A melhor defesa do Facebook é a compra

O Facebook, mais uma vez, chamou a atenção de todos, ao adquirir o WhatsApp. Mas as pessoas não ficaram surpresas pela aquisição em si, já que Mark Zuckerberg anda adquirindo várias empresas e produtos recentemente, mas pelo valor estratosférico da transação: 16 bilhões de dólares!

O valor gasto pela compra do WhatsApp é bem acima do normalmente praticado por Mark. Apesar disso, é apenas 10% do valor de mercado da rede social, cerca de 170 bilhões de dólares, o maior já atingido em seus dez anos de existência.

O Facebook cresceu tanto porque conseguiu vender anúncios com base muito segmentada, com a sua massiva adoção nas plataformas móveis, área que representa a maior tendência industrial nos últimos anos.

Durante apresentação no Mobile World Congress, Mark Zuckerberg falou sobre o projeto internet.org, que tem como objetivo levar conexão de internet a um bilhão de pessoas. Segundo Zuckerberg, isto foi o que o impulsionou a compra do aplicativo WhatsApp.

No entanto, grande parte dos 1,23 bilhões de usuários do Facebook passa por um período em que se afasta da rede social e passa a usar outras plataformas, como o SnapChat, que recusou uma oferta de três bilhões de dólares do Facebook, e o próprio WhatsApp.

Muitos adolescentes norte-americanos partiram para outras alternativas pela privacidade, como no SnapChat, onde as conversas não são registradas, ou porque não querem estar nas mesmas redes sociais onde seus pais são também usuários.

Ao observar este crescimento, o Facebook adquiriu o WhatsApp, um investimento para se proteger do crescimento de uma concorrente, que pode se evoluir e se tornar a nova grande rede social. Claro que a disputa com outras grandes corporações não pode ser descartada, pois houve rumores de que o Google teria oferecido dez bilhões de dólares pelo WhatsApp.

A proposta mais tentadora (ou a única), quatro bilhões de dólares em dinheiro e outros doze em ações do Facebook, fez o WhatsApp mudar de dono. Além dos antigos proprietários ganharem um cargo no conselho do Facebook, e da expectativa do aplicativo não ter seu funcionamento interrompido ou alterado, mais precisamente, inserção de anúncios.