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Richard Charlesworth drives 1929 Birkin Blower Bentley, James Bond's first car, at Goodwood Hill Climb


Veja o momento em que Chaves teve sua exibição interrompida para que fosse anunciada sua própria morte


A CNN México anunciou a morte de Roberto Gómez Bolaños. Neste momento, um episódio de Chaves era exibido no SBT. Foi imediatamente interrompido pelo plantão do SBT, para Rachel Scheherazade anunciar a morte de Chespirito.

Coincidentemente (ou ironicamente), Chaves parou tudo que estava fazendo para anunciar sua própria morte.

Veja o momento em que o Jornal Nacional anuncia a morte de Roberto Gómez Bolaños


Um minuto. Exatamente, um minuto. Este foi o precioso tempo que a Rede Globo de Televisão dispensou para anunciar a morte do ator que criou os seriados que mais roubam audiência da emissora.

Com direito a link ao vivo direto de Nova Iorque, Renata Vasconcellos, William Bonner e Jorge Pontual anunciaram que o idealizador do principal "coringa" do SBT havia falecido.

Um minuto. Exatamente, um minuto. Teve muito ator da Globo que não ganhou nem metade disso.

Roberto Gómez Bolaños (21/02/1929 - 28/11/2014)

Roberto Gómez Bolaños
Roberto Mario Gómez y Bolaños, mais conhecido como Chespirito, foi um ator, escritor, comediante, dramaturgo, compositor e diretor mexicano. Ficou conhecido mundialmente pela criação das séries televisivas El Chavo del Ocho (Chaves) e El Chapulín Colorado (Chapolin).

Com o programa Chespirito, que recebeu o título de "programa número um da televisão humorística", ganhou grande prestígio e lhe garantiu o reconhecimento como um dos escritores de comédia mais respeitados do mundo. Além disso, é sobrinho do ex-presidente mexicano Gustavo Díaz Ordaz Bolaños.

Bolaños começou sua carreira na década de 1950, como escritor criativo, no rádio e na televisão, onde começou a escrever roteiros para programas da dupla "Viruta e Capulina", interpretada por Marco Antonio Campos e Gaspar Henaine. Também fez vários roteiros de cinema, e começou a representar como ator, em 1960, no filme "Dos Criados Malcriados".

No entanto, continuou a dedicar a maior parte de seu tempo a escrever, contribuindo para o diálogo de scripts e filmes de televisão mexicana.

60 Anos de James Bond: Parte 1 - O Início

James Bond 007 Aston Martin DB5
Bond, James Bond. Também conhecido como 007, é um agente secreto do serviço de espionagem britânico MI-6. O personagem literário foi criado pelo escritor Ian Fleming. No dia 13 de abril de 1953, "Casino Royale" foi apresentado ao público, em livros de bolso. Durante a década de 1950, tornou-se imediatamente um sucesso de vendas, e rapidamente tornou-se popular entre os britânicos e os países de língua inglesa.

Na década seguinte, os livros tornaram-se roteiros de filmes no cinema, e a franquia 007 é a mais duradora e bem sucedida financeiramente, com um total de vinte e três filmes oficiais, desde 1962.

Review de Livro - Metallica: A Biografia

Metallica: A Biografia - Mick WallUlrich, filho de uma rica família europeia e que desde cedo conviveu de maneira muito próxima não só com a música, mas com diversas formas de artes, se tornou um frontman atrás de uma bateria. Um cara que fala tudo o que pensa sem pensar duas vezes, arrogante, seguro e com um senso estratégico reconhecido e admirado por todos, e que poderia ter seguido uma carreira de sucesso dentro da indústria musical. No outro oposto, Hetfield, o típico filho de um lar desfeito norte-americano, abandonado pelo pai, que perdeu a mãe de forma prematura e cresceu seguindo os preceitos discutíveis de uma religião extremista, transformando-se em um adulto fechado e inseguro amparado por doses cavalares de álcool.

Mick Wall, um respeitável jornalista de rock inglês com passagens pela Kerrang, Classic Rock e autor de outra altamente recomendável biografia rockeira - Quando os Gigantes Caminhavam Sobre a Terra, do Led Zeppelin -, desde cedo conviveu com a banda, chegando a ser amigo próximo de Lars. Isso dá ao livro um toque especial, com histórias de bastidores deliciosas e, muitas vezes, desconhecidas do grande público.

O que fica claro é que o Metallica sempre esteve à frente das demais bandas de cena thrash, fato esse reconhecido pelos próprios músicos de grupos como Slayer, Exodus, Anthrax e até mesmo pelo Megadeth de Dave Mustaine. A transformação de Ulrich, de fanático pela NWOBHM à principal mente pensante por trás do Metallica, é contada com uma grande riqueza de detalhes. Da admiração de toda a cena da Bay Area pelo "moleque europeu com sotaque engraçado e dono de uma grande coleção de discos" ao ódio em escala mundial motivado pelo processo movido contra o Napster, Mick Wall mostra um Lars Ulrich de uma maneira poucas vezes vista, principalmente aqui no Brasil, onde o entendimento sobre a sua importância para o Metallica é muitas vezes menosprezada.

Sobre James, é fascinante perceber a evolução do moleque quieto e cheio de espinhas em um dos maiores símbolos e músicos da história do heavy metal. Da inflluência enorme de seu jeito único de tocar guitarra - sim, ninguém fazia bases "pedaladas", pesadas e tão precisas antes de James surgir -, que moldou a sonoridade do thrash metal comprovando que não era preciso tocar solos mirabolantes para ser um guitar hero, à sua coragem em expor os seus traumas pessoais em letras que se tornaram cada vez mais pessoais e transparentes com o passar dos anos, a trajetória de Hetfield fascina por mostrar um músico que, mesmo nos momentos mais controversos da carreira do Metallica, manteve-se fiel às suas crenças o quanto isso foi possível.

Há vários momentos de destaque no livro. Os primeiros anos, o inegável impulso que a entrada de Dave Mustaine deu à banda - e Mustaine é tratado com a devida reverência e respeito -, a traumática perda de Cliff Burton, a entrada de Jason Newsted, a explosão mundial com o "Black Album", as experimentações nem sempre certeiras de "Load" e "Reload", o equivocado "St Anger" e a redenção com "Death Magnetic" são esmiuçados por quem viveu tudo isso de perto. Há dezenas de entrevistas com pessoas próximas à banda, e o resultado é um retrato contundente desta que é uma das mais importantes bandas da história do rock - principalmente pelo fato de não ser uma biografia autorizada chapa branca.

Metallica: A Biografia é leitura obrigatória não só para os fãs do grupo e do heavy metal, mas também para quem quer saber como funciona a indústria musical mais a fundo. Aqui no Brasil há um excesso de romantismo sobre o rock e o metal, como se os músicos de uma banda fossem inegavelmente grandes amigos e gostassem muito um dos outros, o que nem sempre é verdade. O livro de Wall desmistifica essa visão, mostrando como foram montadas as estratégias que levaram a banda ao topo, as divergências entre Lars e James e o papel fundamental que a Q Prime, empresa comandada por Peter Mensch e Cliff Burnstein, teve na história do grupo.

Percebe-se também um esforço de Mick Wall em tentar comprovar que Cliff Burton teria aprovado as transformações que o Metallica passou durante toda a sua carreira, buscando argumentos em entrevistas antigas e depoimentos de pessoas próximas a Cliff para legitimizar desde a maior acessibilidade apresentada em "Black Album" até as experimentações musicais de "Load". Uma postura desnecessária, na minha opinião.

Mesmo com algumas falhas de revisão e informações históricas erradas ao longo de suas mais de 400 páginas - como datas de lançamentos de álbuns e coisas do tipo -, Metallica: A Biografia é um livro excelente, uma leitura fundamental que fornece dezenas de elementos para entender como o Metallica se transformou na maior banda de heavy metal de todos os tempos.

Leia em volume máximo!

Lançamento nacional da Editora Globo.

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