A largura dos pneus dianteiros aumentou de 245 para 305 mm, e os traseiros de 325 para 405 mm. Além disso, a largura total dos carros mudou de 1.800 para 2.000 mm, a do aerofólio dianteiro aumentou de 1650 para 1800 mm, e o traseiro de 750 para 950 mm, além de ficar mais baixo.
Os tradicionais compostos de borracha, duros, médios, macios, supermacios e ultramacios, ficaram mais firmes, permitindo que os pilotos pudessem ficar mais tempo na pista, produzindo muitas variantes de estratégia e novos recordes de voltas rápidas.
A Ferrari deu as caras logo na primeira prova, com Sebastian Vettel sendo o primeiro a receber a bandeira quadriculada em Melbourne, Austrália. Um grande fato novo, já que as últimas três temporadas foram dominadas pela Mercedes. Só que Lewis Hamilton devolveu na China. Vettel não deixou por menos, vencendo no Bahrein. Na Rússia, Hamilton foi mal, dando a Valtteri Bottas a chance de conquistar a primeira vitória na carreira, mas com Vettel em seus calcanhares, carimbando a boa fase da Ferrari, e dando motivos para a Mercedes se preocupar.
Hamilton voltou a vencer na Espanha, com Vettel em segundo, mantendo-se no topo da tabela de classificação do campeonato de pilotos. Em Mônaco, Sebastian dominou as ruas do Principado, e Lewis, largando de trás do grid, conseguiu apenas o sétimo lugar.
Com isso, o alemão aumentou ainda mais sua diferença de pontos para o inglês. No Canadá, Lewis Hamilton completava dez anos de sua primeira vitória na Fórmula 1, mas não havia tempo para comemoração, já que a necessidade de vitória era enorme. E ele a conseguiu, com Sebastian Vettel chegando apenas em quarto lugar.
O grande beneficiário de toda esta confusão foi Daniel Ricciardo, que venceu a prova e deu uma dose de ânimo à Red Bull Racing, que não vinha em um bom ano, em comparação às temporadas anteriores. Em sua oitava corrida na carreira, o canadense Lance Stroll, da Williams, conseguiu seu primeiro pódio.
Na Áustria, o cenário da prova da Rússia se repetiu: Bottas venceu, Vettel chegou em segundo, e Hamilton chegando apenas em quarto. Na Inglaterra, Lewis Hamilton era o anfitrião, e mostrou quem manda em casa, conquistando a vitória em Silverstone. De quebra, Sebastian Vettel teve problemas com os pneus e obteve apenas o sétimo lugar. No entanto, na corrida seguinte, na Hungria, a Ferrari fez dobradinha. Vettel foi para as férias com 202 pontos contra 188 de Hamilton.
O Grande Prêmio da Bélgica foi o ponto da virada no campeonato. Esperava-se que a Mercedes dominasse em Spa-Francorchamps, mas Vettel mantinha-se nos calcanhares de Hamilton, que teve sua habilidade ao volante exigida ao máximo para manter a liderança, vencer a prova e baixar a diferença na tabela para sete pontos.
Na Itália, a terra dos tifosi da Ferrari, todos viram uma dobradinha da Mercedes, chegando muito à frente dos carros rossos. Pela primeira vez no ano, Lewis Hamilton era líder do campeonato. Sua terceira vitória seguida veio em Cingapura, e foi facilitada pelo enrosco entre os pilotos da Ferrari e Max Verstappen, da Red Bull Racing.
No Grande Prêmio dos Estados Unidos, em Austin, Texas, Lewis Hamilton venceu Sebastian Vettel e deixou tudo encaminhado para conquistar o campeonato no México. A corrida no Autódromo Hermanos Rodríguez começou tumultuada: Sebastian Vettel acertou o carro de Lewis Hamilton, que teve um pneu furado, e teve que recomeçar do fundo do grid. No entanto, as circunstâncias da prova permitiram que Lewis Hamilton chegasse no final em nono lugar e conquistasse seu quarto título mundial de Fórmula 1 com duas corridas de antecedência.
Em 2017, Kimi Räikkonen tornou-se apenas um eco do seu passado, ao contrário de seu compatriota, Valtteri Bottas. No seu ano de estreia na Mercedes, aproveitou a grande performance do carro, e conquistou três vitórias na temporada, inclusive fechando o ano em Abu Dhabi com os 25 pontos. Apesar da fraca performance da Red Bull, comparada às das últimas temporadas, Max Verstappen conseguiu uma vitória.
A grande surpresa da temporada veio do meio do pelotão: Sergio Perez e Esteban Ocon, os pilotos da Force India, trocaram tinta rosa na pista, literalmente falando, especialmente na corrida do Azerbaijão. Mais para o final do ano, a Renault substituiu Jolyon Palmer por Carlos Sainz. A dupla com Nico Hulkenberg rendeu bons frutos no final da temporada. A Toro Rosso foi além, e trocou sua dupla de pilotos: Carlos Sainz e Daniil Kvyat deram lugar a Pierre Gasly e Brendon Hartley. O ano ruim da Williams não deu uma despedida digna para Felipe Massa, que, desta vez, saiu da Fórmula 1 pra valer, já que sua despedida ensaiada em 2016 não valeu de nada, e foi convocado novamente pela Williams para correr em 2017.
Para terminar, a performance da McLaren com o famigerado motor Honda foi tão pobre quanto era prevista, mas a equipe de Woking só não foi pior que a Sauber, em crise financeira, que marcou apenas cinco pontos em 2017.
Por tudo isto, a Fórmula 1 promete uma maravilhosa temporada em 2018. Pela primeira vez na história, dois pilotos estarão lutando pelo quinto título de suas carreiras. A questão agora é: quem irá detê-los? Isso se surgir alguém que possa detê-los...
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