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Bastidores de um sonho: o outro lado do título mundial do Sport Club Internacional em 2006

De 10 a 17 de dezembro de 2006, o Sport Club Internacional disputou o Mundial de Clubes da FIFA, no Japão. O maior evento de futebol interclubes foi transmitido para 219 países e territórios, sendo visto por bilhões de espectadores.

Alguns jogadores e membros da comissão técnica também gravaram suas atividades durante todo o tempo, da saída de Porto Alegre até a volta triunfal. Nunca haviam sido registradas imagens tão próximas de um time de futebol, mas aquela campanha, que seria a maior da história colorada, ganhou este registro.

Este é o diário daqueles dias de luta. Confira o documentário oficial do Sport Club Internacional. Inter campeão do mundo! Já faz tanto tempo, mas o tamanho da emoção é a mesma!

Tapejara e Mulita estão com saudade do Lula...

Tapejara e Mulita estão com saudade do Lula... - Bah! Que saudade do Lula! - Nem me fala, tchê! - Aquele tempo é que era bão. - O povão era mais feliz! - Caçapava, Falcão, Valdomiro... - Manga no golo.

Se Tom Brady fosse goleiro, seria o primeiro guarda-redes na história do futebol a marcar gol de mão...

Gre-Nal 416 Tom Brady NFL Romildo Bolzan Arena do Grêmio

17 de dezembro de 2006: quando o Sport Club Internacional surpreendeu o mundo

2006 FIFA Club World Cup: Adriano Gabiru vs. Víctor Valdés
Há exatos dez anos, a equipe colorada, capitaneada por Fernandão, e comandada por Abel Braga, deixava o mundo do futebol atônito, ao superar as estrelas do Fútbol Club Barcelona, e conquistar o Mundial de Clubes da FIFA.

O gol de Adriano Gabiru criou um divisor de águas na história do futebol do Rio Grande do Sul: o Sport Club Internacional obtia a taça mais desejada por um clube brasileiro, e a mesma que o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense já possuía há 23 anos.

Fernandão: A Última Entrevista - Parte 4


Confira a quarta parte da entrevista concedida por Fernandão, em Porto Alegre, no dia nove de dezembro de 2013, para a Histórias Incríveis Entretenimento. O material fez parte do espetáculo "Os Protagonistas".

O capitão do Sport Club Internacional nas conquistas da Copa Libertadores da América e do Mundial de Clubes de 2006 fala sobre como foi a performance do time colorado na primeira conquista da competição da FIFA.

A entrevista ainda possui participações de Clemer, Iarley, Índio e Adriano Gabiru.

Confira as outras partes da entrevista:

Fernandão: A Última Entrevista - Parte 1
Fernandão: A Última Entrevista - Parte 2
Fernandão: A Última Entrevista - Parte 3
Fernandão: A Última Entrevista - Parte 4

Fernandão: A Última Entrevista - Parte 3


Confira a terceira parte da entrevista concedida por Fernandão, em Porto Alegre, no dia nove de dezembro de 2013, para a Histórias Incríveis Entretenimento. O material fez parte do espetáculo "Os Protagonistas".

O capitão do Sport Club Internacional nas conquistas da Copa Libertadores da América e do Mundial de Clubes de 2006 fala sobre como foi a performance do time colorado nas conquistas da primeira competição da CONMEBOL e do torneio da FIFA.

A entrevista ainda possui participações de Bolívar, Ceará, Clemer, Iarley, Índio, Rafael Sóbis e Tinga.

Confira as outras partes da entrevista:

Fernandão: A Última Entrevista - Parte 1
Fernandão: A Última Entrevista - Parte 2
Fernandão: A Última Entrevista - Parte 3
Fernandão: A Última Entrevista - Parte 4

Fernandão: A Última Entrevista - Parte 2


Confira a segunda parte da entrevista concedida por Fernandão, em Porto Alegre, no dia nove de dezembro de 2013, para a Histórias Incríveis Entretenimento. O material fez parte do espetáculo "Os Protagonistas".

O capitão do Sport Club Internacional nas conquistas da Copa Libertadores da América e do Mundial de Clubes de 2006 fala sobre como foi a performance do time colorado na primeira conquista da competição da CONMEBOL.

A entrevista ainda possui participações de Ceará, Clemer, Iarley, Rafael Sóbis e Tinga.

Confira as outras partes da entrevista:

Fernandão: A Última Entrevista - Parte 1
Fernandão: A Última Entrevista - Parte 2
Fernandão: A Última Entrevista - Parte 3
Fernandão: A Última Entrevista - Parte 4

Fernandão: A Última Entrevista - Parte 1


Confira a primeira parte da entrevista concedida por Fernandão, em Porto Alegre, no dia nove de dezembro de 2013, para a Histórias Incríveis Entretenimento. O material fez parte do espetáculo "Os Protagonistas".

O capitão do Sport Club Internacional nas conquistas da Copa Libertadores da América e do Mundial de Clubes de 2006 fala sobre como chegou ao clube colorado, como se sentiu ao marcar o gol mil na história do clássico Gre-Nal, o que aconteceu dentro de campo no polêmico Inter X Corinthians, partida válida pelo Campeonato Brasileiro de 2005.

Além disso, Fernandão conta como foi a volta para Porto Alegre após a partida contra o Coritiba, quando Fernando Carvalho orientou os jogadores a comemorarem com a torcida o "título moral" daquele ano.

Emocionado, fala que se sente grato por fazer parte da equipe que foi campeã mundial em 2006, e acrescenta que aquele grupo começou a ser formado por Muricy Ramalho.

A entrevista ainda possui participações de Clemer e Iarley.

Confira as outras partes da entrevista:

Fernandão: A Última Entrevista - Parte 1
Fernandão: A Última Entrevista - Parte 2
Fernandão: A Última Entrevista - Parte 3
Fernandão: A Última Entrevista - Parte 4

Fernando Lúcio "Fernandão" da Costa (18/03/1978 - 07/06/2014)

Fernandão
Fernando Lúcio da Costa, mais conhecido como Fernandão, foi um jogador de futebol e dirigente brasileiro.

Iniciou sua carreira como meia, nas categorias de base do Goiás. Aos dezesseis anos, passou a jogar no time profissional, onde passou a ter destaque no cenário brasileiro, entre 1995 e 2001, quando conquistou cinco estaduais, duas Copas Centro-Oeste e um Brasileiro da Série B.

Devido ao seu futebol de grande técnica e seus cabeceios certeiros, teve a oportunidade de ir para a Europa, onde autou pelo Olympique de Marseille por quase três anos. Depois, foi transferido para o Toulouse, onde iniciou como atacante.

De volta para o Brasil, Fernandão foi para o Internacional. Fernando Carvalho, presidente do clube, fez grande esforço para contratar o jogador.

Foi no Inter onde Fernandão atingiu seu melhor momento no futebol. Logo em seu jogo de estreia, marcou o milésimo gol da história do clássico Gre-Nal, feito que lhe rendeu uma placa e o fez cair nas graças da torcida colorada.

Adaptou-se rapidamente ao futebol gaúcho, chegando a vestir a camisa da Seleção Brasileira, em um amistoso contra a Seleção da Guatemala.

Em 2006, Fernandão foi o capitão do time que conquistou ao Sport Club Internacional os seus dois maiores títulos: a Copa Libertadores da América e o Mundial de Clubes da FIFA. Na final da competição sul-americana, contra o São Paulo, Fernandão marcou um gol e deu o passe para o outro, e foi eleito o melhor jogador da partida.

Na conquista da Copa Dubai de 2008, foi fundamental para o Sport Club Internacional, contra a Inter de Milão, fazendo um gol de fora da área.

Em 14 de junho de 2008, foi anunciada a sua transferência para o Al-Gharafa. Fernandão saiu do Sport Club Internacional como um dos maiores ídolos da história do time, e prometeu voltar ao clube futuramente, seja como dirigente, jogador ou torcedor.

No dia 30 de Julho de 2009, rescindiu seu contrato com o Al-Gharafa e, após muita especulação por parte de vários clubes, como São Paulo, Internacional e Santos, acertou com o Goiás, clube que o revelou.

No dia 6 de maio de 2010, o São Paulo anunciou a contratação de Fernandão até o fim de 2011. Em sua estreia, desequilibrou o duelo válido pelas quartas-de-final da Copa Libertadores, contra o Cruzeiro, no Mineirão, originando as jogadas dos dois gols, e o segundo foi com um passe de calcanhar.

No dia 23 de maio, em jogo valido pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, Fernandão marcou seu primeiro gol com a camisa do São Paulo, por ironia do destino, contra o Internacional, e no Beira-Rio.

No dia 9 de maio de 2011, São Paulo e Fernandão acertaram a rescisão amigável do contrato. Com a camisa do São Paulo, fez oito gols, todos pelo Campeonato Brasileiro de 2010, em 39 partidas.

Em 19 de julho de 2011, Fernandão anuncia sua aposentadoria do futebol. Na mesma oportunidade, foi anunciado como diretor executivo do Internacional.

Em 20 de julho de 2012, Fernandão foi confirmado como novo técnico do Internacional, substituindo Dorival Júnior. Seu auxiliar foi o ex-goleiro André, e essa foi a primeira experiência de Fernandão como treinador.

Fez sua estréia em 22 de julho, na goleada de 4 a 1 sobre o Atlético-GO, no estádio Beira-Rio, com gols de Elton, Dagoberto, Jajá e Fred, que foi uma aposta de Fernandão para iniciar o jogo e acabou sendo o grande destaque da partida.

No jogo seguinte, venceu o Figueirense, no Orlando Scarpelli, pelo placar mínimo, gol de Dagoberto. Na 3ª partida, empatou sem gols em casa com o Vasco, até então, vice-líder do campeonato.

Em 20 de novembro, após obter apenas 44,9% de aproveitamento como treinador do Colorado, Fernandão foi demitido pela diretoria. Antes de sair, porém, o ex-capitão trocou farpas com o zagueiro Bolívar, que, na partida contra o Corinthians, recusou-se a ficar no banco de reservas.

Bem-vindos de volta, colorados. Curtir o Beira-Rio é a maior felicidade.


Quem são os craques que fizeram a história do clássico Gre-Nal?

Em comemoração ao Gre-Nal número 400, o jornal Zero Hora fez um quiz para que você tente descobrir o nome de cada um dos jogadores apenas pela foto de cada um.

Você deve escrever no campo abaixo de cada foto o nome do jogador em questão. Caso você não saiba o nome de alguém após tentar responder todas as questões, há um botão no fundo da página, ao ser clicado, as respostas corretas serão exibidas nos campos de digitação.

Não consegue ver o aplicativo? Clique aqui.

Quais foram os Gre-Nais da sua vida?

Para responder esta pergunta, o jornal Zero Hora criou uma página onde você preenche a sua data de nascimento. O sistema informa quantos clássicos foram vencidos pelo Grêmio e pelo Inter, e mostra a opção de compartilhar o resultado com os seus amigos.

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Todos os Gre-Nais da história

Em comemoração à chegada do Gre-Nal número 400, o site do jornal Zero Hora criou uma página onde você pode consultar os resultados dos jogos que ocorreram entre uma faixa de datas, visualizar as fichas detalhadas de todos os jogos e os goleadores do maior clássico do futebol gaúcho.

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Veja como foi a inauguração do Estádio Beira-Rio


Ingresso comprado. A cada dia, só aumenta a expectativa pelo dia seis de abril de 2014, quando ocorrerá o jogo entre Inter e Peñarol, para reinaugurar o Estádio Beira-Rio, que passou por uma grande reforma para receber jogos da Copa do Mundo.

Para diminuir a ansiedade, que tal ver os melhores momentos do primeiro jogo que o Estádio Beira-Rio sediou, entre Internacional e Benfica? O jogo se realizou em seis de abril de 1969, e o anfitrião venceu a partida por dois a um.

Claudiomiro marcou o primeiro gol da história do Beira-Rio. Eusébio empatou para o Benfica. Gilson Porto, em cobrança de falta, marcou o gol da vitória do Colorado.

Uma frase

"Se grama sintética fosse bom, a vaca comia." Dunga

"Se grama sintética fosse bom, a vaca comia."
Dunga, antes do jogo do Inter contra o Cruzeiro, válido pela última rodada da fase de grupos da Taça Piratini, o primeiro turno do Gauchão.

O Gre-Nal que arruma as duas casas.

O Gre-Nal que arruma as duas casas.

Parabéns, Grêmio! Tua nova casa é linda. Quero dizer, vista de fota. Sei que em breve vou vê-la por dentro, como teu inevitável adversário, oficial ou amistoso. Temos uma longa experiência em trocar visitas, desde a Baixada, passando pelos meus campos de aluguel da Várzea ou da Chácara, até que chegamos aos tempos do concreto: Eucaliptos, Olímpico, Beira-Rio e, agora, Arena.

Felicidades, Grêmio! Sei que será um grande acontecimento. Eu também vou TER a MINHA FESTA, DENTRO DE UM ANO E POUCO. ESTOU ME PREPARANDO PARA RECEBER O MUNDO E, DE QUEBRA, EMPATAR MAIS UM GRE-NAL, QUE AGORA ATÉ MUDOU PARA MELHOR O VELHO DITADO: ARRUMA AS DUAS CASAS! É A NOSSA SINA LEMBRAR RESULTADOS: TU OS TEUS E EU OS MEUS, MAS A VERDADE É QUE NO OLHAR DOS NEUTROS (SE É QUE EXISTEM) VIVEMOS UM GRANDE EMPATE, MAIS QUE CENTENÁRIO, NA VOCAÇÃO DE BEM REPRESENTAR PRIMEIRO O RIO GRANDE, DEPOIS O BRASIL, NOS LIMITES DO MUNDO.

É UM PRAZER TE ABRAÇAR, VELHO GRÊMIO. NÃO TODA SEMANA, É CLARO: QUANDO A BOLA CORRE NA GRAMA, ESTAMOS SEMPRE EM LADOS OPOSTOS. MAS EM UMA FESTA COMO A DE HOJE EU ME SINTO PRESENTE PORQUE, CÁ ENTRE NÓS, NO ESPÍRITO DOS NOSSOS ADEPTOS TUDO ACABA EM GRE-NAL, NAS INVARIÁVEIS E INTERMINÁVEIS COMPARAÇÕES QUE MARCAM A NOSSA VIDA, COMPROVANDO QUE ESSA RIVALIDADE HISTÓRICA SÓ TEM UM LIMITE: A GRANDEZA COMUM.

Cumprimentos do velho rival, o Internacional.

Porto Alegre, 8.12.1012
Giovanni Luigi - Presidente

Fábio Sbardelotto, Luciano de Faria Brasil e a interdição do Beira-Rio

Fábio Sbardelotto e Luciano de Faria Brasil
Estava, de certo modo, conformado com a impossibilidade do Inter jogar na sua casa durante o Campeonato Brasileiro, em razão das reformas na parte interna do Beira-Rio, em virtude da Copa do Mundo. Afinal de contas, quem reforma sua casa pode ter que dormir fora dela durante algum tempo, para que se possa terminar o serviço.

No entanto, depois de ouvir Wianey Carlet, da Rádio Gaúcha, no programa Supersábado de 30 de junho, parece-me que o problema não é a interdição em si, mas quem a determinou. Vamos aos fatos.

Fábio Sbardelotto e Luciano de Faria Brasil são da Promotoria de Justiça de Habitação e Defesa da Ordem Urbanística de Porto Alegre, e requisitaram a interdição do Estádio Beira-Rio, com a alegação de que suas edificações não possuem alvará de Prevenção e Proteção contra Incêndios.

Só que, mesmo com a sua obtenção por parte da diretoria do Inter, apoiada pelo aval da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros, que a cada jogo avaliaram as condições do estádio e SEMPRE permitiram a abertura dos portões, os senhores promotores acabaram por interditar o local.

Até aí, tudo bem. No entanto, acrescenta-se o fato de Luciano de Lima Brasil ser presidente do Movimento Grêmio Novo e Fábio Sbardelotto ser ex-integrante do mesmo, o que pode gerar suspeita de parcialidade, ainda mais pelo fato de que as obras da Arena do Grêmio podem gerar problemas de igual ou maior gravidade, isso sem mencionar o atropelamento de um operário na rodovia que fica ao lado do que será o novo estádio do Grêmio, e toda a equipe que trabalha na construção precisou fechar a estrada e fazer um protesto, para que medidas fossem tomadas com o intuito de evitar tragédia semelhante.

Algo mais que reforça a ideia de um possível "ato clubístico" é o comentário possivelmente feito por Fábio no blog de Wianey Carlet no dia 29 de abril de 2010, falando da questão da arbitragem em jogos da dupla Gre-Nal. Uma imagem com o texto do comentário está abaixo.
Comentário de Fábio Sbardelotto no blog de Wianey Carlet, 29 de abril de 2010: Desta vez o árbitro errou (expulsão). Nas demais, quando garfeiam o Grêmio, o Wianey sempre disse que era uma questão de interpretação. Qual a capacidade sobrehumana do Wianey e os demais repórteres colorados para concluir o que Kleber queria fazer? Pisou, sim. Se foi com maldade ou não, o árbitro e seu auxiliar concluíram. Coitado do Pelotas, que teve o azar de ver Simon apitando e, por "interpretações" (Wianey) equivocadas, prejudicando-lhe. Triste é a manchete da Zero Hora. Adversário + apito. Nunca vi algo sequer parecido quando garfearam o Grêmio, ou beneficiaram o Inter (o que tem ocorrido constantemente). Veja-se a única Libertadores de 2006. Naquele dia, deveriam ter dito: Inter + árbitro. Link: http://wp.clicrbs.com.br/wianeycarlet/2010/04/29/arbitragem-complica-o-inter-na-argentina
A seguir, o texto do link do site do Ministério Público, onde Fábio Sbardelotto e Norberto Pâncaro Avena prestam esclarecimentos a respeito da interdição do Estádio Beira-Rio. Ele está no link www.mp.rs.gov.br/imprensa/noticias/id28784.htm, mesmo assim, reproduzo aqui, na íntegra, com os links no final para os depoimentos de ambos em áudio.

Interdição do Beira-Rio: promotores prestam esclarecimentos

Os promotores de Justiça Norberto Pâncaro Avena e Fábio Sbardelotto, da Promotoria de Justiça de Habitação e Defesa da Ordem Urbanística de Porto Alegre, concederam, na tarde desta quarta-feira, 27, entrevista coletiva à Imprensa, para tratar de questões relacionadas à interdição do Estádio Beira-Rio.

Demonstrando coerência, Avena e Sbardelloto seguem afirmando que a preocupação do Ministério Público é em zelar pela segurança dos frequentadores do estádio, "que, no momento, não passa de uma obra, um prédio em construção". "Nos preocupa muito a postura de autoridades que se manifestaram dizendo haver segurança, pois as restrições são muitas", ressaltaram.

Os Promotores de Justiça contaram que foram procurados, pouco antes da entrevista, pelo presidente do Sport Club Internacional, Giovani Luigi, acompanhado do ex-presidente Fernando Carvalho e um membro da Assessoria Jurídica do clube, com o objetivo de formalizar proposta para que seja revertida a interdição do Estádio Beira-Rio.

De acordo com os membros do MP, a proposta e os novos laudos que o clube deve apresentar serão analisados, porém, "as questões são técnicas e envolvem legalidade e segurança. Só com a conclusão da obra e com os alvarás definitivos é que se pode garantir efetivamente essa segurança. Tudo o que for feito, neste momento, serão apenas adaptações", esclareceram. "Entendemos e respeitamos a preocupação do Internacional com relação às questões econômicas e esportivas, mas não podemos ir contra o nosso papel de prevenir tragédias".

Avena e Sbardelloto lembraram, ainda, que a decisão do Juiz em interditar o Estádio, decretada na última sexta-feira, 22, a pedido do MP, não foi baseada apenas em documentos. Houve visitas técnicas que comprovaram o que os Promotores alegavam.

Na ação ajuizada, os Promotores defenderam a interdição do Beira-Rio em razão da ausência de Alvará de Prevenção e Proteção contra Incêndios, entre outras inadequações.

Com a decisão judicial, o Inter vai ter de levar jogos do Brasileirão para outro estádio durante as reformas.

Para ouvir um trecho da entrevista concedida por Norberto Pâncaro Avena, clique aqui.

Para ouvir um trecho da entrevista concedida por Fábio Sbardelotto, clique aqui.


Além de tudo, Fábio Sbardelotto criticou a Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros por darem condições ao Beira-Rio de sediar jogos, passando por cima de decisões de instituições idôneas como essas. Outra coisa: a Estação Rodoviária de Porto Alegre vai ser reformada, mesmo com vinte mil pessoas circulando por ela diariamente. Se fosse seguida a mesma lógica dos mesmos senhores que interditaram o Beira-Rio, o local onde os ônibus param na capital gaúcha também deveria ser fechado, ou não?

Se seguirmos a mesma linha de raciocínio, esse promotor vai ter que interditar tudo que fique num raio de 1,5 km de obras, caçambas de tele-entulho etc., pois pode acontecer algum tumulto perto de um desses locais, e as pessoas podem usar os materiais de obras e entulhos colocados nas caçambas como armas. Se tiver algum bar por perto, também deveria ser proibida a comercialização de bebidas alcoólicas.

Para mim, e para muitos, ele se aproveitou do cargo para "tirar uma onda" com o Inter. Além do mais, ele coloca em xeque todos os laudos da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros.

Portanto, colorados, se estão insatisfeitos com essa situação, mexam-se. Falar mal do time e do treinador é fácil, agora, tomar alguma providência para tentar reverter a interdição do Beira-Rio, por exemplo, que é bom, nada?

Então, que tal entrar em contato com a Corregedoria do Ministério Público, para questionar a idoneidade dos profissionais Fábio Sbardelotto e Luciano de Faria Brasil a respeito disso? Não doi nada e não vai tomar muito tempo. Os dados de contato estão abaixo:

Corregedoria do MP
Av. Aureliano de Figueiredo Pinto, nº 80, 13º Andar, Torre Sul
Porto Alegre/RS
CEP 90050-190
Tel.: 51 3295-2172
e-mail: cgmp@mp.rs.gov.br ou scgmp@mp.rs.gov.br


Envie logo um e-mail para os dois endereços. Para facilitar ainda mais o trabalho de vocês, deixo um texto que eu mesmo enviei para eles, que pode servir de exemplo.

Assunto: Interdição do Beira-Rio

Prezada Corregedoria,

Não sei exatamente como me dirigir aos senhores, de uma instituição tão importante e idônea como o Ministério Público, mas mesmo assim, entro em contato com vocês para que avaliem internamente as atitudes de Fábio Sbardelotto e Luciano de Faria Brasil, da Promotoria de Justiça de Habitação e Defesa da Ordem Urbanística de Porto Alegre, que foram alguns dos responsáveis pela interdição do Estádio Beira-Rio.

Eles simplesmente ignoraram os laudos da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros, que a cada partida no local, iam até lá para avaliar a situação das obras e da segurança dos cidadãos que se dirigiriam até o estádio, e sempre permitiam a abertura dos portões.

Acontece que Luciano é integrante do Movimento Grêmio Novo e Fábio já participou do mesmo, o que gera uma suspeição de parcialidade na decisão por parte de muitas pessoas, especialmente os torcedores do Sport Club Internacional. Além disso, Fábio criticou os laudos da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros, como se estivesse duvidando da integridade de tais instituições.

Além disso, a Estação Rodoviária de Porto Alegre vai ser reformada, mesmo com vinte mil pessoas circulando por ela diariamente. Se fosse seguida a mesma lógica dos mesmos senhores que interditaram o Beira-Rio, o local onde os ônibus param na capital gaúcha também deveria ser fechado, ou não?

E a Arena do Grêmio? Não poderá ser inaugurada esse ano também, já que ainda haverá obras no entorno do estádio. E o Estádio Olímpico? Onde ocorre a famosa "avalanche", forma que os torcedores comemoram um gol, onde um homem de Santa Maria morreu ao cair no fosso, e uma mulher foi atingida por um homem que caiu das cadeiras e ficou paraplégica. O mesmo Estádio Olímpico, que, de 1979 a 1981, durante a construção de um quarto de seu estádio, não foi interditado.

Aliás, o promotor deu como exemplo para interditar o Beira-Rio o episódio Hierro. O acontecimento da facada não tem nada a ver com as obras, pois estavam paradas naquela ocasião. Hierro entrou nas dependências do estádio com uma faca escondida num jogo comemorativo com portões abertos. Ele está proibido judicialmente de ir a qualquer estádio de futebol, não só do Beira-Rio.

Fico extremamente preocupado e decepcionado com o que estou vendo acontecer com essa tão respeitada instituição, que sempre tem estado ao lado do povo gaúcho para defender os interesses da sociedade.

A possibilidade de um cidadão, já que promotor também é cidadão, esquecer de toda a magnitude de sua função e usá-la para prejudicar um time de futebol, por interesses pessoais, pelo simples fato desse time ser o maior adversário do clube de sua preferência, até seria compreensível, embora não sirva de justificativa.

Ver, a cada dia, a omissão dos senhores Procuradores de Justiça, dirigentes do Ministério Público, em investigar tal atitude de um de seus membros, faz-nos perder ainda mais a esperança na seriedade das instituições.

Será que não é sabido no Ministério Público a "paixão clubística" exarcebada do senhor Sbardelotto? Será que um órgão que se julga tão capaz, e vem buscando a algum tempo o direito de investigar através de inquéritos, não sabe sequer o que move seus integrantes?

Grato pela atenção prestada.

Seu nome, RG 0000000000

Gigante Na Copa. Gigante Para Sempre.


Vídeo apresentado na cerimônia de assinatura do contrato de parceria entre a Andrade Gutierrez e o Sport Club Internacional para a reforma do estádio da Beira-Rio.

Os poucos roqueiros brasileiros do futebol

Roqueiros perdidos no mundo da bola. É assim que eles se sentem. Em uma tribo onde o samba e o pagode predominam, eles não são apenas diferentes. Eles jogam "contra" a tendência e são fãs confessos dos acordes pesados da guitarra. No lugar de Exaltasamba, Sorriso Maroto e outros grupos que fazem a cabeça da imensa maioria dos companheiros, são eles que aumentam o som e ditam o ritmo.



Adilson Warken

Adilson faz parte de um grupo pequeno entre os jogadores de futebol. Quando o assunto é música, ele prefere um rock n'roll. No Olímpico, assim como na maioria dos estádios brasileiros, predominam o sertanejo e o pagode, ou samba.

"Eu sou roqueiro. O pessoal zoa de mim, me chamam de 'alemão roqueiro', mas não me sinto ofendido. Também ouço sertanejo, eles que não curtem rock" – contou.

Adilson listou as cinco bandas indispensáveis no seu playlist:

1- Guns N' Roses
2- Deep Purple
3- Led Zeppelin
4- Pearl Jam
5- Ramones

Em uma reportagem ao programa Globo Esporte, ele conta que é fã de Guns, principalmente do guitarrista Slash. Na reportagem ele mostra sua enorme coleção de posters, CDs e DVDs. De tamanho fanatismo, comprou itens em um leilão pela internet que o próprio Slash fez: um quadro pintado a óleo que o Slash ganhou de um fã, e um disco de platina do 'GNR - Live Era'.

No final da matéria ele finaliza afirmando que sua música preferida é Paradise City.



Rafael Augusto Sóbis do Nascimento

Da infância aos 15 anos, o atacante admite que passeou por outras batidas até "selecionar melhor" o que realmente agrada seus ouvidos.

"Lembro que tinha evento de samba, pagode, e estava no meio, mesmo sem saber se gostava ou não. Mas a medida que vamos crescendo, passamos a selecionar mais. Hoje, estou nesse meu mundo quase que solitário."

A opção pouco comum para os boleiros faz com que o jogador do Fluminense sofra com a provocação de companheiros. Em vestiários antes dos jogos, o som do pandeiro e do cavaquinho impera, seja ao vivo ou em aparelhos de som. A rotina, por sua vez, não fez com que ele se aproximasse de nenhuma banda do gênero.

"Eles me chamam de doidão. Acham que todo mundo que ouve rock é doido. Pelo amor de Deus! E sempre que colocam as músicas deles provocam: 'Escuta aí, Sobis'."

A paixão pelo rock está marcada na pele, e bem exposta para todo mundo. No pescoço, Sobis reproduziu uma tatuagem do baterista Travis, da banda Blink 182, uma de suas preferidas.

"Gosto muito de Blink 182, The Killers, Strokes... São muitas bandas. Meu iPod tem cinco mil músicas. Tenho quase tudo. Metallica, Dire Straits, bandas antigas. Tenho tudo de Beatles, até Raul Seixas."



Rogério Mücke Ceni

Ao contrário dos jogadores que passam o tempo jogando videogame, Ceni pertence ao grupo dos que preferem uma boa música nos momentos de descanso.

"Comecei a tocar na concentração, como hobby. Tive umas dez aulas. Sempre quis aprender para tocar 'Wish You Were Here', do Pink Floyd" diz o rocker, que também arrisca acordes na guitarra.

Fã assumido de rock, Rogério Ceni foi responsável pela trilha sonora do Morumbi em seu milésimo jogo pelo clube. Antes e depois do jogo, e no intervalo, o som que se ouvia no estádio eram músicas selecionadas pelo goleiro. Eram elas:

1. AC/DC - Highway To Hell
2. Dire Straits - Sultans Of Swing
3. Lynyrd Skynyrd - Simple Man
4. Midnight Oil – Beds Are Burning
5. Meat Loaf – I'd Do Anything For Love
6. Scorpions – Still Loving You
7. Whitesnake – Here I Go Again
8. AC/DC – Burnin' Alive
9. Pink Floyd- Another Brick In The Wall
10. Counting Crows – Mr. Jones
11. Guns N' Roses – Paradise City
12. AC/DC – You Shook Me All Night Long
13. Metallica – Nothing Else Matters
14. Elvis Presley – Suspicious Minds
15. U2 – I Still Haven't Found What I'm Looking For
16. AC/DC – Ride On
17. Guns And Roses – Sweet Child O' Mine
18. Creedence Clearwater Revival – Proud Mary
19. Tina Turner – The Best
20. AC/DC – Hells Bells

A trilha sonora até gerou confusão no vestiário. Segundo o arqueiro, ele teve de "vetar" os pagodes que os seus companheiros de clubes queriam ouvir antes do duelo.

Whiplash

A saga de um guri gremista de nove anos

Em 2014, às vésperas da Copa do Mundo no Brasil, o guri gremista de nove anos chega todo eufórico para o jogo contra o São Luiz de Ijuí, pelo Gauchão, única competição que ele viu seu time ganhar até então. Ao entrar no estádio ele se dirige ao pai:

- Pai, porque nosso estádio não tem o distintivo do nosso time?

- É porque... bem... deve ser porque o estádio ainda não é nosso, meu filho... só vai ser nosso quando tu tiveres uns trinta anos.

- Ah, que pena! Por isso que a Copa vai ser no Beira-Rio?

- Não sei direito, deve ser porque na época em que escolheram os estádios a gente ainda não tinha um.

O menino resolveu então mudar de assunto, pois viu que o pai ficou um pouco incomodado. Ainda mais entusiasmado, ele comenta:

- Pai... ontem o meu amigo falou sobre uma vitória heróica do nosso time, uma tal de Batalha dos Aflitos. Como foi isso pai? Foi decisão do Mundial, da Libertadores, Sulamericana, Brasileiro?

- É... hmm... foi final do Brasileiro, meu filho.

- Legal pai... e contra quem foi? Inter, São Paulo, Flamengo, Santos?

- Não filho... na verdade foi pelo Campeonato Brasileiro da 2ª divisão, contra o Clube Náutico Capibaribe, de Pernambuco, estado com grande tradição no futebol brasileiro naquela época. Com isso conseguimos subir para a Série A pela segunda vez!!

- Segunda vez? Então teve outra Batalha dos Aflitos pai?

- Não filho... na outra vez acho que ficamos em nono ou décimo.

- Ué, mas não sobem só 4?

- É que naquele ano a CBF mudou o regulamento para nos dar uma forcinha.

- Ah tá...

Sussurrou o guri, meio cabisbaixo. Ficou calado por alguns segundos e voltou a questionar o pai:

- Mas o Inter já passou por algum fiasco parecido com esse pai? Aí o pai se encheu de orgulho, estufou o peito e relatou:

- Filho, tu nem sabe... uma vez eles perderam de dois a zero para um tal de Mazembe!

- É mesmo pai? Hahahaha. Que legal!!! Foi pela 2ª divisão do Brasileiro também?

- Não filho... foi pela semi-final do Mundial de Clubes da Fifa, em 2010. Era um time do Congo, campeão do continente africano. Naquele ano o Inter acabou ficando em terceiro ou quarto, nem lembro.

- Bah... que vexame! Nós nunca ficamos em terceiro no Mundial de Clubes da Fifa, né pai?

- Não filho... na última vez que a gente chegou lá, no século passado, quando o pai ainda era guri, só jogavam dois times, um europeu e um sul-americano.

- Mas pai... naquela época o mundo só tinha dois continentes?

- Claro que não meu filho... tinha cinco, como hoje!

- Mas então porque a Fifa não convidava os outros campeões continentais?

- Bem filho... na verdade naquela época não era a Fifa que organizava o torneio... era uma montadora de carros.

- Ah... então nós fomos vice-campeões de um torneio mundial de dois times organizado por uma fábrica de carros?

- É filho... na verdade era um torneio Intercontinental, mas a gente chamava de Mundial... deixa isso prá lá... Olha lá nosso time entrando em campo!!!

- Pai... eu queria um argumento para zoar os meus colegas colorados, mas não consigo. Eles têm mais sócios, nos venceram mais vezes, têm estádio próprio e já ganharam todos os títulos importantes que nós já ganhamos. Como eu posso tirar sarro deles então?

- Ah... sei lá... diz que ganhamos o primeiro Gre-nal por 10 a 0.

- Isso... legal pai... pelo menos tenho uma coisa para falar. Tu chegaste a ver esse jogo pai?

- Não filho... mas o pai do teu bisavô viu!

Depois dessa o guri resolveu ficar quieto, assistiu o jogo e no final saiu vibrando com a conquista de uma vaga para a final do Gauchão, pois desde pequeno se acostumou a ver o pai comemorando vagas ao invés de títulos.