O vídeo criado pela DK Engineering mostrando o funcionamento do Gordon Murray Automotive T.50 é digno de manual do proprietário

The Gordon Murray Automotive T.50 User's Guide Video Thumbnail
Gordon Murray, responsável por carros de Fórmula 1 da Brabham e da McLaren que se tornaram vitoriosos e pelo modelo F1 de rua, que já nasceu clássico, em virtude de suas características únicas para a época, como assento do motorista em posição central e cofre do motor banhado a ouro, resolveu que, na década de 2020, deveria criar uma espécie de releitura do mesmo.

Assim nasceu o Gordon Murray Automotive T.50, que é praticamente uma reinterpretação moderna do Mclaren F1. As principais diferenças estão no motor V12, que é fabricado pela Cosworth, e cujo virabrequim pode girar mais de doze mil vezes por minuto, bem mais que o construído pela BMW, e numa particularidade que o carro concebido nos anos 1990 não tinha: a geração artificial de efeito solo, através de um sistema de sucção do ar que está abaixo do assoalho.

O plano de Gordon Murray é produzir apenas cem unidades do T.50, além de uma versão chamada Niki Lauda, de 25 exemplares, exclusivos para as pistas. No entanto, doze unidades do modelo foram construídas para passarem pelo sacrifício dos testes de colisão, durabilidade e emissões.
James Cottingham, da DK Engineering, recebeu em sua oficina o T.50 cujo chassis recebeu o número 31, e criou este vídeo, mostrando todos os detalhes do carro, a começar pela chave de ignição, que, para variar, funciona de forma presencial, e também recebeu o número da unidade do veículo.

Para início de conversa, ele pega a chave e demonstra os processos de abertura e fechamento da porta do motorista e do cofre do motor. Depois, mostra como realizar o mesmo processo usando um botão que fica no suporte da câmera que funciona como espelho retrovisor.

A seguir, James explica como recarregar as duas baterias que equipam o T.50, através de dois carregadores que vêm inclusos com o carro e guardados em lugares especialmente criados para os mesmos, um no lado esquerdo do motor e outro no capô dianteiro. Cottingham aproveita o momento para mostrar o processo de abertura desta tampa também, já que é na dianteira do carro que fica o carregador que restaura a energia da maior bateria presente no veículo.

Depois que as baterias foram carregadas por completo, chegou o momento mais importante: dirigir! A primeira coisa a fazer e colocar a chave presencial atrás do encosto de cabeça do motorista, onde fica o sensor que o T.50 usa para detectar que é hora de realizar o trabalho para o qual foi concebido.

Para entrar no carro, o processo que o motorista precisa fazer é idêntico ao realizado no Mclaren F1: sentar na saia lateral do T.50, colocar os pés onde ficam os três pedais, para só então colocar o traseiro sobre o banco central. Para dizer a verdade, é até mais fácil entrar no novo carro de Gordon Murray que no projeto concebido nos anos 1990, já que, na mais recente criação do mesmo, não há aquele console que fica entre os bancos do meio e da esquerda.

Então, chega o grande momento: dar a partida no motor! O processo é bem simples. Há um console, que fica entre os bancos central e direito, onde ficam os controles essenciais para a condução do T.50: botões de partida, alavanca de câmbio, pisca-alerta e controles dos vidros elétricos.

Para colocar o propulsor a girar, só é preciso levantar a tampa que cobre o motor de partida, pressionar o botão uma vez para ativar a ignição e outra para, enfim, acionar o motor de arranque.

Após o momento de êxtase, é hora de mostrar como funciona o painel de instrumentos, mas não sem antes explicar como funciona para engatar a marcha à ré, já que, às vezes, na vida, é preciso dar alguns passos para trás para podermos ir novamente à frente.

Após este breve momento de interrupção, é mostrado o tacômetro, que, ao contrário da massiva maioria dos presentes nos outros veículos fabricados nesta época, é analógico, resistindo bravamente ao avanço da tecnologia. Claro que um projeto atual como este também se aproveita da modernidade, com câmeras de ré e laterais, que substituem os tradicionais espelhos retrovisores.

Para melhor aproveitamento de espaço no habitáculo, os outros controles do veículo, como os dos sistemas de geração de efeito solo, de climatização da cabine e do limpador de para-brisa, estão localizados ao redor do painel de instrumentos, uma inovação que a Fiat apresentou primeiro nos anos 1980. Já para o controle dos faróis, há botões localizados atrás do volante de direção, onde ficariam as borboletas, caso este carro tivesse câmbio automático. Enfim, para controle de funções do painel e do sistema de som, há botões físicos localizados na frente do volante, de fácil acesso pelos polegares do motorista.

Voltando ao console que fica ao lado da perna direita do motorista, James mostra o acesso ao sistema de infoentretenimento do T.50, que possui suporte nativo a Android Auto e Apple CarPlay, além de acionamento permanente da câmera de ré, para que quem está dirigindo possa visualizar o que vem atrás do carro, só que o próprio carro avisa que isto deve ser apenas usado em pista fechada, é ilegal usá-lo em vias públicas.

É claro que quem estará presente neste carro não ficará sem carga em seu telefone celular, já que há dois compartimentos, ou porta-luvas, como queira chamá-los, que possuem portas USB.

Depois que tudo que há dentro do veículo foi mostrado e demonstrado, chega a hora de sair do carro. Só que não é preciso ser contorcionista para se esticar todo e puxar uma alavanca para abrir a porta: para isto, só é necessário puxar um botão que fica à frente do banco direito que a porta esquerda sobe completamente e instantaneamente.

Agora, é hora de mostrar o processo de recarga dos fluidos que são essenciais para o funcionamento de qualquer carro. A começar pelo líquido do limpador de para-brisa, cujo reservatório está localizado quase junto ao para-choque dianteiro, acessível após abrir o pequeno capô.

É claro que um carro como este deveria ter um porta-malas minúsculo. Só que o T.50 vai além: possui dois porta-malas, cujas capacidades cúbicas não permitem que você vá ao supermercado e faça o seu rancho mensal. Por isso, a Gordon Murray Automotive desenvolveu um kit de quatro malas que cabem perfeitamente nos compartimentos disponíveis nos dois lados do motor.

Além disso, o feliz proprietário de um T.50 também recebe um carrinho com gavetas repletas de ferramentas para que ele mesmo possa realizar a manutenção preventiva se sua propriedade, além de um tablet, que pode ser usado para escanear toda a parte eletrônica do carro em sua casa, assim como qualquer mecânico especializado faz atualmente em sua oficina. É claro que o dispositivo móvel possui conexão à internet sem fio, assim, caso o dono do veículo não se sinta confortável para ele mesmo realizar a operação de verificação, um mecânico da Gordon Murray Automotive pode fazer isto de forma remota.

Finalmente, o momento que todos esperavam: colocar os pistões do motor Cosworth V12 para girarem a 12.000 RPM!

Assista também aos vídeos especiais que a DK Engineering produziu para o Porsche 911 GT1 Straßenversion, o McLaren F1, o Mercedes-Benz CLK GTR Straßen Version, a Ferrari F50, o Maserati MC12 Stradale, o Porsche Carrera GT, o Pagani Zonda F, o Mercedes-Benz SLR McLaren, o Mercedes-AMG GT3 Evo, a Ferrari F40 e a Ferrari 288 GTO.

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