Henrique Poppe Leão
A primeira diretoria do Internacional ficou assim estabelecida:
- Presidente: João Leopoldo Seferin
- Vice-presidente: Pantaleão Gonçalves de Oliveira
- Presidente honorário: Gracilliano Filho Ortiz
- Primeiro secretário: Legendre das Chagas Pereira
- Segundo secretário: Manuel Lopes da Costa
- Primeiro tesoureiro: Antônio Coiro
- Segundo tesoureiro: Waldemar Fachel
- Capitão: José Thomáz Poppe
- Orador: Henrique Poppe Leão
- Comissão de campo: João Luis de Andrade Vasconcelos, Irineu dos Santos, Luiz Madeira Poppe e Alcides Filho Ortiz.
O time de 1909
Alguns meses após a fundação, o Internacional adotou aquele que viria a ser seu uniforme atual: camisas vermelhas, escudo na altura do coração, frisos brancos nas mangas e golas, calções e meias pretas, hoje também brancas.
Depois, vários modelos apareceram: a camiseta branca com uma faixa diagonal vermelha, a camiseta totalmente branca, calções e meias vermelhas, e, mais recentemente, meias cinzas. Além disso, os uniformes de treinamento também sofreram alterações, ultimamente aderindo às cores laranja, além do cinza.
O primeiro distintivo do Sport Club Internacional era formado com as iniciais SCI bordadas em vermelho sobre fundo branco, sem a borda também vermelha que apareceu logo em seguida. Foi na década de 50 que aconteceu a inversão, com a combinação de letras passando a ser branca sobre fundo vermelho.
Em virtude da conquista da Mundial de Clubes da FIFA, o escudo do Internacional passou por uma reformulação. O clube ostentava 6 estrelas no peito: três do Campeonato Brasileiro, uma da Copa do Brasil, uma da Copa Libertadores da América e outra do Mundial de Clubes, as quais foram substituídas pela tríplice coroa, que é composta das conquistas da Copa Libertadores da América, Campeonato Mundial de Clubes e Recopa Sul-Americana, e por dois ramos de louro na base do escudo, representando o título brasileiro de 1979.
Equipe Campeã do Citadino de 1922
Anos 10 a 20 - Os primeiros títulos
O Internacional realizou seus primeiros treinamentos já no primeiro mês de fundação, em abril de 1909, num terreno da Rua Arlindo, na Ilhota. Mas o time nem chegou a jogar ali, ficando no local apenas um ano. As inundações frequentes fizeram com que fosse logo abandonado o campo da Ilhota. Atualmente neste local fica a Praça Sport Club Internacional no bairro Azenha.
Para marcar definitivamente a rivalidade entre os dois maiores clubes do Rio Grande do Sul, os dirigentes do clube convidaram o Grêmio para disputar o primeiro clássico Gre-Nal da história. No dia 18 de julho do mesmo ano, o Internacional realizou sua primeira partida, no estádio do Grêmio, o Baixada, situado no Bairro Moinhos de Vento. O resultado não poderia ser pior para o Inter, que com apenas três meses de fundação, perdeu por 10 a 0 para o Grêmio.
No dia 7 de setembro de 1909, o Internacional obteve seu primeiro empate contra uma equipe considerada de primeira linha na época: 0 a 0 contra o Militar Football Club, que no ano seguinte seria o campeão citadino. A primeira vitória viria ainda neste ano, no dia 12 de outubro, contra o mesmo Militar, por 2 a 1.
Em 1913, o Internacional conquistou seu primeiro título, o Campeonato Metropolitano de Porto Alegre, de forma invicta. Esse feito seria repetido no ano seguinte, em 1914. Apesar dos progressos, o incômodo dos Gre-Nais permanecia, e pertubou a vida de colorados até 1915, quando finalmente venceu o Grêmio por 4 a 1. O dirigente Antenor Lemos gritava de felicidade: "Está quebrado o lacre, esta quebrado o lacre", repetia sem parar, emocionado. Em julho de 1916, o Inter aplicou mais uma goleada no rival: 6 a 1, já na Chácara dos Eucaliptos. O ponta-esquerda Francisco Vares foi o melhor jogador colorado na partida, fazendo todos os gols do Inter.
Nesta primeira fase do Internacional, a importância dos estudantes foi tanta que os campeonatos citadinos vencidos sucessivamente em 1913 a 1916 de forma invicta, e 1917, só foram interrompidos em 1918, por força do surto da febre espanhola. As escolas e as faculdades suspenderam as aulas com receio de contágio, e o Internacional ficou praticamente sem time.
A partir da década de 1920, o Inter abriria a sua sede e daria lugar no seu time aos jogadores que pertenciam às muitas ligas que organizavam competições entre clubes representativos de negros, como, por exemplo, a famosa Liga da Canela Preta, de funcionários públicos, do comércio e estivadores. Em 1925, um jogador negro veste pela primeira vez a camisa colorada. Chamava-se Dirceu Alves e atuava na defesa.
O reconhecimento estadual aconteceu em 7 de setembro de 1927, quando o Inter sagrou-se Campeão Gaúcho pela primeira vez, ao vencer o Bagé no estádio da Baixada, antigo estádio do Grêmio, por 3 a 1, em dois tempos de 40 minutos. Nessa época, o campeonato gaúcho era decidido entre o campeão da capital e o campeão do interior.
Em pé: Nena, Ávila, Borges, Ivo Winck, Abigail e Alfeu. Agachados: Eliseu, Tesourinha, Adãozinho, Vilalba e Carlitos
Anos 40 a 50 - Rolo compressor
O Rolo compressor era um time de craques extremamente ofensivo, formado pelo dirigente Hoche de Almeida Barros, o Rocha, quando assumiu a presidência do clube, em 1940. No "Rolo", se consolidavam, aos poucos, as peças de um time de futebol que seria invencível. Houve uns quatro ou cinco "rolos", mas o primeiro tem um nome que deflagrou todo o resto: Carlitos, o maior goleador da história do futebol gaúcho, marcando 485 gols.
Quem criou a expressão "Rolo" foi Vicente Rao, o Rei Momo de Porto Alegre, cujo reinado foi de 1950 a 1972. Jogador do Internacional na década de 20, fazendo parte do grupo de jogadores que conquistou o primeiro Campeonato Gaúcho do Inter, em 1927, acabou sendo inscrito na história do clube como o seu insuperável animador de torcida. Gostava de futebol e da juventude, tanto que foi ele quem criou as primeiras escolinhas de futebol do Internacional.
Aliás, Vicente Rao era um caso de "coloradismo" patológico e fatal: nasceu justamente em 4 de abril, data de aniversário de seu clube do coração. Se divertia em dizer que não havia nascido: foi inaugurado. Rao fazia desenhos dos jogadores do Inter, em forma de um rolo compressor, amassando todos os adversários. Depois, levava suas charges pessoalmente aos jornais.
É deste tempo também o surgimento das grandes bandeiras e entradas do time em campo abaixo de foguetes, serpentinas, sinos e sirenes. Por iniciativa de Rao, também surge nesta mesma década a primeira torcida organizada do Internacional e do Estado, denominada "Camisa 12".
Vicente Rao
Na década de 40, a grande equipe do Internacional teve um retrospecto avassalador contra o rival: em 28 Gre-Nais, venceu dezenove, empatou cinco e perdeu apenas quatro. Nesta mesma época, conquistou o hexacampeonato estadual, de 1940 a 1945, sendo que em 1942, 1943 e 1945 foi invicto.
Em 18 de novembro de 1945, o Internacional ganhou o inédito título de hexacampeão gaúcho, na Timbaúva, estádio do Força e Luz, jogando contra o Pelotas. A partir daí é que o apelido de "Rolo Compressor", dado por Vicente Rao, ganhou fama. Os grandes clubes do eixo Rio-SP apareciam com propostas milionárias, mas os jogadores recusavam-se a sair de Porto Alegre. Era mesmo uma grande família, unidos para sempre e adorados pelos torcedores e imprensa, jamais sendo esquecidos.
O time mais ofensivo de todos os tempos já surgido no Rio Grande do Sul durou praticamente toda a década, e teve um sucessor, o "Rolinho", comandado pelo inesquecível Teté, nos anos 1950.
Anos 60 - Âmbito nacional
O ano de 1967 marca a definitiva entrada do Internacional no cenário do futebol brasileiro. Até ali, a presença de clubes de fora do eixo RJ-SP se resumia a esporádicas presenças na Taça Brasil, um torneio rápido e em fases eliminatórias, instituído em 1959, e que durou até 1968. O Internacional participou da edição de 1962, obtendo o terceiro lugar, ficando atrás apenas de Santos e Botafogo. Finalmente, o Torneio Rio-São Paulo foi estendido a dois clubes do Rio Grande do Sul, dois de Minas Gerais e um do Paraná, criando-se o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, ou "Robertão". O Inter foi logo se destacando, terminando seu primeiro campeonato nacional como vice-campeão do país.
A histórica vitória de 1 a 0 sobre o Corinthians, gol de Lambari, em pleno Estádio Pacaembu, aconteceu no dia 28 de maio de 1967. O Corinthians estava invicto há quinze partidas e parecia imbatível. Essa foi a primeira vitória de um clube gaúcho frente a um clube paulista em São Paulo. Na temporada seguinte, em 1968, o Colorado repetiu o segundo lugar no "Robertão".
Anos 70 - Pioneirismo nacional
Após a criação da Gigante da Beira-Rio em 1969, surgiu um dos maiores times da história do futebol brasileiro: o Internacional de Falcão, Figueroa, entre outros na década de 70.
Em 1974, um feito histórico. O Internacional conquistava o Campeonato Gaúcho com uma campanha impressionante: 18 vitórias em 18 partidas.
No ano seguinte, o Internacional seria o primeiro clube gaúcho a conquistar o Brasil. Após terminar sempre entre os cinco primeiros colocados nos anos anteriores, desde que o Campeonato Brasileiro fora criado, o Inter finalmente era campeão. O primeiro título foi obtido em uma partida emocionante, na vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, no Estádio Beira-Rio. O único gol da partida foi marcado pelo zagueiro chileno Figueroa. Este gol tornou-se conhecido como "gol iluminado", pelo fato de ter surgido um facho de luz solar exatamente onde Figueroa subiu para cabecear a bola para o fundo da rede adversária.
Fernandão erguendo a taça de campeão da Libertadores, em 2006
A compensação colorada viria no histórico ano de 2006. Depois de perder o Campeonato Gaúcho para o maior rival, o Inter finalmente conquistaria um grande título internacional. Treinado por Abel Braga, o time colorado sagrou-se campeão da Copa Libertadores da América, no dia 16 de agosto de 2006.
No primeiro duelo das finais, no Morumbi, o Internacional venceu por 2 a 1, numa grande atuação de Rafael Sóbis, que marcou os gols do Colorado.
Mais de 57 mil torcedores lotaram o Beira-Rio para assistir ao emocionante empate em 2 a 2 contra o São Paulo, campeão mundial no ano anterior, colocando o Sport Club Internacional na galeria dos campeőes da Libertadores. Os gols do Inter foram marcados por Fernandão e Tinga, enquanto Lenílson e Fabão fizeram os gols do time adversário. O Inter jogou desde os 27 minutos do segundo tempo com um jogador a menos, após a expulsão de Tinga.
Fernandão erguendo a taça de Campeão Mundial de Clubes em 2006
O dia 17 de dezembro de 2006 ficará marcado na memória de todos os colorados como aquele em que o Inter viveu a maior glória dos seus 97 anos de existência. Nesta data, o Internacional sagrou-se campeão do Mundial de Clubes da FIFA, ao vencer novamente o Barcelona, em Yokohama, no Japão, no mesmo estádio onde a Seleção Brasileira sagrou-se campeã da Copa do Mundo de 2002. O clube espanhol era considerado favorito por grande parte da imprensa mundial, e vinha de uma goleada na partida anterior, por 4 a 0, contra o América do México, e ainda contava com Ronaldinho Gaúcho, duas vezes eleito o melhor jogador do mundo, no elenco, enquanto o Internacional teve dificuldades para vencer o egípcio Al-Ahly, por 2 a 1, com gols de Alexandre Pato e Luiz Adriano.
Porém, o Internacional levou a melhor, vencendo a partida por 1 a 0. O gol foi marcado aos 36 minutos do segundo tempo, por Adriano Gabiru, jogador contestado pela torcida, que saiu da reserva para fazer o gol mais importante da história do Clube. Na chegada à Porto Alegre, o time colorado foi recepcionado por milhares de torcedores, do aeroporto até o Beira-Rio, que se encontrava lotado para recepcionar os campeões.
Adriano Gabiru vence Víctor Valdés e marca o gol mais importante da história do Sport Club Internacional
Em meio a tantas vitórias, o Internacional teve um mau início de temporada em 2007. Porém, para fechar este ciclo vitorioso com chave de ouro, no dia 7 de junho de 2007 o Inter conquista a Recopa Sul-Americana, diante do Pachuca do México. No primeiro jogo, no estádio Hidalgo, a equipe não teve uma boa atuação e foi derrotada por 2 a 1. Alexandre Pato abriu o placar, mas Gimenez, com dois gols, virou para o time mexicano. No jogo de volta, apoiado por mais de 51 mil torcedores, o Inter venceu o adversário pelo placar de 4 a 0, a maior goleada da história da competição. Alex, de pênalti, Pinga, Alexandre Pato e Mosquera, contra, marcaram os gols. Depois de erguer as taças da Libertadores e do Mundial de Clubes da FIFA em 2006, o Inter vencia a Recopa e garantia a inédita Tríplice Coroa.
2008 - Campeão de tudo
No começo do ano de 2008, o Internacional participou da Copa Dubai, nos Emirados Árabes. Em sua partida de estréia, o clube venceu o Stuttgart, da Alemanha, por 1 a 0, gol de Alex. Na decisão, o Colorado derrotou a forte Internazionale de Milão, por 2 a 1, gols de Fernandão e Nilmar, e conquistou o título.
No mesmo ano, o clube foi campeão do Campeonato Gaúcho, após dois anos sem conquistar a competição. Na primeira partida da decisão, o Colorado foi derrotado pelo Juventude por 1 a 0, em Caxias do Sul. Na partida decisiva, no Beira-Rio, um placar histórico: 8 a 1, com três gols de Fernandão e os demais assinalados por Danny Morais, Alex, Nilmar, Índio e até mesmo pelo goleiro Clemer, de pênalti, no final do jogo. A vitória rendeu ao clube o trigésimo-oitavo título e consolidou o Internacional como o maior vencedor da história do Campeonato Gaúcho.
O time do Inter comemorando a conquista da Copa Sul-Americana de 2008
No fim do ano, o Inter ainda obteve um título inédito para o futebol nacional: a Copa Sul-Americana de 2008, da qual fora campeão invicto, com 5 vitórias e 5 empates. Foi o quarto título internacional oficial do clube: Libertadores, Mundial, Recopa e a Sul-Americana. Com isto, o Internacional tornou-se, ao lado do Boca Juniors, da Argentina, um dos dois clubes da América do Sul a possuir todos os títulos oficiais que um clube do continente pode almejar.
Ainda em 2008, o clube lançou uma campanha que visa a obtenção de cem mil associados até a data seu centenário do Clube, em abril de 2009. Em maio, o clube alcançou a marca histórica de 70 mil associados, figurando entre os dez clubes no mundo com maior número de sócios. A partir do conceito "Campeão de Tudo", o Inter modificou seu escudo para 2009.
Estádios
Estádio dos Eucaliptos
A Popular do Inter
Torcida
Clube do Povo
As primeiras grandes pesquisas de número de torcedores foram realizadas em 1983. De acordo com a primeira pesquisa, o Internacional era detentora da décima-segunda maior torcida do Brasil, junto ao Fluminense, com 4,1% de torcedores. Em 1993, o percentual foi de 3,1% de torcedores, estando à frente de seu maior rival, o Grêmio, que abrigava 2,6% de torcedores. Nessa ocasião, o Inter ocupava a décina-primeira posição entre os grandes do futebol brasileiro. O Inter já chegou a ocupar a sétima posição, em 1998, com 3,1% de torcedores, e a nona posição, em 2004, com 2,6%. Em 2008, a equipe Colorada é a sétima maior torcida do Brasil, juntamente com o Cruzeiro, com 3% de torcedores, 5,5 milhões de colorados.
Outro dado que analisa as torcidas é o total de apostas na Timemania, na qual o Inter é o sétimo colocado entre os clubes brasileiros desde o lançamento da loteria, com 3,6% das apostas.
Historicamente, a popularização do Inter ocorreu nos anos 1940 com o chamado "Rolo Compressor", e que décadas depois, reforçou sua hegemonia do futebol gaúcho, nos anos 1970.
O jejum do clube, nos anos 1980, período no qual a população brasileira e o poder da imprensa cresciam rapidamente no futebol, o Inter encontrou sérias dificuldades de formar novos torcedores, em virtude da boa fase que atravessava seu rival, o Grêmio. O Sport Club Internacional é chamado de Clube do Povo do Rio Grande do Sul.
Torcidas organizadas
O Internacional, como em muitos outros aspectos, é pioneiro em torcidas organizadas. Nos anos 1940, o Colorado teve a primeira torcida organizada que se tem notícia no Brasil. Era comandada pelo inesquecível Vicente Rao. Com o passar dos anos, os colorados foram mantendo sua paixão pelo clube, apoiando a equipe sempre, e crescendo seu espaço nas arquibancadas. São nas excursões que as organizadas integram-se com colorados de todo o Brasil, mostrando-se animadas e participativas, nos jogos disputados por todas as competições que o Inter participa.
Atualmente, o Internacional é representado por três torcidas organizadas oficiais, Camisa 12, Super F.I.C.O. e Nação Independente.
Todas torcem com faixas, cantos e hinos, visando incentivar o clube.
Camisa 12 - Maior torcida organizada do Internacional que fica sempre próxima ao gol em frente ao placar eletrônico do estádio Beira-Rio, na arquibancada inferior
Super F.I.C.O. - Pertence ao anel superior do estádio Beira-Rio
Nação Independente - Ela se situa na arquibancada inferior, próxima ao gol do Gigantinho
A Guarda Colorada não é considerada uma torcida oficial.
Sócios
Atualmente, o Inter comprova ainda mais a sua força, através de seu número de sócios, que são na ordem de 83 mil, o maior contingente do Brasil. É o sétimo clube em número de sócios, e está atrás de clubes como Benfica, Barcelona, Manchester United, Real Madrid e River Plate.
Curiosidades
O Internacional já representou a Seleção Brasileira em 2 ocasiões. Na primeira, em 1956, quando foi campeão invicto dos Jogos Pan-americanos do México. Na outra, em 1984, quando conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles. A equipe brasileira foi derrotada na final pela França por 2 a 0. Dentre os atletas que estiveram, todos colorados. A Sele-Inter, como era chamada, bateu recorde de público em muitas partidas. Contra a Itália, em Stanford, teve 83 mil espectadores, e contra a França, no Rose Bowl, o público foi de 101.799 pessoas. Essa conquista da medalha de prata, juntamente com a prata de Seul 1988, é, até hoje, a maior conquista do futebol olímpico brasileiro.
Recordes
O Inter é detentor de grandes recordes. Possui a maior série invicta de jogos em casa do Brasil. Foram 37 vitórias e 9 empates, totalizando 46 partidas sem perder no Beira-Rio, na década de 1970.
O maior goleador do Internacional foi Alberto Zolim Filho, mais conhecido como Carlitos. Jogou nos tempos áureos do "Rolo Compressor" da década de 1940, consagrando-se como maior artilheiro da história do time, com incríveis 485 gols. Além disso, marcou 42 gols em 62 Gre-Nais que disputou, perpetuando-se como o maior artilheiro na história do clássico.
Símbolos
Mascote
Para identificar o Inter como um clube do povo, nas páginas esportivas da antiga "Folha Desportiva" e do jornal "A Hora", surgiu, na década de 1950, a figura do "Negrinho", um personagem cheio de ironia e malandragem. O avesso do maior rival do Inter, o Grêmio.
Com o tempo, o "Negrinho" acabou virando o "Saci", aquele que gosta de armar ciladas contra as pessoas, como uma analogia ao que o Internacional faria nos campos de futebol.
Hino
No final dos anos 1950, o Internacional sentiu necessidade de ter um hino, uma canção formal de celebração dos sentimentos colorados. Foi realizado um concurso para a escolha do hino, havendo muitos candidatos. Mas nenhum dos hinos satisfez a alma colorada como aquele que fora feito numa tarde de sofrimento de torcedor. O torcedor era o carioca Nélson Silva, compositor de morro, músico do conjunto "Águias de la Madianoche", e que morava há nove anos em Porto Alegre, quando compôs o hino colorado.
O Inter desandava contra o Aimoré, em 1957. Ele escutava o jogo e esperava a namorada Ieda, mas esqueceu o compromisso daquela tarde. Sentou-se brabo na mesa de um bar, e por razões de quem é artista, começou a escrever um hino de louvor ao Internacional.
Quando concluiu a última estrofe, "o clube do povo do Rio Grande do Sul", teve a sensação de que era isto que seria cantado pelo torcedor. Foi o que aconteceu, "Celeiro de Ases" é o hino oficial do Sport Club Internacional e do torcedor colorado.
Glória do desporto nacional
Oh, Internacional
Que eu vivo a exaltar
Levas a plagas distantes
Feitos relevantes
Vives a brilhar
Correm os anos, surge o amanhã
Radioso de luz, varonil
Segue a tua senda de vitórias
Colorado das glórias
Orgulho do Brasil
É teu passado alvi-rubro
Motivo de festas em nossos corações
O teu presente diz tudo
Trazendo à torcida alegres emoções
Colorado de ases celeiro
Teus astros cintilam num céu sempre azul
Vibra o Brasil inteiro
Com o clube do povo do Rio Grande do Sul
Há alguns anos, a torcida também costumava cantar uma antiga marchinha carnavalesca: Papai é o maior / Papai é que é o tal / Que coisa linda, que coisa rara / Papai não respeita a cara.
O Gre-Nal, um dos maiores clássicos do futebol mundial
Rivalidade
O Internacional é rival histórico de outro time popular de Porto Alegre, o Grêmio. As partidas entre os times são conhecidas como o "Gre-Nal", clássico no qual o Internacional apresenta uma ligeira vantagem histórica nos confrontos. É um dos maiores clássicos do futebol mundial e pára o Rio Grande do Sul, em função de suas imensas conquistas que dividiram a paixão dos gaúchos.
Outro rival do Inter é o Juventude. O time alvi-verde de Caxias do Sul sempre foi considerado como um "carrasco" da equipe colorada, sempre complicando partidas que pareciam ser fáceis para o Internacional. Em 1998, o Ju venceu o Inter, e sagrou-se Campeão Gaúcho pela primeira vez. Dez anos depois, o Internacional se vingou do Juventude, aplicando uma goleada histórica por 8 a 1.
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placar.com.br/inter-100-anos
Esse é o NOSSO Inter. Ah, diferentemente de outros aí, que acham orgulho ESTAREM na Libertadores no ano do Centenário do rival, eu não ouvi nenhuma notícia de disputa de 2º divisão em todo esse post, diferentemente de outros que caíram duas vezes e em uma delas subiram no tapetão!
ResponderExcluirDááááááááááááááálhe Inter!