Com quatro anos, começou a carreira no Kart, em Kerpen, na Alemanha, no mesmo kartódromo que seu pai administrava.
Em 1987, teve sua primeira experiência em monopostos na Fórmula König. Recebia patrocínio de Jürgen Dilk de dezesseis mil marcos alemães por prova. Em 1988, disputou a Fórmula Ford e foi vice-campeão. Passou para à Fórmula 3, tendo Willi Weber como seu novo empresário.
Em 1990, Michael foi escolhido em um programa de formação de jovens pilotos financiado pela Mercedes-Benz. Teve como companheiros o alemão Heinz-Harald Frentzen e o austríaco Karl Wendlinger.
Em 1991, participa da Fórmula Nippon, a Fórmula 3000 japonesa, pela Scuderia Suntory Team Le Mans, em um Ralt RT23 - Mugen MF308. Em Sugo, Michael fez uma boa corrida, chegando em segundo lugar, atrás do norte americano Ross Cheever.
Em 1991, sua estréia na Fórmula 1 foi inusitada. O piloto belga Bertrand Gachot foi preso por um envolver-se em um acidente de trânsito. Sua equipe, a Jordan, ficou com uma vaga, que Michael assumiria no Grande Prêmio da Bélgica. Em apenas uma corrida, chamou a atenção de Flávio Briatore, ao conquistar a sétima posição no grid, a melhor conquistada pela Jordan no ano. Não terminou a prova, mas seu desempenho conquistou o chefe da Benetton. Briatore despediu o piloto brasileiro Roberto Pupo Moreno e contratou Michael Schumacher, formando dupla com o tricampeão Nelson Piquet.
De 1992 a 1993, Michael Schumacher conquistou duas vitórias e um terceiro e um quarto lugares.
Em 1994, conquistou seu primeiro título mundial por apenas um ponto, após diversas polêmicas envolvendo as equipes Williams e Benetton, culminando no Grande Prêmio da Austrália, onde colidiu seu carro contra o de Damon Hill, numa controversa manobra. Neste mesmo ano, Schumacher havia sido banido por duas corridas por ignorar bandeira preta. A FIA foi acusada pela equipe Benetton de favorecer a Williams, determinando punições ao piloto alemão que nunca haviam sido aplicadas a outro piloto, como suspensão por duas corridas por ignorar bandeira preta, no Grande Prêmio da Inglaterra, e possuir o assoalho do carro com desgaste um milímetro superior ao permitido no regulamento, no Grande Prêmio da Bélgica, tentando tornar a temporada mais competitiva.
Ainda assim, é campeão pela primeira vez e a equipe Benetton consegue também estrear um piloto campeão, apesar de falhar com título de construtores. Era a primeira vez que um piloto alemão foi consagrado campeão da Formula 1.
Em 1995, na Benetton, agora equipada com motores Renault, sagra-se bicampeão mundial com relativa facilidade. Este ano foi marcado pela espetacular vitória no Grande Prêmio da Bélgica, em que largara do décimo quinto lugar. A equipe também conquista o título de construtores.
Em 1994 e 1995, os companheiros de Schumacher ficaram significativamente atrás dos rivais da Williams, o que levou muitos especialistas a considerar que a Benetton era um carro menos competitivo e que Schumacher teria precocemente mostrado ser um dos maiores talentos de toda a história da Fórmula 1.
Em 1996, Michael Schumacher transfere-se para a Ferrari, tentando quebrar um jejum de títulos de pilotos na equipe italiana que durava 18 anos. O piloto alemão levou toda sua equipe técnica da Benetton, liderada por Ross Brawn. Conquistou três vitórias e cinquenta e nove pontos, ficando em terceiro no campeonato.
O ano de 1997 foi problemático para Schumacher. Na última corrida do ano, ele jogou seu carro contra o de Jacques Villeneuve, tentando tirá-lo da competição, mas foi para a caixa de brita e abandonou a prova. Villeneuve ficou com o título. A FIA entendeu que sua manobra foi antidesportiva e retirou-lhe o vice-campeonato, mas sem tirar-lhe os pontos e vitórias conquistadas.
Em 1998, Schumacher foi vice-campeão. O finlandês Mika Hakkinen, da McLaren, sagrava-se campeão mundial de Fórmula 1 pela primeira vez. A temporada poderia ter dado o tricampeonato para Schumacher se David Coulthard, no Grande Prêmio da Bélgica, não tira o alemão da prova quando estava sendo ultrapassado, numa prova marcada pela enorme chuva.
Em 1999, o piloto sofreu um acidente durante a primeira volta do Grande Prêmio da Inglaterra, quando as rodas dianteiras bloquearam, impedindo o controle do carro que bateu violentamente no muro protegido por pneus. Schumacher fraturou a perna direita e ficou de fora de sete corridas, tendo perdido de forma irremediável o campeonato. Foi substituído pelo finlandês Mika Salo. Outro finlandês, Mika Hakkinen, sagrou-se bicampeão. O companheiro de Schumacher, o piloto norte-irlandês Eddie Irvine, foi vice-campeão. Contudo Schumacher regressou nas duas últimas corridas e ajudou a Ferrari a sagrar-se campeã de contrutores após dezesseis anos sem títulos.
Entre os anos de 2000 e 2004, ganhou cinco títulos consecutivamente, feito nunca conseguido antes. E a Ferrari conquistou seis títulos consecutivos de construtores, um feito também inédito, graças aos esforços de Michael Schumacher e sua equipe: Ross Brawn, Aldo Costa, Jean Todt, Rory Byrne, Rubens Barrichello e vários outros.
Em 2002, no Grande Prêmio da Áustria, a Ferrari obrigou Rubens Barrichello a entregar a vitória a Michael Schumacher. Rubinho o fez após a última curva, antes da linha de chegada. Apesar de o jogo de equipe ter sido feito por diversas vezes na história da categoria, neste caso, provocou uma intensa vaia no pódio, justificada pelo campeonato ainda em seu início e pela proximidade com a bandeirada final. Schumacher, envergonhado, trocou de lugar no pódio com Barrichello. No mesmo ano, o alemão devolveu o gesto, entregando duas vitórias para o piloto brasileiro.
Em 2005, Schumacher vence uma corrida, o Grande Prêmio dos Estados Unidos, disputado por apenas seis carros, após todos os carros equipados com pneus Michelin terem abandonado a corrida por seus pneus não oferecerem garantias de segurança na curva que antecede a reta de chegada. Com um carro problemático, em função da nova regra de pneus, termina a temporada na terceira colocação, atrás do espanhol Fernando Alonso e do finlandês Kimi Räikkönen.
Em 2006, perdeu seu último campeonato para Fernando Alonso, principalmente pela quebra do motor de sua Ferrari no GP do Japão, quando liderava a corrida. Superou a marca de pole positions de Senna e protagonizou, no Grande Prêmio de Mônaco, mais um acontecimento polêmico em sua carreira. Michael Schumacher ficou com sua Ferrari parada na saída da curva Rascasse, provocando uma bandeira amarela no local e prejudicando teoricamente a volta do espanhol Fernando Alonso. Após quase oito horas de reunião, os comissários decidiram que ele deveria ser punido, largando da última posição. Conseguiria terminar a prova em quinto lugar.
Sua última corrida foi no Grande Prêmio do Brasil de 2006, realizado em Interlagos, São Paulo, em 22 de outubro. Apesar de ter tido vários problemas na sua Ferrari, o alemão fez questão de brindar todos os fãs de Fórmula 1 com uma das suas mais inesquecíveis corridas, realizando uma série de brilhantes ultrapassagens, que o levaram a um quarto lugar. Michael Schumacher se aposentou da Fórmula 1 conquistando praticamente todos os mais importantes recordes da categoria.
Em 2007, recebeu o Prêmio Príncipe das Astúrias, galardão concedido pela Fundación Príncipe de Asturias, na cidade de Oviedo, na Espanha. Em novembro, participou dos treinos pós-temporada na Espanha, pilotando o F2007, carro que deu o título de pilotos ao finlandês Kimi Raikkonen. Mesmo após um período de inatividade de treze meses, Michael Schumacher foi o mais rápido entre os vinte e quatro pilotos participantes. Veio ao Brasil para participar do Desafio das Estrelas de Kart, realizado no Kartódromo dos ingleses, em Florianópolis. Sagrou-se campeão, fazendo o melhor tempo da competição, e vencendo a primeira das duas baterias disputadas. Na segunda bateria, após inversão das posições, largando em oitavo por ter sido vencedor da primeira bateria, chegou a disputar a liderança, porém envolveu-se em um toque com o líder da corrida, Thiago Camilo, perdendo posições e chegando em sexto.
Os números de Michael Schumacher
- 250 Grandes Prêmios
- 91 vitórias
- 1369 pontos
- 154 pódios
- O único piloto a conquistar pódios em todas as etapas, em 2002
- 19 pódios seguidos entre 2001 e 2002
- 68 pole positions
- Marcou pontos em 24 provas consecutivas entre 2001 e 2003
- Em 22 provas , fez o hat-trick (venceu, fez a pole e a melhor volta)
- 40 vitórias largando da pole position
- Venceu 8 vezes o Grande Prêmio da França, o maior número de vitórias em um GP
- 15 temporadas seguidas com vitória
- 76 melhores voltas
- O maior pontuador numa mesma temporada, 148 pontos, de 180 possíveis, em 2004
- O maior vencedor numa mesma temporada, 13 vitórias, em 2004, em 18 GPs,
- 7 vitórias consecutivas numa temporada, em 2004
- 43 segundos lugares
- 4741 voltas na liderança
- A maior média de velocidade em uma corrida, 247,585 Km/h
- Maior período como campeão, 4 anos, 11 meses e 17 dias, entre 8 de Outubro de 2000 a 25 de Setembro de 2005
- Maior pontuação de um vice-campeão, 121 pontos, em 2006
- Em 2002, foi campeão com seis corridas de antecedência, sendo o campeão com menos etapas da história
- Título com maior vantagem de pontos, 77, em 2002
- Michael Schumacher e Rubens Barrichello têm o recorde de dobradinhas na história da Fórmula 1, 24, entre 2000 e 2005
- 7 títulos mundiais (1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004)
Sua carreira na Fórmula 1
Temporada | Equipe | Vitórias | Pontos | Posição final |
1991 | Jordan-Ford; Benetton-Ford | 0 | 4 | 13º |
1992 | Benetton-Ford | 1 | 53 | 3º |
1993 | Benetton-Ford | 1 | 42 | 4º |
1994 | Benetton-Ford | 8 | 92 | Campeão |
1995 | Benetton-Renault | 9 | 102 | Campeão |
1996 | Ferrari | 3 | 59 | 3º |
1997 | Ferrari | 5 | 0 (78) | Desclassificado |
1998 | Ferrari | 6 | 86 | 2º |
1999 | Ferrari | 2 | 44 | 5º |
2000 | Ferrari | 9 | 108 | Campeão |
2001 | Ferrari | 9 | 123 | Campeão |
2002 | Ferrari | 11 | 144 | Campeão |
2003 | Ferrari | 6 | 93 | Campeão |
2004 | Ferrari | 13 | 148 | Campeão |
2005 | Ferrari | 1 | 62 | 3º |
2006 | Ferrari | 7 | 121 | 2º |
Tributo a Michael Schumacher em vídeo
Momentos engraçados do alemão
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