"Armstrong não tem lugar no ciclismo. Algo como isto não pode acontecer novamente. Confirmo que não haverá apelação à Corte Arbitral do Esporte e que reconhecemos a sanção imposta pela Usada. A UCI proibirá que Armstrong compita e retirará todos os seus sete títulos da Volta da França", disse Pat McQuaid.
Desde 2005, Lance Armstrong é acusado de se dopar e de utilizar diversas maneiras de acobertar as infrações. A Agência Mundial Antidoping tem 21 dias para decidir se vai recorrer da sentença, caso contrário, o caso será encerrado.
Lance Armstrong, além de perder os sete títulos da Volta da França, conquistados nos anos 1999 a 2005, deve ter sua medalha de bronze nas Olimpíadas de Sydney 2000. O Comitê Olímpico Internacional está avaliando o caso. Apesar de jurar inocência, Lance já desistiu de tentar se denfender e perdeu oito patrocínios nos últimos meses. O americano também deixou a presidência da entidade que combate o câncer, a Livestrong, fundada pelo próprio.
Na França, o L'Équipe estampa "Armstrong privado de seus títulos". Já o diário Le Parisien titula "A UCI retira as sete Voltas da França de Armstrong", acompanhado pelo Le Figaro, que destaca "Volta da França: Armstrong perde seus sete títulos", e pelo Le Monde: "Lance Armstrong privado de seus títulos pela UCI".
Na Itália, os jornais Gazzetta dello Sport e La Stampa publicam uma das declarações de McQuaid nesta segunda, dizendo que o americano "não tem lugar no ciclismo". Já o jornal La Repubblica noticia: "A Federação de Ciclismo cancela a carreira de Armstrong".
Na Inglaterra, o tabloide inglês The Sun estampa "Fim do caminho". Já o Daily Mail cita a "humilhação final para o enganador Lance Armstrong". Nos Estados Unidos, a decisão da UCI está na capa do New York Times, e ainda lembra que o órgão "ratificou o dossiê" da USADA, que publicou um documento, contendo o testemunho de 26 pessoas, incluindo 15 ciclistas, alguns fora de atividade, que forneceram material para o relatório que reconhece o doping de Lance Armstrong.
Onze ex-companheiros de Armstrong, entre eles, George Hincapie, Floyd Landis e Tyler Hamilton, deram evidências que levaram a agência a citar o "mais sofisticado, profissional e bem sucedido programa de doping que o esporte já viu" e a ordenar a desconsideração dos resultados dos 14 anos de carreira de Armstrong.
Armstrong, 41 anos, aposentou-se em 2005 e retornou ao ciclismo em 2009, despedindo-se novamente no início do ano passado. Ele sempre se declarou inocente e ressaltou que em toda a carreira nunca testou positivo em um exame antidoping, porém, disse em 23 de agosto de 2012 que não iria mais se defender das acusações da USADA, considerando injusto o modo como a entidade dirigia o processo relacionado ao assunto.
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