Quando recebe a Fórmula 1, Mônaco, cuja população é de menos de 40 mil habitantes, e é menor em extensão que o Parque Central da cidade de Nova Iorque, vê o montante de pessoas a visitarem o país fazer o total de ocupação do território aumentar em mais de 500%. Como esta cidade-estado tão pequena consegue se estruturar para receber um evento desta magnitude?
O Grande Prêmio de Mônaco, um dos membros da tríplice coroa do automobilismo, juntamente com as 24 Horas de Le Mans e as 500 Milhas de Indianápolis, é disputado desde 1929, marcou presença na primeira temporada da Fórmula 1, disputada em 1950, e aparece no calendário ininterruptamente desde 1955, só se ausentando em 2020. O layout da pista de rua sofreu diversas modificações ao longo das seis primeiras décadas de existência, mas se mantém suas características originais desde então.
O site especialista em construção civil The B1M fez o upload em seu canal no YouTube de um vídeo, mostrando todo o processo de fixação de estruturas temporárias, passarelas, barreiras, pit boxes, centros de imprensa, reasfaltamento, interdição de ruas, entre diversos outros empreendimentos necessários para que os carros de Fórmula 1 possam ultrapassar os 300 km/h onde o limite de velocidade, em condições normais de trânsito, é de apenas 30 km/h.
Durante o fim de semana do Grande Prêmio, 200 mil pessoas vão visitar Mônaco, metade delas só no domingo. Ao contrário do que acontece em outros circuitos temporários dentro de cidades, as ruas que fazem parte do traçado do Principado são abertas para o público em horário determinado, entre 19:30 do dia atual e 05:30 do dia posterior.
A capacidade oficial do Circuit de la Principauté de Monaco é de 37.000 espectadores, a menor de todos os circuitos da Fórmula 1. No entanto, a disposição territorial e predial do Principado faz com que milhares de pessoas possam assistir à corrida dos terraços e sacadas de suas moradias sem precisar pagar ingresso, uma característica única.
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