"CQC tem profunda ligação com Web", diz Marcelo Tas

Eles são em sete, todos vestidos de ternos pretos e óculos na mesma cor. Visualmente, aparentam ser sérios e sisudos, percepção que logo vai embora assim que o comandante da trupe anuncia aos berros o início do programa. É mais uma edição do CQC “Custe o Que Custar”, exibido nas noites de segundas-feiras pela Band.

No ar há quase três meses, o programa estimulou o consumo de um novo estilo humorístico na televisão brasileira. O enlatado de origem argentina tem agradado à crítica e audiência. Até a reestréia da novela “Pantanal”, esta semana, vinha melhorando a posição da Band no Ibope e a colocava em terceiro lugar no ranking do horário.

Três dos sete têm grande influência da internet. O apresentador Marcelo Tas é pioneiro no conceito de blogs. Já os comediantes Rafinha Bastos e Danilo Gentili ganharam fama no mundo virtual ao apresentar “stand-up-comedy”, isto é, a arte de contar piadas para platéias.

Em entrevista especial ao Adnews, Tas comenta sobre o ideal do programa, cita o “Pânico na TV” e confessa que se surpreendeu com a boa e rápida repercussão do programa.

Confira:

Adnews: De quem partiu a idéia de fazer o programa?

Marcelo Tas: Da Band com a produtora Cuatro Cabezas, da Argentina.

Adnews: O que vocês buscam transmitir?

MT: Queremos entender as notícias da semana sob o ponto de vista do humor e da irreverência. Acreditamos que o humor é a forma mais eficiente e divertida de tentarmos entender a maluquice do mundo moderno.

Adnews: Vocês se inspiram muito no modelo original argentino?

MT: Seguimos o formato do original argentino. Mas é impossível copiar estilo ou a forma como cada cultura encontra para fazer humor. Assim, em relação à matéria prima do programa que são as histórias jornalísticas comentadas no programa, começamos do zero com uma equipe totalmente dedicada ao CQC Brasil.

Adnews: O CQC já teve boa repercussão na mídia com notas e entrevistas. Surpreendeu a equipe?

MT: Sim, ficamos impressionados com a velocidade com que o programa cativou as pessoas. Atribuímos isso à forma generosa com que a Band anunciou o CQC na mídia e também aos próprios telespectadores que divulgaram o programa para os seus amigos e pela internet.

Adnews: Vocês se consideram inovadores em comparação com as atrações da TV brasileira?

MT: Sim. Acreditamos que este ano conseguimos oferecer ao público telespectador o que ele mais desejava: ousadia!

Adnews: O CQC se considera concorrente do "Pânico na TV"?

MT: Não. Apesar das comparações inevitáveis, são programas redondamente diferentes. Somos sete homens de terno preto, razoavelmente feios, nossa matéria prima é jornalismo com irreverência. Já o Pânico trabalha com personagens, caracterizações, homens de peruca e mulheres de biquini.

Adnews: No que contribuiu o fato de alguns de vocês terem vindo da internet para a TV? O estilo é semelhante?

MT: Sim, o CQC é um programa que tem um profunda ligação com a Internet. Desde a presença virtual dos seus integrantes, como é meu caso que sou blogueiro no UOL desde 2003, como na penetração e elevada audiência dos vídeos do programa no YouTube.

Fonte: AdNews

Um comentário:

  1. Maravilha Júlio...
    A minha segunda já não tem espaço para mais nada!
    Abraços...

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