O KERS, que significa Kinetic Energy Recovery System (Sistema de Recuperação de Energia Cinética), é uma tecnologia que capta a energia que seria desperdiçada no momento da desaceleração do carro e, em seguida, a reutiliza. Max Mosley prevê que até 2013 todos os carros da F1 serão híbridos. É uma medida que a F1 toma pra tentar mostrar que é uma categoria pró meio ambiente. O sistema poderá acumular 400 kJ (quilojoules) de energia por volta, o suficiente para um acréscimo de 80 HP em um período 6 a 7 segundos, quando utilizada. O sistema de acumulação fica ligado as rodas traseiras. O KERS é basicamente de dois tipos: o elétrico e o mecânico.
KERS Elétrico
Ao sistema de transmissão é acoplado um gerador que, no momento da frenagem acumula energia em uma bateria e essa aciona um motor elétrico também acoplado ao sistema de transmissão ao comando do piloto. São 80 cavalos a mais em um motor que não chega a 800 cavalos, ou seja, mais de 10% de ganho em quase 7 segundos. Como na maioria dos circuitos atuais o tempo de volta varia em torno de 70 a 80 segundos podemos dizer que são 10% também do tempo. Ou seja, o ganho é significativo. O problema é que esse sistema é pesado, em torno de 60 Kg, principalmente as baterias. Esse sistema seria "um F1 movido à pilha".
KERS Mecânico
Engenheiros ingleses desenvolveram um dispositivo que acumula energia cinética em um volante que gira numa câmara a vácuo. O volante, em forma de disco, é acoplado a um câmbio CVT (Continuously Variable Transmission ou Transmissão Continuamente Variável), que é acoplado ao sistema de transmissão. Quando as rodas freiam, o CVT é acionado, fazendo girar o volante a até 100.000 RPM. Ao comando do piloto, o câmbio CVT é acoplado ao sistema de transmissão, transferindo o movimento do volante para as rodas. É igual o funcionamento de um carrinho de fricção.
Os desenvolvedores dizem que o aproveitamento de energia é de 70%, contra 40% do sistema elétrico, que tem que transformar movimento em eletricidade, depois eletricidade em movimento, perdendo eficiência. No sistema Fybrid, a energia é acumulada em forma de movimento, não requer conversão, e o sistema inteiro é muito mais leve. O grande problema é o seu hiperaquecimento.
Abaixo, a relação de equipes que já definiram seu KERS.
KERS Elétrico
- BMW Sauber: teve até mecânico que levou choque! Também está em uma boa fase de desenvolvimento.
- Honda: Alexander Wurz mencionou baterias durante uma entrevista, embora não há nenhum aviso de High Voltage na carroceria da equipe.
- Renault: seu KERS será elétrico em parceria com a Red Bull pra conter custos, já que usam o mesmo motor.
- Red Bull Racing: compra motores da Renault.
- Toyota: já vende carros com um sistema de KERS elétrico e já usou em competições com o Supra HV-R.
- Ferrari: talvez a equipe mais atrasada no KERS. Seu primeiro modelo híbrido teve que ser destruído de tão problemático. Agora não se sabe a quantas anda o seu projeto de KERS elétrico.
KERS Mecânico
- Williams: uma das primeiras a definir seu KERS, contratou a AHP, que desenvolve sistemas mecânicos. E como em 1993 teve um projeto de câmbio CVT, teve facilidade em adaptar o sistema. A FIA impediu o sitema na época, será que agora eles liberaram?
- McLaren: equipe fez testes para medir o nível de vibração do sistema mecânico. Em 1999 a equipe inglesa havia desenvolvido um KERS com 45 HP, o mesmo foi banido pela FIA. Agora foi só reativar o projeto.
- Force India: comprou a tecnologia da McLaren.
Nenhum dos dois
- Scuderia Toro Rosso: a Red Bull vai se desligar da equipe no final de 2009 e por isso não cederá seu KERS a eles. Por não ter dinheiro no momento pra desenvolver um, das duas uma: ou eles compram de alguma equipe ou andam sem o KERS, já que o mesmo não é obrigatório.
GP Séries
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