
E falando em baladas, quem gostava do Kings Of Leon agitado e alto astral do álbum de estréia (o excelente "Youth and Young Manhood", de 2003), vai se decepcionar com o grande número de baladas tristes ou "sombrias" presentes em "Only by the Night", o que deixa o álbum ainda mais "sem vida" no geral, além de fazer a banda soar como uma versão indie do U2. As faixas "17", "Notion" e "Cold Desert" são fracas e entediantes a ponto de não merecerem mais comentários. Mas, como a banda ainda tem capacidade de fazer ótimas músicas, temos as cativantes "Use Somebody" (melhor faixa do álbum) e "Manhattan", além da simpática "I Want You".
Entre os rocks, temos a indie "Sex on Fire", que chama mais atenção pelo seu título e temática, do que pela sua melodia e arranjos. A excelente "Be Somebody" é bastante percursiva, e vai causar arrepios no ouvinte que prefere o lado mais "nervoso" do Kings Of Leon. E a criativa "Crawl" mostra que a banda se sai muito melhor ao utilizar os experimentalismos a favor do rock. Em tais faixas, o ouvinte pode notar também como o vocal "único" de Caleb Followill funciona bem melhor em músicas mais "pra cima", do que em baladas melancólicas e "paradonas".
Considerando que o Kings Of Leon iniciou sua carreira tocando um rock 'n' roll influenciado por southern rock, mas sempre fez questão de "evoluir" após seu primeiro álbum, já era de se esperar que um dia os experimentalismos fossem tirar boa parte da alma e "brilho" da banda, como acontece em "Only by the Night". E enquanto o quarteto continuar fazendo música para apreciadores de um rock cada vez mais alternativo, esquecendo totalmente de onde vieram, os fãs daquele Kings Of Leon mais dançante, alegre, humilde e divertido, continuarão tristes.
Músicas:
1. Closer
2. Crawl
3. Sex on Fire
4. Use Somebody
5. Manhattan
6. Revelry
7. 17
8. Notion
9. I Want You
10. Be Somebody
11. Cold Desert
Whiplash
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