Yamaha XT1200Z Super Ténéré


Ideal para grandes distâncias, modelo de dimensões avantajadas não escolhe estradas, e chegará ao Brasil oficialmente em data não definida, fazendo parte de nova família



O nome Super Ténéré já foi usado pela Yamaha em um modelo 750, equipado com motor de dois cilindros paralelos de concepção Gênesis, com cinco válvulas por cilindro e vocação para o asfalto. Esta motocicleta foi, inclusive, importada oficialmente para o Brasil, mas saiu de linha em pouco tempo. Duas décadas depois, a Yamaha relança a Super Ténéré, recheada de eletrônica e com um motor de 1.200 cm³. Disponível na Europa desde março, este modelo também virá para o Brasil, via importação oficial, embora ainda não haja data programada para seu desembarque.

A nova Super Ténéré 1200, projetada do zero, é a arma da Yamaha para combater no forte segmento das maxitrail e perturbar a duradoura liderança da alemã BMW GS 1200. Para tanto, chega com o espírito aventureiro que o místico Ténéré, nome de uma região desértica no Norte da África e palco do percurso de diversas edições do rali Paris/Dacar, sugere, além de um arsenal de comodidades para encarar longas distâncias sem escolher as estradas. O motor tem arquitetura de dois cilindros paralelos, com 1.199 cm³, quatro válvulas por cilindro, injeção eletrônica e refrigeração líquida, que desenvolve 110 CV a 7.250 RPM e torque de 11.6 kgfm a 6.000 RPM.

Outra novidade, ainda não confirmada pela Yamaha, é que haverá uma nova linha Ténéré no Brasil, para agitar o mercado. Além da estrela XT1200Z Super Ténéré, a montadora vai trazer e nacionalizar a Ténéré 660Z, que usa o mesmo motor e outros componentes da XT 660R, já em nosso mercado, e lançar a inédita Ténéré 250. Esta última será um upgrade do modelo nacional XTZ 250 Lander, para concorrer com a XRE 300, da Honda, e estabelecer uma família Yamaha Ténéré no Brasil, no embalo do prestígio que o nome representa. A nova Ténéré 250 não vai representar o fim da XTZ 250 Lander, que será reposicionada.

A nova Ténéré 1200Z é um modelo de dimensões avantajadas, além de um peso considerável. A seco, acusa 244 kg na balança, e em ordem de marcha (abastecida), 261 kg. Entretanto, para facilitar a pilotagem, o banco pode ser regulado na altura, entre 845 e 870 mm. A carenagem inclui dois faróis dianteiros e um para-brisa, também regulável, para encarar longas distâncias, e um visual moderno e agressivo. O novo modelo também pode ser equipado com bolsas laterais e uma central (top case), em alumínio, para acomodar a bagagem, além de contar com protetores de mãos e de cárter, para percursos mais radicais. Para compensar o volume e o peso, a montadora procurou centralizar e rebaixar as massas.



O apelo aventureiro da nova motocicleta fica evidenciado por alguns dos itens de série e opcionais oferecidos, como tomada de força auxiliar, para acoplar GPS, celular, notebook etc., indicador de autonomia e aquecedores de manoplas, como opcional. Na eletrônica, a Super Ténéré conta com controle de tração, em dois modos: TC1, que atua de forma incisiva, e TC2, menos rigoroso, permitindo pequenas derrapadas nas acelerações. O sistema, porém, pode ser desligado. A curva de potência do motor também é regulável em dois níveis: Sport e Touring, para cada tipo de pilotagem.

Os freios, com dois discos de 310 mm na dianteira e um de 282 mm na traseira, têm sistema ABS. O manete dianteiro aciona as duas rodas, independentemente da vontade do piloto, mas o pedal só comanda o freio da roda traseira. O ABS também pode ser desligado. A suspensão dianteira é invertida, com tubos de 43 mm e 190 mm de curso. A suspensão traseira é do tipo mono, também com 190 mm de curso, e regulagem manual. Ficou devendo a regulagem eletrônica, já presente na concorrência. O quadro é em tubos de aço, o câmbio tem seis marchas e a transmissão para a roda traseira é feita por eixo cardã. O painel é completo, com tela digital, e as rodas raiadas com aros em liga leve, 19 polegadas na dianteira e 17 na traseira.


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