Todos sabemos que vários artistas e bandas já fizeram covers e releituras de clássicos da música. Atualmente, não é difícil encontrar um cantor recém-iniciado na carreira regravar uma canção famosa, com o intuito de promover seu primeiro ou novo trabalho.
Agora, você já imaginou uma música atual, seja ela uma música popular ou um pesado rock, regravada na forma de um blues, jazz, ou mesmo uma marcha fúnebre de Nova Orleans?
Pois é o que faz no portal de vídeos YouTube o pessoal do canal Postmodern Jukebox. É escolhida uma música pop atual, ou um famoso rock, e uma banda faz um arranjo
vintage, dando uma ideia de como seria a canção se gravada na época do estilo executado, como blues, jazz e orquestra.
Esta ideia é inusitada, assim como a forma na qual conheci o trabalho deles.
Acordei numa segunda-feira, às seis da manhã. O rádio-relógio estava sintonizado na Rádio Gaúcha. Antônio Carlos Macedo comandava o Gaúcha Hoje. Tradicionalmente, durante o programa, uma trilha sonora é executada, e a temática das músicas é escolhida a esmo.
Naquela oportunidade, uma cantora de jazz interpretava "Sweet Child O' Mine". Fiquei sem entender nada. Até pensei que uma das músicas mais famosas do grupo de Axl Rose fosse apenas um... cover.
Só que, logo após, Macedo explicou do que se tratava. Assim, fui até o trabalho, acessei a fanpage do Gaúcha Hoje no Facebook, e cliquei no link do Postmodern Jukebox.
Fiquei a manhã inteira ouvindo as versões gravadas por eles. Acabei fazendo uma lista das minhas preferidas.
E é justamente com "Sweet Child O' Mine", do Guns N' Roses, que ela começa. Com vocês, Miche Braden, dando uma ideia de como a canção seria se Bessie Smith, lenda do blues de Nova Orleans, tivesse-a gravado nos anos 1920.
Agora, Nicole Atkins, interpretando "Heroes", de David Bowie.
Esta é, no mínimo, inusitada!
Sim, isto mesmo que você está ouvindo (ou deve ouvir, caso ainda não tenha apertado o
play).
Robyn Adele Anderson interpreta "Gentleman", do rapper sul-coreano Psy, no estilo gatsby anos 1920, e carregado de sotaque (tá, meu, dá um desconto, pô!).
Mais uma do Guns N' Roses. Desta vez, "Welcome To The Jungle", cantada por Daniela Andrade.
Uma dupla inusitada: Haley Reinhart, uma das finalistas na décima temporada do programa "American Idol", e Puddles Pity Party, um cantor de 2,03 m de altura, que sempre se apresenta vestido de palhaço.
Este personagem foi ele mesmo que criou para sua banda, chamada Greasepaint, e não é só ele, todos os outros integrantes também se caracterizam como palhaços.
Os dois interpretam juntos "Mad World", do Tears For Fears.
Clark Beckham, finalista da última edição do "American Idol", faz uma releitura
classic soul da famosíssima "Never Gonna Give You Up", de Rick Astley.
Esta releitura é sensacional!
Aubrey Logan interpreta "Give It Away", do Red Hot Chili Peppers, no melhor estilo
Austin Powers anos 1960.
Kaeyra interpreta uma versão jazz de "In The Air Tonight", do Phil Collins.
Mais uma vez, Miche Braden, em uma versão blues de "Purple Rain", do Prince.
Belle Jewel, no esilo
vintage jazz dos anos 1940, interpreta "Spiderwebs", do No Doubt.
O palhaço Puddles Pity Party interpreta, de forma melancólica, "All The Small Things", do Blink 182.
Haley Reinhart interpreta "Lovefool", do The Cardigans.
Morgan James faz uma versão de "Who Wants to Live Forever", do Queen.
Sweet Megg, no estilo
trad jazz, faz um cover de "Last Nite", do The Strokes.
Maiya Sykes, no formato
vintage New Orleans, faz uma releitura de "Don't Look Back In Anger", do Oasis.
This is so bananas! Robyn Adele Anderson ataca novamente, fazendo uma versão
vintage swing de "Hollaback Girl", da Gwen Stefani.
Mais uma vez, Haley Reinhart, numa versão
orchestral vintage para "Black Hole Sun", do Soundgarden.
Cortnie Frazier faz uma releitura
vintage de "Your Love", do The Outfield.
Caroline Baran, de apenas 15 anos, interpreta "Nothing Else Matters", do Metallica.
No estilo
film noir, Aubrey Logan faz uma versão acelerada de "Smooth Criminal", do Michael Jackson.
Stella Katherine Cole, incorporando Judy Garland, canta "Uptown Girl", de Billy Joel.
Maiya Sykes interpreta um soul cover de "Zombie", do Cranberries.
Aly Ryan numa versão
jazz vibes de "99 Luftballons", maior sucesso de Nena.
Mais uma vez, Haley Reinhart, interpretando outro sucesso do No Doubt, "Don’t Speak".
Effie Passero interpreta uma versão
western de "I Was Made For Lovin' You", do Kiss.
No melhor estilo "Tina Turner", Melinda Doolittle faz uma releitura
soul de "Don't Stop Me Now", do Queen.
Ambientado em um restaurante característico dos anos 1950, Von Smith interpreta "Dancing In The Dark", de Bruce Springsteen.
Em uma versão jazz dos anos 1940, Sara Niemietz canta "Who Can It Be Now?", do Men At Work.
Nesta versão, também de jazz, mas dos anos 1930, Wayne Brady interpreta "Thriller", do Michael Jackson.
No estilo
vintage cabaret, Gunhild Carling canta "The Final Countdown", do Europe.
Em uma sociedade utópica, que baniu os instrumentos acústicos e introduziu os eletrônicos, Casey Abrams e Snuffy Walden desafiam o
status quo com uma versão cinquentista de "Africa", da banda Toto.
Morgan James interpreta "Dream On", do Aerosmith.
Mais uma releitura de "Nothing Else Matters": desta vez, é Tia Simone, numa balada soul típica dos anos 1960.
E se o Thin Lizzy tivesse gravado "The Boys Are Back In Town" quando o Rock ‘n’ Roll ainda era um recém-nascido, ou seja, nos anos 1950? Wild Bill imaginou como teria acontecido.
Na minha opinião, a mais espetacular de todas! A música "Seven Nation Army", do White Stripes, regravada como uma marcha fúnebre característica de Nova Orleans.
Quem canta é novamente Haley Reinhart, de forma supersensual, que muito remete à personagem Jessica Rabbit, do desenho animado "Uma Cilada Para Roger Rabbit".
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