Max Mosley prefere Jean Todt

Nesta quarta (15), Max Mosley anuncia sua desistência definitiva à reeleição â presidência da FIA, recomendando Jean Todt para sucedê-lo.

Em uma carta aos membros de clubes automobilísticos da FIA, o britânico de 69 anos disse que recebeu mais de 100 mensagens pedindo que ficasse no posto.

No entanto, com um novo Pacto de Concórdia a caminho e também por "razões pessoais", Mosley decidiu não disputar às eleições de outubro. Ainda disse que Jean Todt é a "pessoa certa" para substituí-lo, ignorando Ari Vatanen, que decidiu no último domingo (12) que disputará a presidência da FIA.

"Preciso enfatizar que ele (Todt) não pode estar ligado à indústria automobilística", diz Mosley, insistindo que o francês de 62 anos também "não pode ter qualquer tipo de relacionamento" com seus antigos empregados.

Martin Whitmarsh, chefe de equipe da McLaren, disse que Vatanen pode ser um bom candidato. "Se Max não "aceita" que Ari é um candidato, estou certo que o finlandês tem muito apoio e parece ser uma pessoa com personalidade balanceada e sensível".

Melhor sair com a crise na Fórmula 1 resolvida ou "à francesa", ou seja, pela porta dos fundos, do que arriscar sua deturpada imagem e perder feio as eleições. Com a perda do filho, por overdose de drogas, e o escândalo sexuaal que ainda "lateja", Max Mosley achou melhor "se poupar" e se dedicar mais à vida pessoal.

Claro que o trabalho de Mosley, desde 1993, foi importantíssimo para o automobilismo, afinal de contas, fez com que ninguém mais morresse na Fórmula 1 desde 1º de maio de 1994, introduzindo o HANS, melhorando a segurança dos autódromos, enfim... mas chega uma hora que é preciso "encilhar o cavalo" e ir embora, de preferência, com a moral em alta. E foi exatamente isso o que, se não conseguiu, pelo menos tentou fazer.

Perguntar não ofende: ele disse que recebeu 100 mensagens pedindo que ficasse, mas quantas ele recebeu ordenando que saísse?

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