Agências são muito preconceituosas, diz WMcCann

A WMcCann apresentou em quatro de janeiro os resultados da pesquisa que revela que o consumidor da classe C não gosta do que parece "chique" e desenvolve um "radar" contra a inferioridade. Segundo Aloisio Pinto, vice de planejamento, 50% do mercado de consumo é da classe C, no entanto, "as agências de forma geral ainda são muito preconceituosas" quando o assunto é criação para esse grupo.

De acordo com o estudo realizado pela agência e publicado no jornal Folha de S. Paulo, os consumidores desse grupo se afastam de locais e de pessoas que falam de um "jeito diferente" do dele. Os números mostram ainda que, na hora de comprar, 48% dos entrevistados com faixa de renda de R$ 1.000 a R$ 2.000 dizem não a produtos muito sofisticados, 49% se afasta quando a embalagem "fala de coisas" que ele não entende e 32% deles rejeitam produtos cujo nomes não conseguem pronunciar direito.

"A classe emergente não busca nada que seja estereotipado, tanto em produto quanto em comunicação. Esse é um erro comum das empresas menos preparadas. A solução não é simplesmente adaptar o produto para o consumidor mais pobre, e imaginar que ele, quando passa a ter poder de compra, deseja ter o comportamento de um consumidor A", explica à Folha o diretor de inteligência de mercado da agência Y&R, César Ortiz.

Os resultados do estudo apontaram ainda as companhias que têm estratégia mais bem-sucedida para a classe C. Entre elas estão: Casas Bahia (36,7%), Magazine Luiza (9,5%), Nestlé (3,0%), Avon (2,4%) e Havaianas (2,4%). Além da pesquisa, a agência divulgou o anúncio com o mote "Somos uma agência Classe C. Vai encarar?".

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