Eu não estou aqui para questionar se a conquista do mundial de 1983, por parte do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, é menos, tão ou mais grandiosa que a do Sport Club Internacional, em 2006.
O que eu quero dizer é que nunca se cogitou, na época, em fazer um vídeo comemorativo sobre a conquista, até porque um player de VHS, ou videocassete, para os mais íntimos, era artigo de luxo na década de 1980.
O que acontece atualmente é uma atitude gremista de "não querer ficar para trás", imitando as ações de marketing dos colorados, depois dos DVDs "Uma noite sem fim", "Gigante: como o Inter conquistou o mundo" e "Gigantes do Deserto", este último, na minha opinião, dispensável, pois, apesar de vencer o xará de Milão, este torneio visava os dois milhões de dólares da premiação, para os cofres do clube.
Também é assim com aquela história da construção de um novo estádio, no bairro Humaitá, que é conhecido de todos por ser um local de difícil acesso, só porque o colorado anunciou uma reforma completa do Beira-Rio, visando a Copa do Mundo de 2014.
Bem, o quero realmente salientar com este post é que podem fazer mil vídeos sobre a conquista gremista de 1983, mas não conseguirão o que realmente deveria ser feito: transmitir a sensação sentida pelos tricolores naquele ano.
Muitos gremistas da minha idade dizem que são campeões do mundo, mas, assim como naquela propaganda de hidratante, não "sentiram na pele essa emoção", e isso eu sei o que é, e uma reprodução da partida faz-me reviver aquele 17 de dezembro de 2006 como se fosse hoje. Renato Portaluppi pode dizer no vídeo que a maior emoção que ele sentiu é ser campeão do mundo, mas não consegue "copiar e colar" essa sensação a quem não viveu aquela época.
E é isso o que importa.