O vídeo criado pela DK Engineering mostrando o funcionamento do McLaren F1 é digno de manual do proprietário

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Em 1989, a McLaren fundou a marca McLaren Cars, com o objetivo de fazer um superesportivo avançado, que proporcionasse uma experiência única ao motorista. Em 1991, Gordon Murray começou a criar este carro.

Foram feitos vários testes em túnel de vento, mudando a posição e o tamanho do radiador, sistema de admissão, pressão aerodinâmica positiva, refrigeração dos freios, entre outros.

Assim surgiu o McLaren F1, produzido de 1993 até 1998. Com chassis em fibra de carbono e motor de alumínio, o peso total do veículo é de apenas 1.140 kg.

Com aerodinâmica revolucionária, consegiu bater o recorde de carro de rua aspirado mais rápido do mundo em duas oportunidades, atingindo a velocidade máxima de 391 km/h. Tal recorde foi possível graças à sua aerodinâmica revolucionária.

Gordon Murray queria que o motor, com aspiração pelos próprios pistões, tivesse 600 mm de comprimento, quando montado, com todos os equipamentos necessários, além de pesar até 240 kg e produzir mais de 558 CV de potência.

A Honda e a BMW foram convidadas a se candidatarem a fabricar este motor. A empresa japonesa não teve interesse no projeto e descartou a possibilidade. Já a BMW, além de aceitar o desafio, superou as expectativas de Murray, ao fazer o propulsor debitar 636 CV de potência a 7.500 RPM e torque de 69,3 kgfm a 5.600 RPM.

O cofre do motor e parte do sistema de exaustão receberam o revestimento de ouro puro 24 quilates, mas isto não é extravagância de nenhum cliente multimilionário. A aplicação deste metal nobre se deve ao fato de ele ser um ótimo condutor térmico e de perder temperatura com facilidade.

O carro custava um milhão de libras esterlinas no lançamento. Hoje, por ser um ícone de esportividade e beleza, e devido ao fato de já não ser mais fabricado, algumas unidades já chegaram a custar 16 milhões de libras.

Apesar do altíssimo preço, a McLaren não obteve lucro com este carro, pois seu preço de produção era muito alto, e pouquíssimas pessoas podiam comprá-lo. Por isso, a McLaren acabou vendendo menos do que esperava: 106 unidades.

Foram 64 unidades da versão base, 18 da versão GTR, com potência reduzida para 608 CV e peso aliviado para 1.012 kg, em razão das regras de limitação da FIA GT Championship, além de cinco unidades e um protótipo da versão LM, criada para comemorar a vitória nas 24 Horas de Le Mans, e de outras unidades de competição para as equipes satélite e privadas.

Mesmo com sua potência aumentada para 689 CV e rotação máxima elevada a 7.800 RPM, além do torque aumentar para 71,9 kgfm a 4.500 RPM, além do peso diminuído para 1.062 kg, o McLaren F1 LM chegava apenas a 362 km/h de velocidade máxima. Isto se deve ao kit aerodinâmico que a versão recebeu, que privilegiava o contorno de curvas em vez da performance em linha reta.
Devido à sua limitadíssima produção, o McLaren F1 não é um carro que você vê todo dia por aí, portanto, desconhece muitas características únicas deste modelo. Por isto, a DK Engineering produziu um vídeo digno de material dedicado aos proprietários de veículos que, na época, era disponibilizado em fitas VHS.

James Cottingham mostra os mínimos detalhes do McLaren F1, como o acesso aos pequenos porta-malas, aos fusíveis e à bateria do carro, além do processo de recarga da mesma, do kit de primeiros socorros, do extintor de incêndio e da chave de roda.

Depois, demonstra como é feita a verificação do nível do óleo do motor, a abertura do bocal do tanque de combustível, o processo de abertura dos capôs traseiro e dianteiro, como entrar no habitáculo, e o funcionamento de todos os comandos disponíveis para o motorista.

Assista também aos vídeos especiais que a DK Engineering produziu para o Porsche 911 GT1 Straßenversion, o Mercedes-Benz CLK GTR Straßen Version, a Ferrari F50, o Maserati MC12 Stradale, o Porsche Carrera GT, o Pagani Zonda F, o Mercedes-Benz SLR McLaren e o Mercedes-AMG GT3 Evo.

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