E todo esse grande número de pessoas tem sido beneficiado com a estabilidade da nossa economia e, com isso, tem comprado mais. E não só mais em quantidade, mas também em qualidade. Afinal, é preciso ter um produto melhor, ainda que se pague em várias parcelas e desde que elas caibam no bolso. E ainda vai além: o consumidor da classe C não está mais atrás de qualquer produto, ele quer qualidade, quer ser bem atendido e quer exclusividade; assim como as classes AB, a Classe C também quer entrar em uma loja e ser bem tratada, quer ter produtos de qualidade e quer mostrar sua ascensão financeira através desses produtos dentro de sua comunidade. E as marcas têm percebido isso e estão mirando na Classe C.
Mas, para garantir que a mira está correta e que o alvo será atingido, é preciso que as marcas conheçam esse público. Vamos destacar alguns pontos:
Sociabilidade é um conceito presente nessa classe. Há tempos que a população de menor poder aquisitivo se ajuda na sua comunidade - vamos definir aqui comunidade como sendo a rua onde moram, bairro ou mesmo o mesmo clube que frequentam. As pessoas comunicam sobre vagas de emprego, promoções em lojas, receitas de bolo, festa do vizinho, filmes, enfim, trocam informações diariamente, repito, a tempos.
Esse comportamento é repetido na Internet. Por isso, a Classe C é a mais ativa nas Redes Sociais, opinando e deixando seus comentários. O poder econômico da Classe C está levando o seu aumento de consumo e esse comportamento, também está migrando para a web. Em 2009, dos 17 milhões de pessoas que compraram na web, 42% delas foram da Classe C, que não estão comprando livros. Estão comprando eletrodomésticos e eletrônicos, produtos que estão acima dos R$ 1.000,00. Isso se deve ao fato de que a Classe C está se acostumando a comprar, por isso, ainda se sente constrangida em entrar em lojas para comprar um produto em várias vezes e acreditam que comprar na Casas Bahia é “coisa de pobre”; além disso, comprar pela web dá a impressão da pessoa ser “antenada”, o que lhe dá status de liderança na comunidade, e isso é levado muito a sério pelas pessoas: “sou formador de opinião”.
Em resumo, esses comportamentos estão sendo potencializados pela web. Aquelas batidas, mas atuais, frases, que a propaganda boca-a-boca é a melhor propaganda e que se antes uma pessoa influenciava 10 pessoas e hoje influencia mil, são verdadeiras. A Internet está ajudando no consumo da Classe C, está fazendo com que ela se relacione mais com outras pessoas e que possa influenciá-los no consumo.
Hoje, a Classe C também não vive mais sem a Internet, e as classes D-E estão sem transformando em Classe C, ou seja, aumenta o volume de pessoas nessa classe e, consequentemente, aumenta o número de usuários da Internet e o número de e-consumidores.
Não deixe de ver e se aprofundar mais no assunto!
iMasters
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