Lançado em 12 de setembro de 1975, "Wish You Were Here" é o nono álbum do Pink Floyd e o sucessor do multi-platinado "The Dark Side of the Moon", de 1973. Um dos discos preferidos dos fãs, é também o favorito de David Gilmour e do falecido Richard Wright, que declararam em entrevistas a sua predileção pelo trabalho.
"A História de Wish You Were Here" é um documentário escrito e dirigido por John Edginton, que já havia abordado a trajetória da banda em "The Pink Floyd and Syd Barrett Story", produção de 2003 onde atuou como produtor. O filme, lançado agora no Brasil pela ST2, conta com entrevistas e depoimentos de Gilmour, Wright (cenas captadas em 2001, sete anos antes de sua morte, em 15/09/2008), Roger Waters, Nick Mason, Roy Harper, Brian Humphries (engenheiro de som do trabalho), Nick Kent (na época jornalista da NME e autor de uma crítica dura e agressiva a uma apresentação da banda, que teve um grande impacto junto aos músicos), Storm Thorgerson (um dos cérebros do Hipgnosis, estúdio que fez várias capas de discos clássicos ao longo dos anos, e autor da capa de "The Dark Side of the Moon") e outras figuras que mantinham uma relação próxima à banda durante o período.
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Review de DVD: Story of Wish You Were Here - Pink Floyd
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Publicado: quarta-feira, 21 de novembro de 2012 às 08:30
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Review de DVD: En Vivo! - Iron Maiden
O Iron Maiden soa muito diferente em "En Vivo!", novo DVD e CD do grupo, gravado em 10 de abril de 2011 no Estadio Nacional, em Santiago do Chile. Dirigido por Andy Matthews, o vídeo mostra uma banda cheia de diferenças em relação aos seus últimos registros ao vivo, documentando uma espécie de mutação interna pela qual o Maiden passa atualmente.
A característica que mais chama a atenção é que a outrora épica e poderosa sonoridade do sexteto soa de maneira até então inédita em "En Vivo!". Há um balanço, um suingue, um feeling vindos diretamente do blues e injetados sem dó na estrutura básica das canções. O principal responsável por isso é Adrian Smith, o fenomenal guitarrista que hoje é protagonista de uma parcela considerável da musicalidade do Iron Maiden, ao lado do chefão Steve Harris e do vocalista Bruce Dickinson. Smith reinventou o seu jeito de tocar na tour de 2011, adicionando uma pra lá de bem-vinda - e até então insuspeita - influência do gênero nascido às margens do Rio Mississippi em suas linhas. Isso faz com que músicas que estão no setlist há décadas, como “2 Minutes to Midnight”, soem renovadas e cheias de vida. O maior exemplo disso é a versão simplesmente brutal da clássica “Running Free”, com a banda fazendo uma faixa com mais de três décadas de vida sair das caixas de som com gosto de novidade, como seu fosse o seu último single.
Outro fato que merece destaque é a força das composições recentes, lançadas nos discos gravados de 2000 para cá. A reação do público a sons como “Dance of Death”, “The Wicker Man” e “Blood Brothers” é fenomenal, equiparando esse material aos clássicos de sempre. Isso sem falar no impacto gigantesco que as músicas presentes no último disco de estúdio do grupo, o ótimo "The Final Frontier" (2011), têm ao vivo. A intensidade com que os integrantes do Maiden tocaram esse material durante toda a turnê foi capturada com perfeição em "En Vivo!", demonstrando que a banda está mais viva - e afiada - do que nunca. A performance em “The Talisman”, por exemplo, é de arrepiar. O mesmo vale para a linda “When the Wild Wind Blows”, que emociona e dá pintas de já ter se transformado em um novo clássico.
Tudo fica ainda mais forte com a ótima edição, que usa e abusa de telas divididas com cenas simultâneas dos músicos e da plateia. Esse recurso foi utilizado com precisão e inspiração por Matthews, e o resultado final é que boa parte da intensidade de um show do Maiden foi capturado e mantido em "En Vivo!".
O DVD, duplo, traz o show no primeiro disco e o documentário "Behind the Beast" no segundo. Esse documentário mostra tudo o que envolve uma turnê do Iron Maiden, do planejamento meses antes até o dia-a-dia dos shows, dos ensaios da banda a preparação do Eddie Force One. Uma verdadeira aula prática de produção, "Behind the Beast" demonstra o comprometimento total da numerosa equipe que acompanha o Iron Maiden na estrada, formada, em sua maioria, por profissionais que estão com o grupo há décadas.
Porém, o mais chocante e impressionante de todo o material é a revelação de que a banda estava há apenas 10 minutos do aeroporto de Tóquio quando aconteceu o terremoto que arrasou o Japão em 11 de março de 2011. Ou seja: se o grupo já estivesse em solo japonês, os músicos e a equipe poderiam estar entre as milhares de vítimas do sismo seguido de um enorme tsunami - no total foram mais de 13 mil mortos e 16 mil desaparecidos. As cenas mostram a banda desorientada, confusa e alarmada, sem saber como proceder durante o que rolava, até que conseguiu autorização para pousar na cidade de Nagoia.
Pessoalmente, sou da opinião de que o Iron Maiden possui hoje a melhor formação de sua história. Todos os músicos estão mais experientes e soam melhores do que nunca aos meus ouvidos, se completando e formando um gigante sonoro sem igual no universo do heavy metal. "En Vivo!" é um grande exemplo da força e da criatividade do Iron Maiden, pois captura a banda de maneira intensa e demonstrando uma energia e vivacidade que fazem crer que a aposentadoria dos caras ainda está longe de ocorrer.
Todos esses fatores fazem de "En Vivo!" um dos melhores registros em vídeo do Iron Maiden. O CD e o vinil picture fazem apenas parte do pacote, o item que realmente importa aqui é o DVD. Ele é diferenciado, ele acrescenta muito à história da banda - e, ainda por cima, vem em uma linda embalagem em metal.
Assista e comprove porque o Iron Maiden permanece no topo do heavy metal!
Faixas:
DVD 1
Satellite 15
The Final Frontier
El Dorado
2 Minutes to Midnight
The Talisman
Coming Home
Dance of Death
The Trooper
The Wicker Man
Blood Brothers
When the Wild Wind Blows
The Evil That Men Do
Fear of the Dark
Iron Maiden
The Number of the Beast
Hallowed Be Thy Name
Running Free
DVD 2
Documentário Behind the Beast
Clipe de “Satellite 15 ... The Final Frontier”
The Making of “Satellite 15 ... The Final Frontier”
The Final Frontier World Tour Show Intro
Whiplash
A característica que mais chama a atenção é que a outrora épica e poderosa sonoridade do sexteto soa de maneira até então inédita em "En Vivo!". Há um balanço, um suingue, um feeling vindos diretamente do blues e injetados sem dó na estrutura básica das canções. O principal responsável por isso é Adrian Smith, o fenomenal guitarrista que hoje é protagonista de uma parcela considerável da musicalidade do Iron Maiden, ao lado do chefão Steve Harris e do vocalista Bruce Dickinson. Smith reinventou o seu jeito de tocar na tour de 2011, adicionando uma pra lá de bem-vinda - e até então insuspeita - influência do gênero nascido às margens do Rio Mississippi em suas linhas. Isso faz com que músicas que estão no setlist há décadas, como “2 Minutes to Midnight”, soem renovadas e cheias de vida. O maior exemplo disso é a versão simplesmente brutal da clássica “Running Free”, com a banda fazendo uma faixa com mais de três décadas de vida sair das caixas de som com gosto de novidade, como seu fosse o seu último single.
Outro fato que merece destaque é a força das composições recentes, lançadas nos discos gravados de 2000 para cá. A reação do público a sons como “Dance of Death”, “The Wicker Man” e “Blood Brothers” é fenomenal, equiparando esse material aos clássicos de sempre. Isso sem falar no impacto gigantesco que as músicas presentes no último disco de estúdio do grupo, o ótimo "The Final Frontier" (2011), têm ao vivo. A intensidade com que os integrantes do Maiden tocaram esse material durante toda a turnê foi capturada com perfeição em "En Vivo!", demonstrando que a banda está mais viva - e afiada - do que nunca. A performance em “The Talisman”, por exemplo, é de arrepiar. O mesmo vale para a linda “When the Wild Wind Blows”, que emociona e dá pintas de já ter se transformado em um novo clássico.
Tudo fica ainda mais forte com a ótima edição, que usa e abusa de telas divididas com cenas simultâneas dos músicos e da plateia. Esse recurso foi utilizado com precisão e inspiração por Matthews, e o resultado final é que boa parte da intensidade de um show do Maiden foi capturado e mantido em "En Vivo!".
O DVD, duplo, traz o show no primeiro disco e o documentário "Behind the Beast" no segundo. Esse documentário mostra tudo o que envolve uma turnê do Iron Maiden, do planejamento meses antes até o dia-a-dia dos shows, dos ensaios da banda a preparação do Eddie Force One. Uma verdadeira aula prática de produção, "Behind the Beast" demonstra o comprometimento total da numerosa equipe que acompanha o Iron Maiden na estrada, formada, em sua maioria, por profissionais que estão com o grupo há décadas.
Porém, o mais chocante e impressionante de todo o material é a revelação de que a banda estava há apenas 10 minutos do aeroporto de Tóquio quando aconteceu o terremoto que arrasou o Japão em 11 de março de 2011. Ou seja: se o grupo já estivesse em solo japonês, os músicos e a equipe poderiam estar entre as milhares de vítimas do sismo seguido de um enorme tsunami - no total foram mais de 13 mil mortos e 16 mil desaparecidos. As cenas mostram a banda desorientada, confusa e alarmada, sem saber como proceder durante o que rolava, até que conseguiu autorização para pousar na cidade de Nagoia.
Pessoalmente, sou da opinião de que o Iron Maiden possui hoje a melhor formação de sua história. Todos os músicos estão mais experientes e soam melhores do que nunca aos meus ouvidos, se completando e formando um gigante sonoro sem igual no universo do heavy metal. "En Vivo!" é um grande exemplo da força e da criatividade do Iron Maiden, pois captura a banda de maneira intensa e demonstrando uma energia e vivacidade que fazem crer que a aposentadoria dos caras ainda está longe de ocorrer.
Todos esses fatores fazem de "En Vivo!" um dos melhores registros em vídeo do Iron Maiden. O CD e o vinil picture fazem apenas parte do pacote, o item que realmente importa aqui é o DVD. Ele é diferenciado, ele acrescenta muito à história da banda - e, ainda por cima, vem em uma linda embalagem em metal.
Assista e comprove porque o Iron Maiden permanece no topo do heavy metal!
Faixas:
DVD 1
Satellite 15
The Final Frontier
El Dorado
2 Minutes to Midnight
The Talisman
Coming Home
Dance of Death
The Trooper
The Wicker Man
Blood Brothers
When the Wild Wind Blows
The Evil That Men Do
Fear of the Dark
Iron Maiden
The Number of the Beast
Hallowed Be Thy Name
Running Free
DVD 2
Documentário Behind the Beast
Clipe de “Satellite 15 ... The Final Frontier”
The Making of “Satellite 15 ... The Final Frontier”
The Final Frontier World Tour Show Intro
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Publicado: terça-feira, 5 de junho de 2012 às 08:30
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Review de DVD - Orgulho, Paixão e Glória - Metallica
O DVD "Orgulho, Paixão e Glória – Três Noites na Cidade do México", como o próprio título diz, registra a passagem da banda pela Cidade do México, onde se apresentou em 3 shows lotados no Estádio Foro Sol, em 04, 06 e 07 de junho de 2009, mostrando uma compilação dos melhores momentos desses concertos. Aqui em terras tupiniquins, o material foi lançado inicialmente apenas em sua versão mais simples, um DVD único com 19 faixas, trazendo entrevistas e cenas de bastidores entre as músicas. No entanto, existem outras versões lá fora: DVD e Blu-Ray, DVD e mais 2 CDs, DVD duplo e mais 2 CDs, sendo que os CDs trazem as mesmas músicas do DVD simples original e a versão em DVD duplo com o segundo disco trazendo mais 16 músicas (você não leu errado) pinçadas das variações de setlist que a banda faz a cada apresentação. O disco lançado no Brasil apresenta configurações de som em PCM Stereo e DTS 5.1, com legendas em inglês, português e espanhol. O encarte é um livrete com algumas fotos da banda, o track list e informações técnicas sobre a equipe[bb] de produção.
O material inicia com imagens de fãs oriundos de todas as partes do México, além de outros países, eufóricos com a iminência de assistir a uma apresentação ao vivo dos "Four Horsemen", após um período de 10 anos de ausência da banda no país. Quem esteve nos shows da banda no Brasil encontra nesse registro uma apresentação bem próxima do que foi conferido em Porto Alegre e São Paulo recentemente, com palco, efeitos pirotécnicos e até mesmo interação com o público semelhantes ao que aconteceu por aqui. As diferenças maiores ficam no setlist, que traz algumas modificações a cada show.
Após a clássica introdução "The Ecstasy Of Gold", James e cia atacam seu público com uma tríade composta simplesmente por "Creeping Death", "For Whom The Bell Tolls" e "Ride The Lightning". Desnecessário dizer que, a essa altura, além de provocar vários entorses na audiência, a banda já estava com o jogo praticamente ganho. Não bastasse isso, na sequência emendam com "Disposable Heroes" e "One", esta última precedida de um show de pirotecnia, com explosões e fogos de artifício. O caçula "Death Magnetic" é representado nesse DVD por "Broken, Beat & Scarred", "All Nightmare Long" e "The Day That Never Comes". Há espaço ainda para canções da ‘fase dos Loads’, representada por "The Memory Remains", além de sucessos como "Sad But True" e "The Unforgiven". As músicas escolhidas para representar o fim da primeira parte dos shows formam uma sequência excelente, com "Master Of Puppets", "Fight Fire With Fire", "Nothing Else Matters" e "Enter Sandman". No bis, "The Wait", cover do Killing Joke, abre espaço para os clássicos "Hit The Lights" e "Seek and Destroy".
A banda optou por intercalar alguns blocos da apresentação com imagens de backstage, entrevistas e inúmeros depoimentos de fãs, onde todos exaltam a relação de devoção que têm para com o grupo. Com isso, são geradas desde imagens constrangedoras até outras emocionantes. Podemos acompanhar a trajetória de fãs desde suas casas até o local da apresentação, ver declarações explícitas de amor ao Metallica, assistir a partes de entrevistas coletivas do conjunto e cenas exclusivas no melhor estilo "behind the scenes". É curioso, por exemplo, observar a ascendência que Lars Ulrich tem sobre os demais integrantes da banda, ao influenciar na escolha das mudanças que ocorreriam no setlist poucos minutos antes de uma das apresentações. Engraçado também ver a assistente de produção correndo para imprimir o setlist definitivo, já que a banda resolvia mudá-lo a cada 10 minutos. E mais, pode-se conferir a emoção de alguns fãs sortudos ao encontrar os ídolos para assinaturas de autógrafos e pose para fotos.
A edição do material é frenética, com cortes para outra imagem em sequência impressionante, em alguns momentos até lembrando algumas das edições que Steve Harris faz para os DVDs do Iron Maiden. No entanto, aqui, o ritmo atordoante das músicas combina bem com a agilidade extrema da edição. Até porque a captação sonora do espetáculo e das músicas em si é uma coisa assustadora. Guitarras, baixo e, sobretudo, bateria com o volume absolutamente no talo, fazendo com que você se sinta como um dos felizardos presentes bem em frente ao palco do Foro Sol durante os shows. Há um excesso de imagens da plateia durante a apresentação que pode até incomodar de início. Entretanto, são essas filmagens que melhor ilustram a relação de total comprometimento dos fãs com James e cia. Pode-se até criticar a ausência de extras propriamente ditos no material, já que os tais extras seriam essas imagens que a banda intercala entre as canções. Contudo, o que vale nesse registro (e que certamente foi a intenção da banda) é justamente mostrar o frenesi da passagem do METALLICA pelo México e, acima de tudo, dar ao mundo uma amostra do que o grupo é capaz de fazer quando se coloca sobre um palco.
Dentre as músicas, chama a atenção que as novas canções de "Death Magnetic" se encaixam muito bem entre os clássicos oitentistas da banda. No entanto, os destaques maiores ainda continuam sendo alguns dos clássicos eternos dos thrashers da Bay Area, como a abertura com "Creeping Death" e a essencial "Master Of Puppets", talvez essa o ponto mais alto de todo show que o grupo faça.
Lars Ulrich não faz mais as mesmas linhas que gravou em estúdio, mas encontrou soluções simples e eficientes para continuar ditando o ritmo da banda e, dessa forma, não deixa a peteca cair na execução das músicas. O ‘novato’ Robert Trujillo já mostra segurança e um bom entrosamento com os demais músicos. Kirk Hammett continua solando com competência. Sobre James Hetfield, fica evidente que perdeu muito da agressividade na voz, porém encontrou um caminho eficaz nas mudanças que fez para poder continuar cantando algumas músicas, o que fica mais claro principalmente naquelas onde precisa forçar mais o vocal ou lançar mão de mais agudos, como "Ride The Lightning", "Disposable Heroes" e "Hit The Lights". No entanto, sua performance está longe de comprometer a banda, principalmente se comparada com outras fases, inclusive recentes. Até pelo contrário, James é mais do que nunca o guia que leva a banda e o público para onde deseja, pois sua habilidade como frontman é o principal fator que permite ao Metallica ter a plateia na mão o tempo inteiro. E como guitarrista, James continua um animal selvagem, cada vez mais técnico, sem perder a brutalidade.
"Orgulho, Paixão e Glória – Três Noites na Cidade do México" mostra um Metallica claramente com lenha para queimar ainda. Um título mais do que adequado, já que é exatamente isso que se vê durante toda a execução do material, uma banda com orgulho de tudo o que conquistou, vivendo um momento de glória, atestado pela paixão de milhares de fãs. Se você assistiu a algum dos shows da ‘World Magnetic Tour’, com certeza sentirá uma ponta de saudades daquelas 2 horas na companhia de Hetfield, Hammett, Trujillo e Ulrich. Se não assistiu, está aí uma pedida perfeita para compensar um pouco a perda e ver que os ‘Four Horsemen’ estão mais vivos do que nunca.
Metallica: "Orgulho, Paixão e Glória – Três Noites na Cidade do México"
Universal Music
Tracklist:
The Ecstasy Of Gold
Creeping Death
For Whom The Bell Tolls
Ride The Lightning
Disposable Heroes
One
Broken, Beat & Scarred
The Memory Remains
Sad But True
The Unforgiven
All Nightmare Long
The Day That Never Comes
Master Of Puppets
Fight Fire With Fire
Nothing Else Matters
Enter Sandman
The Wait
Hit The Lights
Seek & Destroy
OBS: abaixo está o tracklist das outras versões conhecidas deste DVD
DVD/ Blu-ray
The Ecstasy Of Gold
Creeping Death
For Whom The Bell Tolls
Ride The Lightning
Disposable Heroes
One
Broken, Beat & Scarred
The Memory Remains
Sad But True
The Unforgiven
All Nightmare Long
The Day That Never Comes
Master Of Puppets
Fight Fire With Fire
Nothing Else Matters
Enter Sandman
The Wait
Hit The Lights
Seek & Destroy
CD 1
The Ecstasy Of Gold
Creeping Death
For Whom The Bell Tolls
Ride The Lightning
Disposable Heroes
One
Broken, Beat & Scarred
The Memory Remains
Sad But True
The Unforgiven
CD 2
All Nightmare Long
The Day That Never Comes
Master Of Puppets
Fight Fire With Fire
Nothing Else Matters
Enter Sandman
The Wait
Hit The Lights
Seek & Destroy
Versão com 2 DVDs e 2 CDs. (Tracklist do DVD 2)
That Was Just Your Life
The End Of The Line
Holier Than Thou
Cyanide
Blackened
Helpless
Trapped Under Ice
Turn The Page
The Prince
No Remorse
Fuel
Wherever I May Roam
Harvester Of Sorrow
Fade To Black
…And Justice For All
Dyers Eve
Whiplash
O material inicia com imagens de fãs oriundos de todas as partes do México, além de outros países, eufóricos com a iminência de assistir a uma apresentação ao vivo dos "Four Horsemen", após um período de 10 anos de ausência da banda no país. Quem esteve nos shows da banda no Brasil encontra nesse registro uma apresentação bem próxima do que foi conferido em Porto Alegre e São Paulo recentemente, com palco, efeitos pirotécnicos e até mesmo interação com o público semelhantes ao que aconteceu por aqui. As diferenças maiores ficam no setlist, que traz algumas modificações a cada show.
Após a clássica introdução "The Ecstasy Of Gold", James e cia atacam seu público com uma tríade composta simplesmente por "Creeping Death", "For Whom The Bell Tolls" e "Ride The Lightning". Desnecessário dizer que, a essa altura, além de provocar vários entorses na audiência, a banda já estava com o jogo praticamente ganho. Não bastasse isso, na sequência emendam com "Disposable Heroes" e "One", esta última precedida de um show de pirotecnia, com explosões e fogos de artifício. O caçula "Death Magnetic" é representado nesse DVD por "Broken, Beat & Scarred", "All Nightmare Long" e "The Day That Never Comes". Há espaço ainda para canções da ‘fase dos Loads’, representada por "The Memory Remains", além de sucessos como "Sad But True" e "The Unforgiven". As músicas escolhidas para representar o fim da primeira parte dos shows formam uma sequência excelente, com "Master Of Puppets", "Fight Fire With Fire", "Nothing Else Matters" e "Enter Sandman". No bis, "The Wait", cover do Killing Joke, abre espaço para os clássicos "Hit The Lights" e "Seek and Destroy".
A banda optou por intercalar alguns blocos da apresentação com imagens de backstage, entrevistas e inúmeros depoimentos de fãs, onde todos exaltam a relação de devoção que têm para com o grupo. Com isso, são geradas desde imagens constrangedoras até outras emocionantes. Podemos acompanhar a trajetória de fãs desde suas casas até o local da apresentação, ver declarações explícitas de amor ao Metallica, assistir a partes de entrevistas coletivas do conjunto e cenas exclusivas no melhor estilo "behind the scenes". É curioso, por exemplo, observar a ascendência que Lars Ulrich tem sobre os demais integrantes da banda, ao influenciar na escolha das mudanças que ocorreriam no setlist poucos minutos antes de uma das apresentações. Engraçado também ver a assistente de produção correndo para imprimir o setlist definitivo, já que a banda resolvia mudá-lo a cada 10 minutos. E mais, pode-se conferir a emoção de alguns fãs sortudos ao encontrar os ídolos para assinaturas de autógrafos e pose para fotos.
A edição do material é frenética, com cortes para outra imagem em sequência impressionante, em alguns momentos até lembrando algumas das edições que Steve Harris faz para os DVDs do Iron Maiden. No entanto, aqui, o ritmo atordoante das músicas combina bem com a agilidade extrema da edição. Até porque a captação sonora do espetáculo e das músicas em si é uma coisa assustadora. Guitarras, baixo e, sobretudo, bateria com o volume absolutamente no talo, fazendo com que você se sinta como um dos felizardos presentes bem em frente ao palco do Foro Sol durante os shows. Há um excesso de imagens da plateia durante a apresentação que pode até incomodar de início. Entretanto, são essas filmagens que melhor ilustram a relação de total comprometimento dos fãs com James e cia. Pode-se até criticar a ausência de extras propriamente ditos no material, já que os tais extras seriam essas imagens que a banda intercala entre as canções. Contudo, o que vale nesse registro (e que certamente foi a intenção da banda) é justamente mostrar o frenesi da passagem do METALLICA pelo México e, acima de tudo, dar ao mundo uma amostra do que o grupo é capaz de fazer quando se coloca sobre um palco.
Dentre as músicas, chama a atenção que as novas canções de "Death Magnetic" se encaixam muito bem entre os clássicos oitentistas da banda. No entanto, os destaques maiores ainda continuam sendo alguns dos clássicos eternos dos thrashers da Bay Area, como a abertura com "Creeping Death" e a essencial "Master Of Puppets", talvez essa o ponto mais alto de todo show que o grupo faça.
Lars Ulrich não faz mais as mesmas linhas que gravou em estúdio, mas encontrou soluções simples e eficientes para continuar ditando o ritmo da banda e, dessa forma, não deixa a peteca cair na execução das músicas. O ‘novato’ Robert Trujillo já mostra segurança e um bom entrosamento com os demais músicos. Kirk Hammett continua solando com competência. Sobre James Hetfield, fica evidente que perdeu muito da agressividade na voz, porém encontrou um caminho eficaz nas mudanças que fez para poder continuar cantando algumas músicas, o que fica mais claro principalmente naquelas onde precisa forçar mais o vocal ou lançar mão de mais agudos, como "Ride The Lightning", "Disposable Heroes" e "Hit The Lights". No entanto, sua performance está longe de comprometer a banda, principalmente se comparada com outras fases, inclusive recentes. Até pelo contrário, James é mais do que nunca o guia que leva a banda e o público para onde deseja, pois sua habilidade como frontman é o principal fator que permite ao Metallica ter a plateia na mão o tempo inteiro. E como guitarrista, James continua um animal selvagem, cada vez mais técnico, sem perder a brutalidade.
"Orgulho, Paixão e Glória – Três Noites na Cidade do México" mostra um Metallica claramente com lenha para queimar ainda. Um título mais do que adequado, já que é exatamente isso que se vê durante toda a execução do material, uma banda com orgulho de tudo o que conquistou, vivendo um momento de glória, atestado pela paixão de milhares de fãs. Se você assistiu a algum dos shows da ‘World Magnetic Tour’, com certeza sentirá uma ponta de saudades daquelas 2 horas na companhia de Hetfield, Hammett, Trujillo e Ulrich. Se não assistiu, está aí uma pedida perfeita para compensar um pouco a perda e ver que os ‘Four Horsemen’ estão mais vivos do que nunca.
Metallica: "Orgulho, Paixão e Glória – Três Noites na Cidade do México"
Universal Music
Tracklist:
The Ecstasy Of Gold
Creeping Death
For Whom The Bell Tolls
Ride The Lightning
Disposable Heroes
One
Broken, Beat & Scarred
The Memory Remains
Sad But True
The Unforgiven
All Nightmare Long
The Day That Never Comes
Master Of Puppets
Fight Fire With Fire
Nothing Else Matters
Enter Sandman
The Wait
Hit The Lights
Seek & Destroy
OBS: abaixo está o tracklist das outras versões conhecidas deste DVD
DVD/ Blu-ray
The Ecstasy Of Gold
Creeping Death
For Whom The Bell Tolls
Ride The Lightning
Disposable Heroes
One
Broken, Beat & Scarred
The Memory Remains
Sad But True
The Unforgiven
All Nightmare Long
The Day That Never Comes
Master Of Puppets
Fight Fire With Fire
Nothing Else Matters
Enter Sandman
The Wait
Hit The Lights
Seek & Destroy
CD 1
The Ecstasy Of Gold
Creeping Death
For Whom The Bell Tolls
Ride The Lightning
Disposable Heroes
One
Broken, Beat & Scarred
The Memory Remains
Sad But True
The Unforgiven
CD 2
All Nightmare Long
The Day That Never Comes
Master Of Puppets
Fight Fire With Fire
Nothing Else Matters
Enter Sandman
The Wait
Hit The Lights
Seek & Destroy
Versão com 2 DVDs e 2 CDs. (Tracklist do DVD 2)
That Was Just Your Life
The End Of The Line
Holier Than Thou
Cyanide
Blackened
Helpless
Trapped Under Ice
Turn The Page
The Prince
No Remorse
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Wherever I May Roam
Harvester Of Sorrow
Fade To Black
…And Justice For All
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Publicado: domingo, 7 de março de 2010 às 06:01
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Review de DVD - Flight 666: O Filme - Iron Maiden
Índia, Austrália, Japão, Estados Unidos, México, Costa Rica, Colômbia, Brasil, Argentina, Chile, Porto Rico, Canadá. O que todos estes países têm em comum? Para um estudante de economia ou ciências políticas a resposta poderia demorar um pouco a vir, mas para um bom fã de heavy metal, ela está na ponta da língua: foram parte da rota do vôo 666, o Boeing 757 personalizado que levou a lenda Iron Maiden a estes países para realizarem alguns dos shows mais fantásticos de sua carreira. E todos eles fazem parte deste grande documentário, dirigido por Sam Dunn e Scott McFayden.
Obviamente não é um documentário completo como "Metal", dos mesmos realizadores. Mesmo porque o objetivo aqui não era contar a história da banda, ou algo do tipo, e sim simplesmente o que fazem com maestria: acompanhar a incrível maratona de shows cumprida pela banda ao redor do globo em pouco mais de seis semanas, na primeira parte da sua "Somewhere Back In Time Tour".
A incrível jornada de "a volta ao mundo em menos de 80 dias" do sexteto britânico começa sua escala em Bombaim, na Índia. Era a primeira vez que a banda tocaria ali, e a empolgação dos fãs contagia a banda. Foi também a primeira passagem por outros países como Colômbia e Costa Rica, países que ficam de fora de 99% das grandes tournês mundiais das grandes bandas (e tem gente que ainda reclama de quando, vez ou outra, uma banda não passa por aqui). Isso tudo comprova o que Bruce Dickinson nos diz no filme, onde revela que quiseram passar por locais normalmente esquecidos, de forma a favorecer tais fãs (e a rota de vôo também, é claro).
Os diretores captam muito bem os bastidores antes, durante e depois dos shows, bem como dos intervalos entre as viagens, e o que cada um faz em seu tempo livre. Fica-se sabendo, por exemplo, da indisposição de alguns membros da banda, por intoxicação alimentar, quando da chegada à Austrália. Vemos Adrian Smith jogando tênis, Nicko McBrain e Dave Murray jogando golfe. Steve Harris no estúdio de mixagem com o produtor Kevin Shirley, Janick Gers dando uns "sumiços"... Sem falar nos detalhes sobre o palco, como Bruce zoando o gongo de Nicko e os pés deste descalços "surrando" os pedais da bateria, as pizzas e cervejas na van, após os shows, as aeromoças sendo vítimas de "insultos" e piadinhas a cada nova instrução de segurança...
O filme captura também a idolatria dos mais diversos fãs. Desde o rapaz que vai às lágrimas, na Colômbia, ao final do show, com a baqueta de Nicko às mãos, passando pelo pastor em São Paulo que tem uma infinidade de tatuagens com temas da banda, e chegando até os mais ilustres, como Tom Morello, Chris Jericho, Lars Ulrich, Kerry King. Tem ainda a visita ilustre de Ronnie James Dio e Vinny Appice, junto a estes, no backstage de Los Angeles, e a galera do Sepultura batendo uma bola no Brasil.
Como se não bastasse isso tudo, temos ainda o segundo disco, com o show completo, sendo cada música filmada em uma cidade diferente, e o CD correspondente, a trilha sonora. Curiosidade: o local do show de Curitiba, a Pedreira Paulo Leminski, aparece em cada lugar com um nome diferente: desde Pedreira Stadium até "Padeira" Paulo Leminski. Tudo bem, em meio a um lançamento tão perfeito, a gente perdoa...
Nota 10, e imperdível para todo e qualquer fã, não só da banda, mas de rock pesado em geral. Se você ainda não tem na coleção, tá esperando o quê?
Whiplash
Obviamente não é um documentário completo como "Metal", dos mesmos realizadores. Mesmo porque o objetivo aqui não era contar a história da banda, ou algo do tipo, e sim simplesmente o que fazem com maestria: acompanhar a incrível maratona de shows cumprida pela banda ao redor do globo em pouco mais de seis semanas, na primeira parte da sua "Somewhere Back In Time Tour".
A incrível jornada de "a volta ao mundo em menos de 80 dias" do sexteto britânico começa sua escala em Bombaim, na Índia. Era a primeira vez que a banda tocaria ali, e a empolgação dos fãs contagia a banda. Foi também a primeira passagem por outros países como Colômbia e Costa Rica, países que ficam de fora de 99% das grandes tournês mundiais das grandes bandas (e tem gente que ainda reclama de quando, vez ou outra, uma banda não passa por aqui). Isso tudo comprova o que Bruce Dickinson nos diz no filme, onde revela que quiseram passar por locais normalmente esquecidos, de forma a favorecer tais fãs (e a rota de vôo também, é claro).
Os diretores captam muito bem os bastidores antes, durante e depois dos shows, bem como dos intervalos entre as viagens, e o que cada um faz em seu tempo livre. Fica-se sabendo, por exemplo, da indisposição de alguns membros da banda, por intoxicação alimentar, quando da chegada à Austrália. Vemos Adrian Smith jogando tênis, Nicko McBrain e Dave Murray jogando golfe. Steve Harris no estúdio de mixagem com o produtor Kevin Shirley, Janick Gers dando uns "sumiços"... Sem falar nos detalhes sobre o palco, como Bruce zoando o gongo de Nicko e os pés deste descalços "surrando" os pedais da bateria, as pizzas e cervejas na van, após os shows, as aeromoças sendo vítimas de "insultos" e piadinhas a cada nova instrução de segurança...
O filme captura também a idolatria dos mais diversos fãs. Desde o rapaz que vai às lágrimas, na Colômbia, ao final do show, com a baqueta de Nicko às mãos, passando pelo pastor em São Paulo que tem uma infinidade de tatuagens com temas da banda, e chegando até os mais ilustres, como Tom Morello, Chris Jericho, Lars Ulrich, Kerry King. Tem ainda a visita ilustre de Ronnie James Dio e Vinny Appice, junto a estes, no backstage de Los Angeles, e a galera do Sepultura batendo uma bola no Brasil.
Como se não bastasse isso tudo, temos ainda o segundo disco, com o show completo, sendo cada música filmada em uma cidade diferente, e o CD correspondente, a trilha sonora. Curiosidade: o local do show de Curitiba, a Pedreira Paulo Leminski, aparece em cada lugar com um nome diferente: desde Pedreira Stadium até "Padeira" Paulo Leminski. Tudo bem, em meio a um lançamento tão perfeito, a gente perdoa...
Nota 10, e imperdível para todo e qualquer fã, não só da banda, mas de rock pesado em geral. Se você ainda não tem na coleção, tá esperando o quê?
Whiplash
Publicado: terça-feira, 21 de julho de 2009 às 13:04
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