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E-commerce e a Realidade Aumentada

Já imaginou se o mundo físico e o mundo virtual se misturassem, e dessa união surgisse um novo ambiente? Essa é a proposta da Realidade Aumentada, que vai ao encontro das intenções do e-commerce, que surgiu com o intuito de tornar virtual uma operação física.

No entanto, essa transformação do processo de compra em uma operação online deixa algumas lacunas não preenchidas na experiência de compra do internauta. A falta de contato físico com determinados tipos de produto pode causar receio em efetuar a compra via internet.

Produtos como livros e CDs são chamados commodities, por não terem diferença alguma entre um exemplar e outro. Em outras palavras, não é preciso experimentar vários exemplares de um livro ou de um CD para escolher o ideal. Todos possuem o mesmo conteúdo e o mesmo nível de usabilidade e aderência ao comprador.

Por outro lado, existem produtos cujo processo de compra envolve mais do que o produto em si. É levada em conta sua utilização dentro de determinado contexto, ou junto ao consumidor. Como exemplos dessa categoria temos os produtos ligados à decoração e ao vestuário.

Falando em decoração, imagine que você queira pintar a sua casa. Nem todos possuem a capacidade de olhar uma sala vazia e com paredes brancas e imaginá-la pintada e decorada. Essa questão dificulta o processo de compra de produtos nessa área e, geralmente, recorre-se a um profissional de decoração, que vai até a loja com você, te mostra as cores, texturas objetos etc. Mas, em um mundo online, não se pode experimentar, testar.

Nesse contexto, a Realidade Aumentada tem como função auxiliar o consumidor no processo de escolha do produto, dando a ele mais segurança para efetuar a compra.

A Suvinil é um exemplo de empresa que anteviu essa tendência e lançou, em seu site, um aplicativo que simula as cores das tintas nas paredes da casa do usuário, basta que ele envie a foto do cômodo para fazer a simulação.

Outra categoria que enfrentou dificuldades e vem se adaptando a elas desde sua inserção no comércio eletrônico é a de vestuário.

A primeira opção que as lojas virtuais dessa categoria encontraram foi a de expressar em centímetros as medidas de seus produtos, uma vez que não existe um padrão entre o que é P, M, G ou GG. Uma alternativa eficaz, mas que foi complementada pela Realidade Aumentada.

Confira no vídeo abaixo a solução de realidade aumentada desenvolvida pela Zugara, uma empresa norte-americana especializada no desenvolvimento de softwares deste tipo.

O recurso de Realidade Aumentada pode atuar como um forte motivador de consumo, sobretudo para segmentos que demandam uma experiência mais próxima com o produto.

O e-commerce, em sua essência, é a reprodução, em ambiente virtual, de um processo tipicamente físico. Desde seu surgimento, as lojas virtuais buscam tornar a experiência da compra online o mais próxima possível de como ela seria pessoalmente. Essa é justamente a proposta da Realidade Aumentada e, por isso, ela deve ser vista como o próximo passo a ser dado em direção a um mercado virtual com cada vez menos lacunas separando-o do mercado físico.

iMasters

Agência cria anúncio com "realidade diminuída" para o Toyota Corolla


A Artplan cria o primeiro anúncio em "realidade diminuída" do mundo. A campanha desenvolvida para o Toyota Corolla, da nova concessionária Toyota Kurumá Barra, trouxe anúncio de página inteira em revistas.

Usando a conhecida tecnologia da realidade aumentada, o anúncio mostra justamente o oposto, mas para reforçar o preço do produto, que, quando é apontado para a webcam, o valor diminui.

Citroën DS3 é mostrado usando Realidade Aumentada

As empresas de publicidade estão investindo pesado nesta nova tecnologia chamada Realidade Aumentada, na qual o internauta, utilizando uma webcam, interage com um aplicativo executado em um web browser, produzindo efeitos como os do vídeo abaixo. Tudo é feito sem a interferência do teclado ou mouse.