser a fórmula do sucesso no lançamento de um produto.

O novo consumidor, já não tão novo assim, busca, na verdade: Informação, Diversão e Relacionamento. Nenhum dos três se encaixa no ato tradicional da venda.

Então, fazer um produto inovador e de qualidade e tentar vendê-lo deixou de ser uma fórmula de sucesso. Como a venda tem se tornado cada dia mais difícil, a melhor alternativa é montar uma estratégia que fuja do comum. Que fuja do "espírito de vendedor". Muitas vezes sua empresa, ao tentar vender seus magníficos e inovadores produtos para o mercado, coleciona muitos elogios, centenas de relatórios de visitas, mas muito pouco resultado. Os custos de vendas e publicidade explodem e a vida se torna cada vez mais difícil.

Então, o que fazer? Parar de tentar vender. Mas aí você diz: "se eu parar de tentar vender minha empresa morre". Errado, respondo. Parar de tentar vender não significa que o consumidor vai parar de comprar de você. Pelo contrário. O Consumidor, seja ele um cidadão ou uma empresa, tem suas necessidades, desejos e comportamentos. Ele continua vivendo, respirando e comprando, mesmo quando você não tenta vender seu produto para ele. O que quero dizer com isso é:
As empresas têm que parar de tentar vender, e deixar o consumidor comprar.

O que você tem que fazer, através do marketing digital, e aproveitando todos os recursos disponíveis na Internet, é garantir que o consumidor, seja ele uma pessoa física ou uma pessoa jurídica, conheça você, confie em você e compre de você. Neste século comprar significa: escolher seu produto, ao invés dos concorrentes, porque te conheço e confio em você.

Em resumo, minha sugestão é simples. Crie uma forte estratégia de marketing digital. Tenha um planejamento de marketing digital, pelo menos para 2010, e se puder, para 5 anos. Seja focado e crie algo realmente novo, em termos de marketing e comunicação on-line, que faça com que os seus clientes sejam seus fãs, e se possível queiram desesperadamente seu produto. Use o marketing digital para ser o mais conhecido, confiável e desejado fornecedor, de seja lá o que for que você faça. O que quero dizer com isso é:

"As empresas têm que parar de tentar vender, e investir em criar uma legião de fãs, e deixar o consumidor comprar"

Leve isso ao pé da letra. Invista em ser conhecido, útil, confiável. Deixe que os consumidores gostem, e se possível sejam fãs da sua empresa. Use a Internet para isso. Faça um Planejamento de Marketing Digital. Faça algo que você sinta orgulho. Só termine seu planejamento quando você e seus pares tiverem a certeza de que criaram algo genial, diferente, inovador. Algo que você tenha orgulho de mostrar para os outros e que eles digam "UAU! Que massa!".

Acredite que o consumidor quer comprar, e está comprando, mesmo na crise, e que a diferença entre os fracassados, os sobreviventes e os vencedores, estará na forma como as empresas utilizam o marketing digital para se relacionar com seus clientes, e criar suas legiões de fãs.

Amigo tem preço?

Uma agência australiana de marketing online comercializa amigos aos usuários do Facebook, publicou a Reuters.

Os pacotes oferecidos pela uSocial podem dar de mil a dez mil novos amigos aos membros da rede social. Os preços chamam mais atenção ainda, já que variam de US$ 177 a US$ 1.167.

A empresa utilizou de tal prática no Twitter, e o portal de microblog tentou bloquear esse tipo de serviço alegando que era uma prática de spam. O site Digg.com é outro que quis tirar a agência do ar.

No mínimo, só há uma palavra a dizer sobre isso: picaretagem.

O papa é pop

O papa Bento 16 já tem um site, seu próprio canal no YouTube, está na rede social do Facebook, e agora ele está prestes a lançar seu primeiro álbum.

O papa irá cantar liturgias e cantos e recitar passagens e orações em cinco línguas em um álbum que será lançado antes do Natal pela gravadora Geffen Records, o selo que assinou com o rapper Snoop Dog e a cantora de pop rock Ashlee Simpson.

O álbum apresentará nas vozes de fundo o coral da Academia Filarmônica de Roma junto com gravações modernas clássicas da Orquestra Filarmônica Real. O disco será mixado nos estúdios da Abbey Road, de Londres.

Colin Barlow, o presidente da Geffen Records, que pertence à Universal Music, de Vivendi, disse que não achava esquisito gravar um disco religioso em latim, italiano, português, francês e alemão em uma tradicional gravadora de música.

"Eu acho que nessa época e idade, como o público é, como eu sou, as pessoas são fascinadas por todos os tipos de música. Nós não temos inclinação para um tipo de música", disse à Reuters Television.

A voz do papa foi gravada na Basílica de São Pedro no Vaticano e durante as viagens papais a outros países.

Não é a primeira vez que um papa lança um álbum em uma grande gravadora. O papa João Paulo 2º lançou "Abba Pater" pela Sony Classical Music, em 1999.

O disco do papa Bento 16, "Alma Mater", será lançado em 30 de novembro e alguns procedimentos irão apoiar a educação musical para crianças pobres ao redor do mundo.