O objetivo de um carburador é misturar a quantidade certa de gasolina ou álcool com o ar, para que o motor funcione de maneira adequada. Caso não haja combustível suficiente misturado com o ar, a mistura fica "pobre", e poderá não dar a partida no motor ou mesmo danificá-lo.
Caso haja muito combustível misturado com o ar, a mistura fica "rica", e também pode fazer com que o motor não funcione, ou produza fumaça preta, funcionra mal, afogar facilmente, ou, na melhor das hipóteses, desperdiçar combustível.
Uma mistura ideal, na qual todo o combustível é queimado, é conhecida como "mistura estequiométrica". Manter a razão estequiométrica permite que o motor tire o máximo proveito da densidade de energia do combustível. A relação ideal de ar-gasolina é 14:1, e de etanol é de 9:1, ou seja, para cada parte de gasolina são necessárias catorze partes iguais de ar, e para cada parte de etanol são necessárias nove partes iguais de ar.
Os carburadores foram criados no fim do século XIX, período considerado o início da história automotiva. Seu nome deriva da palavra francesa "carbure", que significa carbeto.
O carburador é um dispositivo puramente mecânico (embora alguns precisem de uns choques elétricos), usado para misturar o ar e o combustível, usado até a metade da década de 1990. O último carro carburado do Brasil foi a Volkswagen Kombi 1996.
O vácuo criado no venturi puxa o combustível da cuba, que está sob pressão atmosférica. Quanto mais rápido o ar passa pela garganta do carburador, menor a pressão no venturi. Isso leva ao aumento da diferença de pressão entre o venturi e a cuba, desse modo, mais combustível flui pelo giclê e se mistura ao ar admitido.
Mais abaixo do giclê, há uma válvula borboleta, que abre por meio de um cabo ligado ao pedal do acelerador. Esta borboleta pode abrir completamente, permitindo um fluxo de ar mais rápido, através do carburador, criando maior vácuo no venturi, que envia mais combustível ao motor, produzindo mais potência.
Em marcha lenta, a borboleta está completamente fechada, mas há um giclê de marcha lenta, independente desta válvula, que envia uma determinada mistura ar-combustível ao motor. Sem o giclê de marcha lenta, o motor apagaria se o motorista não mantivesse o acelerador pressionado.
O afogador serve para enriquecer a mistura de ar-combustível no momento da partida. No acionamento, a válvula do afogador fecha e restringe o fluxo de ar na entrada do carburador. Isso enriquece a mistura, para facilitar a partida. Com o motor aquecido, basta empurrar o afogador de volta, e a mistura ar-combustível padrão regulada no carburador volta a ser passada para o motor.
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