Os Willys Interlagos, com motores de 845 cm³, eram os únicos esportivos nacionais, até a primeira metade da década de 1960. O espanhol Rigoberto Soler convenceu a direção da Brasinca, fábrica de carrocerias para ônibus e caminhões, a fazer um carro que tivesse desempenho semelhante a esportivos estrangeiros similares.
O motor era o mesmo seis cilindros em linha que equipava caminhões e utilitários da Chevrolet. Antes de entrar no cofre do Brasinca 4200 GT, recebeu carburação tripla SU inglesa. O câmbio era um Clark de três marchas. O veículo acelerava de zero a 100 km/h em 10,4 segundos, usando apenas na primeira marcha. O diferencial longo fazia parecer que o Brasinca tinha velocidade infinita.
Ele foi produzido apenas por alguns meses, mas voltou a ser fabricado em 1966. Teve três configurações de motor: a versão 4200, com comando original e 155 CV, a 4200 S, com comando de válvulas Iskenderian C4 e 163 CV, e a mais potente, com comando E2 e 170 CV. O Brasinca 4200 GT atingia 194 km/h de velocidade máxima.
O carro não tinha boas relações com a chuva. Só o fato de abrir as portas resultava em um banho de graça. As portas, que avançavam na capota, podiam ser um recurso visualmente interessante, mas era pouco prático. Por causa disso, muitos proprietários soldaram as reentrâncias depois de tomar um banho de chuva enquanto estavam com seu Brasinca 4200 GT.
Pouco mais de um ano após o lançamento do 4200 GT, a Brasinca desinteressou-se do projeto, em função dos altos custos de produção. O carro continuou a ser feito pela STV (Sociedade Técnica de Veículos), empresa de projetos, da qual Soler era diretor.
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