O ator Murilo Rosa falou sobre a importância de Ayrton Senna para o esporte no Brasil, e contou que gostava muito de Fórmula 1, porém, não era apaixonado.
O ator ficou sabendo da morte de Ayrton Senna quando estava ouvindo rádio dentro de um carro, no Rio de Janeiro. Para ele, Ayrton Senna faz parte daqueles heróis de um outro Brasil.
O terceiro episódio da série critica algumas atitudes negativas de Ayrton Senna, principalmente a colisão provocada por ele na Ferrari de Alain Prost, na largada do GP do Japão de 1990.
Amigos, fãs e familiares criticaram diversas atitudes tomadas pelo piloto ao longo de sua carreira, mas também exaltam sua dedicação ao trabalho, seus hobbies e namoradas.
A reportagem detalhou a personalidade ultracompetitiva de Ayrton Senna, e teve o mérito de fugir do discurso ufanista, comum quando se analisa o ídolo da Fórmula 1.
O documentário mostrou algumas facetas de Senna: a do homem que impressionava pela bondade e feitos, como o histórico triunfo em Interlagos, em 1991, mas também retratou um esportista que, de tão obcecado pela vitória, era capaz de agir de maneira desleal nas pistas.
O acidente entre Senna e Prost no GP do Japão em 1990 foi apresentado como um "ato antidesportivo do brasileiro", mas também como resposta por ter sido "roubado" pela FIA um ano antes, quando lhe foi tirado o título.
Ao mesmo tempo em que "endeusa" Ayrton Senna, tratando-o como o "Brasil que deu certo", Galvão Bueno entende que o piloto agiu erradamente ao provocar o acidente com Prost em 1990, que definiu o título ao brasileiro.
Melhor amigo que Senna fez na Fórmula 1, o austríaco Gerard Berger disse que o brasileiro sofria por, às vezes, não conseguir ser o melhor. Berger conta que o brasileiro estava "engasgado" por tudo o que havia ocorrido um ano antes e, portanto, previa uma resposta "à altura".
"O Senna disse para mim antes da corrida: 'Preste atenção porque vou fazer um bom show hoje'", sorriu Berger.
"O Prost sabia que tinha jogado o carro em cima de Senna um ano antes, tanto que eles descem dos carros após o acidente em 1990 e nem se falam. Foi uma fase triste da Fórmula 1. Foram dois títulos disputados com atitudes antidesportivas", disse o narrador.
"Aquilo foi falha de caráter do Ayrton", reforçou Derek Warwick, ex-piloto. Um mecânico da Honda relatou que Senna o agarrou pelo colarinho após Prost conseguir melhor resultado dentro da McLaren.
Ayrton tinha preocupação excessiva com a integridade dos pilotos. Ele, por exemplo, invadiu o hospital para saber o estado de saúde de Derek Warwick, então piloto da Fórmula 1, que havia sofrido um acidente durante uma prova.
O irmão de Derek Warwick morreria pouco depois, em um acidente automobilístico. Senna prestou solidariedade à família. "Recebemos uma carta muito amada do Ayrton. Ele era uma pessoa que se preocupava com os pilotos. Não era aquela pessoa dura das pistas. As palavras transmitidas pelo Senna na carta representaram muito para a minha família", emocionou-se Warwick.
Senna demonstrava preocupação também com os rivais. Ele se emocionou ao assinar uma mensagem de apoio a Nelson Piquet, que havia sofrido um acidente gravíssimo nos Estados Unidos, no início da década de 1990, quando competia pela Fórmula Indy.
Confira os outros episódios da série:
Episódio 1 - O Início do Mito
Episódio 2 - Lotus, Mclaren e o Primeiro Título
Episódio 3 - A rivalidade com Alain Prost e a dedicação ao trabalho
Episódio 4 - O tricampeonato, as últimas vitórias e a morte em Ímola
Postar um comentário