The Curious Case Of Jensonmin Button




Depois de um treino de classificação que durou quase três horas, em razão das fortes chuvas que caíram no Autódromo José Carlos Pace, com a pole de Rubens Barrichello em Interlagos, e Jenson Button obtendo apenas o décimo-quarto tempo, sem sequer passar para o Q3, tudo levava a crer que o inglês começaria a entrar em um inferno astral, que só acabaria com a última volta do Grande Prêmio de Abu Dhabi, com os pilotos da Brawn GP disputando ferrenhamente o título de pilotos da temporada 2009 da Fórmula 1.

No entanto, o que vimos na largada das 71 voltas do Grande Prêmio do Brasil foram "o contrário do contrário", ou seja, tudo que Rubens Barrichello gostaria que acontecesse durante a prova, a seu favor, não aconteceu.

Na primeira volta, o acidente envolvendo Jarno Trulli, Adrian Sutil e Fernando Alonso, além dos problemas de Heikki Kovalainen e Kimi Raikkonen, que tiveram que realizar um pitstop de emergência, o primeiro, por tocar com Giancarlo Fisichella no S do Senna, o segundo, por ter sua asa dianteira avariada, depois de receber uma fechada de Mark Webber. O finlandês da McLaren levou a mangueira de reabastecimento pendurada no carro, jogando combustível no carro do compatriota da Ferrari, que pega fogo, colocam Jenson Button na nona posição, já na segunda volta.

Após a saída do Safety Car, o piloto inglês da Brawn GP começa uma condução agressiva, o que não era normal para um candidato a título com a ampla vantagem que possuía. Ultrapassou Romain Grosjean com facilidade. Depois, Sébastien Buemi e Kazuki Nakajima. Travou uma batalha contra Kamui Kobayashi, com direito a um "X" do piloto japonês, na primeira perna do S do Senna. Na volta seguinte, realizando a mesma manobra, Jenson ganha a posição.

A partir daí, quem passou a viver um inferno astral passou a ser Rubens Barrichello. Depois do primeiro pitstop, foi ultrapassado por Mark Webber, por causa do maior rendimento do Red Bull Racing RB5, por Robert Kubica, que fez uma excelente prova, para uma equipe que está saindo da Fórmula 1, e por Lewis Hamilton, de maneira relativamente fácil. Ainda por cima, teve um puncture, ou um pneu furado, que possivelmente sofreu a avaria durante a disputa com o piloto inglês da McLaren.

Esta era a "dose de sorte" que Jenson Button, então, na sexta posição, precisava para conquistar o campeonato com uma prova de antecedência. Tendo que fazer um pitstop de emergência para trocar o pneus furado, Rubens Barrichello volta à pista na oitava posição. Aí o inglês da Brawn GP teve apenas que fazer o "feijão com arroz" para completar a prova e conquistar o primeiro título em dez anos de carreira na Fórmula 1, acabando com a euforia dos torcedores que estavam presentes nas arquibancadas do Autódromo José Carlos Pace.

Depois de vencer o "vestibular" contra Bruno Junqueira, em 1999, para conquistar uma vaga na Williams, em 2000, Jenson Button fez uma temporada boa para o ano de estreia, tornando-se o mais jovem piloto a pontuar na Fórmula 1, com 20 anos, 2 meses e 7 dias, na segunda prova do ano, em Interlagos. Este recorde seria batido sete anos depois por Sebastian Vettel. A partir daí, teve performances apagadas nas temporadas subsequentes, que contrastaram com a primeira vitória, no Grande Prêmio da Hungria, em 6 de agosto de 2006. Ofuscado ainda mais, com o ingresso de Lewis Hamilton na Fórmula 1, tem duas temporadas sofríveis na Honda, em 2007 e 2008.

Quase dado como retirante da Fórmula 1, Jenson Button aposta todas as suas fichas no trabalho de Ross Brawn, com a aquisição dos restos da Honda, fundando a Brawn GP. Juntamente com Rubens Barrichello, conqustam uma inacreditável dobradinha, entrando para a história da Fórmula 1, sendo uma das poucas equipes estrantes que venceram a prova de estreia e marcaram o segundo lugar.

Fazendo uma performance impecável no início da temporada, Jenson Button vence seis das sete primeiras provas. A partir daí, começa a marcar poucos pontos nas provas seguintes, por causa do maior rendimento dos carros da Red Bull Racing, que culmina na primeira vitória de Mark Webber na categoria máxima do automibilismo, e do aumento de performance de Rubens Barrichello, que vence os Grandes Prêmios da Europa e da Itália.

Antes que estes resultados paralelos transformassem a tranquilidade de Jenson Button em um inferno astral, o inglês tratou de administrar sua performance, de forma que a diferença entre ele e Rubens não caísse muito, até o Grande Prêmio do Brasil, onde, com um "tempero" de sorte, conquista o título de pilotos de 2009 com a inteligência e a calma de um campeão.

O que vimos no GP do Brasil foi o epílogo da história da sexagésima temporada da Fórmula 1, que teve muitos outros acontecimentos que criaram capítulos que serão para sempre lembrados, como o episódio do difusor de dois andares, o "Liargate" de Lewis Hamilton, o "Singaporegate" de Nelson Piquet Jr., e o acidente de Felipe Massa, atingido por uma mola que escapou da suspensão traseira do Brawn GP de Rubens Barrichello. Pela segunda vez consecutiva, o Autódromo José Carlos Pace torna um inglês campeão da Fórmula 1 pela primeira vez, chegando em quinto lugar, com um carro também inglês, com o número 22, com motor Mercedes.

Jenson Button, aos 29 anos, 8 meses e 29 dias, torna-se o trigésimo-primeiro piloto campeão da Fórmula 1, e o oitavo inglês a conquistar o tento. Entra para a história, juntamente com a Brawn GP, que, depois de um início de ano duvidoso, sem saber se conseguiria colocar um carro na pista, em virtude das dificuldades financeiras.

Parabéns, Jenson Alexander Lyons Button! Bem-vindo à galeria dos campeões da Fórmula 1!

Volkswagen Karmann Ghia 1967. Um dos mais belos carros jamais construídos. Já era um dos mais desejados. Imagine agora, com motor 1500 de 52 HP...

Martelinho de ouro

Com o aumento de carros nas ruas, há cada vez mais veículos também nos estacionamentos. O que também cresce com isso é a procura pelo martelinho de ouro. O profissional é responsável pela restauração de amassados, capaz de recuperar tanto danos pequenos, como marcas causadas por batidas de porta, quanto estragos maiores, resultado de chuvas de granizo, por exemplo.

O trabalho, que uma vez já foi considerado mais caro do que um serviço de funilaria, revelou-se uma boa alternativa para quem precisa reparar seu veículo e não quer gastar muito, esperar demais pelo serviço e mesmo manter a originalidade do carro. "Um reparo mais simples com um martelinho de ouro sai em torno de R$ 60 reais, e pode ser resolvido em duas horas", declara Ricardo Maia, instrutor das aulas de martelinho de ouro da SP Center.

O curso foi criado há 14 anos, quando o proprietário da oficina, Wilson Zimmerman, percebeu o crescente interesse de profissionais de diversas áreas em migrar para o ramo de restauração automotiva. "As pessoas se interessam pelo trabalho do martelinho, então têm a oportunidade de vir aqui, conhecer como funciona e ver se é isso mesmo que elas querem fazer", declara Wilson.



Desde sua criação, a escola já contou com 150 alunos, 70 deles formados. O curso não tem limite para término, e incentiva que os matriculados continuem os estudos até sentirem-se seguros com a profissão. "Temos uma preocupação grande com a formação. E o aluno não precisa se preocupar, já que ele só paga a taxa uma vez", declara Wilson, referindo-se à matrícula de R$ 3 mil, o que já inclui as 28 peças ferramentas necessárias para o profissional fazer o seu trabalho.

Os centros de formação de martelinhos de outro tem atraído até mesmo a atenção de estrangeiros. Por se tratar de uma técnica desenvolvida no Brasil, muitos profissionais europeus têm viajado para cá a fim de dominar este tipo de reparo. O caminho oposto também tem acontecido, com brasileiros do ramo viajando para o exterior para dar aulas e criar centros de reparação automotiva.

24 Hours Of LeMons - Toyota MR2 - Onboard

Satirizando a endurance mais famosa do mundo, as 24 Heures du Mans, os americanos criaram a 24 Hours Of LeMons, que consiste em uma prova no qual participam carros que custam até 500 dólares. Quem resiste até o final, recebe um prêmio de 1.500 dólares, todo em moedas.

No vídeo abaixo, um Toyota MR2 tentando ultrapassar um Buick LeSabre, no Nelson Ledges Road Course. Já dá uma ideia da aventura que esses pilotos passam nessa prova de longa duração.


Mais cedo ou mais tarde sua esposa vai dirigir. Esta é uma das razões para você possuir um Volkswagen.



Introdução ao Kart: Parte 3




O Kart é a forma mais barata de ingressar no mundo do esporte a motor, mas não é acessível para a maioria das pessoas. À medida que você avança de categoria, os custos aumentam quase que de forma exponencial, e consomem muito tempo do piloto em treinamento. Depois de pilotar em Karts de aluguel ou em escolas de pilotagem, sempre fica um "gostinho de quero mais", no entanto, antes de colocar a mão no bolso, é preciso saber qual tipo de Kart você quer pilotar.

O tipo de Kart Touch and Go (TaG) foi criado visando os novatos em Sprint Karts. Não possui câmbio, usa uma embreagem centrífuga para impulsionar o eixo traseiro, e possui um motor de arranque para acionar o propulsor.

Os dois propulsores mais comuns são o IAME Parilla Leopard e o BRP Rotax FR125. Ambos são 125cc, dois tempos, refrigerados a água, e custam pouco mais de três mil dólares. Os motores Rotax são a melhor opção, pois são mais potentes e tornam os Karts mais rápidos, além da marca possuir seus próprios campeonatos, reconhecidos internacionalmente.

O TaG pode ser uma boa escolha para quem não tem muito dinheiro, mas, para avançar de categoria no esporte a motor, é preciso muito dinheiro. Alguns pilotos profissionais chegam a usar um chassis de Kart novo a cada semana, e tem até três motores diferentes a escolher, dependendo das condições do tempo e da pista. Supõe-se que um piloto gaste em torno de dois milhões de euros para chegar à Fórmula 1. Para que você tenha uma ideia dos custos de manutenção de um Kart de competição, abaixo serão mostradas algumas tabelas com os preços dos equipamentos necessários para ser um piloto de Kart.


Equipamentos de Segurança


Item Baixo Custo
Alto Custo
Capacete $100 $800
Proteção para o pescoço
$15 $400
Proteção para peito e tórax
$25 $200
Macacão
$50 $500+
Luvas
$20 $200
Sapatilhas
$20 $160


Peças para o Kart


Item Baixo Custo Alto Custo
Óleo 2 Tempos
$20 $20
Porcas e parafusos sobressalentes
$0 $40
Bateria $80 $120
Pneus $0 $220
Corrente $25 $75
Combustível $0,50/galão $5/litro


Ferramentas e Acessórios


Item Baixo Custo Alto Custo
Caixa de ferramentas
$20 $500
Luvas $10 $50
Agulhas de Carburador
$0 $100
Engrenagens do Câmbio
$20 $200
Trailer $0 $$$$$
Calibrador de Pneus
$0 $200
Pirômetro de Pneu
$0 $400
Tanque de Ar Portátil
$0 $50
Estande
$50 $2,000
Recarregador de Bateria
$20 $60
Estação Meteorológica
$0 $1,500
Reparador de Corrente
$20 $70
Reservatório de Combustível
$5 $70
Sangrador do Freio
$0 $60


Custos Recorrentes por Temporada


Item Baixo Custo
Alto Custo
Escola de Pilotagem
$0 $$$$$
Taxas para Treinos
$15 $250
Taxas para Corridas
$30 $400
Recauchutagem de Motor
$0 $3,500


Kart


Item Baixo Custo Alto Custo
Kart $200 $$$$$
Motor $500 $15,000
Telemetria $0 $1,200
Rodas
$0 $400/conjunto
Banco $0 $600
Carenagem $0 $800
Decalques $0 $300


Por algo em torno de mil e quinhentos dólares, você consegue um Kart usado com um motor decente. No entanto, para entrar em competições de nível internacional, os gastos aumentam para algo em torno de oito mil dólares, para início de conversa. Isso até a primeira troca de óleo, pneus ou de uma roda quebrada. E o custo para reparação destes detalhes não é barato. Se você não tiver dinheiro para arcar com estas despesas, a diversão acaba por aqui.

Confira os outros episódios da série:

Introdução ao Kart: Parte 1
Introdução ao Kart: Parte 2
Introdução ao Kart: Parte 3
Introdução ao Kart: Parte 4
Introdução ao Kart: Parte 5
Introdução ao Kart: Parte 6