Pirelli, asa traseira móvel, sem duto, KERS, 107%: as mudanças na Fórmula 1 para 2011




A Fédération Internationale de l'Automobile confirmou nesta quarta-feira (23) que a Pirelli será a fornecedora oficial de pneus da Fórmula 1 a partir de 2011. A fabricante italiana, que disputou sua última temporada na categoria em 1991, será a única empresa atuante na área, após derrotar a francesa Michelin e a inglesa Cooper Avon na concorrência aberta, por um período de três anos, começando em 2011.

Desde 1950, a Pirelli conquistou 44 vitórias, a última, no GP do Canadá de 1991, com o brasileiro Nelson Piquet, na Benetton. A GP2, principal divisão de acesso à F1, também utilizará os pneus italianos. Atualmente, a Pirelli é fornecedora de alguns dos mais importantes campeonatos, como a GP3, o World Rally Championship e a Grand Am.

O uso de asas móveis será alterado para 2011, introduzindo uma mobilidade no aerofólio traseiro, proibindo a asa dianteira móvel e o duto de ar (F-Duct).

Segundo o Conselho, nenhuma parte da carenagem do carro deve se mover durante as duas primeiras voltas de uma corrida. Após, só quando um piloto estiver menos de um segundo atrás do carro da frente. Quem estiver atrás só poderá ajustar a asa quando for notificado por um controle eletrônico. O sistema será desativado na primeira vez que o piloto acionar o freio enquanto estiver usando a regulagem.

A regra dos 107% retornará à F1 na temporada de 2011, durante os treinos classificatórios. O regulamento, primeiramente introduzido em 1996, impedia que os carros iniciem uma corrida se estiverem muito mais lentos que os líderes. Em 2002, ele foi abolido com a implantação da classificação por meio de uma volta única no Q3.

Qualquer piloto que a melhor volta exceder o 107% do mais rápido no Q1 não terá permissão para correr. Apenas sob circunstâncias excepcionais, os comissários podem permitir o carro de começar a corrida e eles determinarão a ordem do grid.

Além disso, o Conselho da FIA pretende acabar com os carros lentos durante os treinos classificatórios, o que arruína a tomada de tempos dos mais velozes. Para 2011, um máximo de tempo deve ser instituído. Qualquer carro que esteja lento demais ou que seja perigoso aos demais pilotos será reportado aos comissários. O tempo-limite de permanência será determinado pelo diretor da corrida em cada evento, antes do primeiro dia de treino, mas pode ser alterado, se necessário.

Provavelmente pela chance de retorno do KERS na temporada 2011, a FIA aumentou o peso mínimo dos carros durante um GP. Atualmente, a combinação carro + piloto deve pesar de 605 Kg a 620 Kg. A partir de 2011, este valor será de 640 Kg.

O Conselho Mundial aprovou, ainda, a superlicença de Ho-Pin Tung, piloto de testes da Renault, "baseado no seu currículo e em testes comparativos com um F1". A licença, provisória, vale por quatro corridas.

Por fim, a regra do safety car no fim da corrida foi esclarecida: os pilotos não poderão ultrapassar quando o carro de segurança entrar nos boxes, como aconteceu no caso envolvendo Michael Schumacher e Fernando Alonso, em Mônaco.

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