Apesar das numerosas ofertas de clubes europeus, as condições econômicas e o regulamento do futebol brasileiro na época beneficiaram o Santos, permitindo ao clube manter Pelé por quase duas décadas, até 1974.
Com o atleta no elenco, o Santos atingiu seu auge, nos anos de 1962 e 1963, quando conquistou dois Mundiais de Clubes. Em 1975, Pelé foi transferido para o New York Cosmos, e após dois anos nos Estados Unidos, encerrou sua carreira.
Sua técnica e capacidade atlética natural foram elogiadas no mundo todo. Durante sua carreira, ficou famoso por seus excelentes dribles e passes, ritmo, chute preciso, habilidade de cabecear, e por marcar um total de 1.282 gols em 1.367 jogos, contando partidas oficiais e não-oficiais, números e feitos que fizeram dele o maior artilheiro da história do futebol, o maior artilheiro da história da Seleção Brasileira e o único jogador a ter feito parte de três equipes campeãs de Copa do Mundo.
Em novembro de 2007, a FIFA anunciou uma premiação a Pelé, com a medalha da Copa de 1962, onde disputou apenas o primeiro jogo. Devido a uma contusão na segunda partida, foi substituído por Mané Garrincha. Com esta premiação, Pelé tornou-se o único jogador de futebol a ter três medalhas de Copa do Mundo.
Desde sua aposentadoria, Pelé tornou-se embaixador mundial do futebol, e teve passagens pelas artes cênicas e empreendimentos comerciais, além de ter sido presidente honorário do New York Cosmos. Pelé é o único brasileiro, e um dos raros estrangeiros, a receber uma condecoração do Ordem do Império Britânico, pelas mãos da Rainha Elizabeth II, no Palácio de Buckingham.
No Brasil, Pelé é saudado como um herói nacional, por suas realizações e contribuições ao futebol, além de ser conhecido pelo apoio a políticas para melhorar as condições sociais dos pobres, e ter dedicado seu milésimo gol às crianças pobres brasileiras. Durante sua carreira, foi chamado de "Rei do Futebol", "Rei Pelé", ou simplesmente "Rei".
Em 15 de maio de 1981, Pelé recebeu o título de "Atleta do Século de Todos os Esportes", pelo jornal francês L'Equipe. No fim de 1999, o Comitê Olímpico Internacional, após uma votação internacional, entre todos os Comitês Olímpicos Nacionais associados, elegeu Pelé o "Atleta do Século". Em 2000, a FIFA elegeu Pelé "O Jogador de Futebol do Século XX", numa votação feita por renomados ex-atletas e ex-treinadores.
O nome "Edson" foi escolhido pelo pai, para fazer uma homenagem ao inventor Thomas Edison. Já o apelido "Pelé", como ficou conhecido o maior goleador de todos os tempos, foi inspirado, ironicamente, em um goleiro.
Em 1943, o pai de Edson Arantes do Nascimento jogava no São Lourenço, time de Minas Gerais. Edson, que tinha três anos, ficava bastante impressionado com as defesas do goleiro da equipe do pai, e gritava: "defende, Bilé". As pessoas próximas começaram a chamá-lo de "Bilé". Muitas crianças, colegas de Edson, tinham dificuldade em pronunciar "Bilé". Com o tempo, o apelido virou "Pelé".
Durante sua carreira pelo Santos, Pelé também atuou como goleiro em quatro oportunidades. Após 54 minutos atuando debaixo das traves, não levou nenhum gol. Em sua estreia na Seleção Brasileira, Pelé atuou com a camisa 9. Ele só começou a utilizar a camisa 10 a partir do Mundial de 1958, quando a distribuição da numeração se deu de forma aleatória, por um membro da Fifa, já que a delegação brasileira deixou de fornecer aos organizadores do mundial a numeração fixa dos atletas.
O termo "gol de placa" surgiu por causa de um gol marcado por Pelé, no Torneio Rio-São Paulo, em 5 de março de 1961, na partida Fluminense 1 X 3 Santos. O gol ocorreu aos 40 minutos do primeiro tempo, e foi o segundo de Pelé no jogo.
Assim, uma placa de bronze foi feita, e colocada na entrada do Maracanã, onde permanece até hoje. Desde então, todo gol marcado com rara plasticidade é corriqueiramente chamado "gol de placa" por narradores, comentaristas e torcedores.
O gol número 500 de Pelé foi marcado em 02 de setembro de 1962, na partida Santos 3 X 3 São Paulo. Pelé marcou dois gols na partida, e o 500º foi o último marcado por ele naquele jogo. O milésimo gol de Pelé foi marcado às 23:11 do dia 19 de novembro de 1969, na partida Vasco 1 X 2 Santos, partida válida pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa.