"Nino" Farina completou as 70 voltas em duas horas, 13 minutos, 23 segundos e 600 milésimos. Pouquíssimos tiveram a oportunidade de assisti-la ao vivo, seja in loco ou pela televisão. Matt Amys fez uma releitura das imagens de vídeo da corrida com a geração de caracteres e gráficos da transmissão televisiva da Fórmula 1 em 2020.
Antes de 1950, havia um Campeonato Europeu de Automobilismo, organizado pela Association Internationale des Automobile Clubs Reconnus (AIACR), que o organizou de 1931 a 1939. Apesar de a categoria disputar Grandes Prêmios somente em países da Europa, muitos a tratavam como um Campeonato Mundial.
O sistema de pontuação deste campeonato era totalmente diferente do que conhecemos atualmente. Em vez de premiar quem chega na frente com mais pontos, o regulamento previa que os pilotos que completassem mais de 75% de um Grande Prêmio recebiam quatro pontos negativos, ao passo que quem desse 25% ou menos voltas recebia sete pontos negativos. Ao final da corrida, quem tivesse menos pontos negativos era considerado o vencedor.
Tazio Nuvolari, Rudolf Caracciola e Bernd Rosemeyer foram campeões, e Alfa Romeo, Mercedes e Auto Union foram as equipes dominantes. A categoria durou até o começo da Segunda Guerra Mundial, em 1939. Em 1946, um ano após o fim da guerra, a Commission Sportive Internationale (CSI), braço esportivo da AIACR, substituiu o presidente Chevalier Rene de Knyff, de oitenta anos, por Augustin Perouse, que começou a reconstruir o esporte a motor. Ao mesmo tempo, a AIACR foi suplantada pela Federation Internationale de l’Automobile (FIA).
Inicialmente, quando o conceito de uma nova categoria de automobilismo foi posto em votação pelo CSI, considerou-se que a expressão "Fórmula" resumiria melhor este campeonato. Assim ele foi primeiramente denominado Formula Internationale, embora alguns pensassem que a categoria também recebera a nome Fórmula A. Por fim, foi decidido que Fórmula 1 era o título mais apropriado e que seria imediatamente reconhecido pelo que o campeonato representava, por ser a categoria principal.
Ninguém sabe ao certo quem teve a ideia de um Campeonato Mundial de Fórmula 1, mas o crédito é geralmente dado ao marquês Antonio Brivio-Sforza, italiano de Milão, medalha de ouro no bobsleigh, piloto de Grand Prix que foi terceiro lugar em Mônaco em 1935 e em Nürburgring em 1936, um apaixonado por corridas que, em 1946, foi eleito para representar a Itália na FIA.
No início, havia apenas o Campeonato de Pilotos, o título de construtores só foi criado em 1958. O vencedor de um Grande Prêmio recebia oito pontos, o segundo ganhava seis e o terceiro levava quatro, três pontos eram concedidos ao quarto colocado e o quinto lugar recebia dois. Quem marcava a volta mais rápida da prova recebia um ponto.
Matt Amys tem um canal no YouTube onde ele postou diversas montagens de corridas que ocorreram há muito tempo, mas que foram acrescentados os gráficos e caracteres da transmissão televisiva da Fórmula 1 moderna. Com o primeiro Grande Prêmio da história da categoria não foi diferente.
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