Bem, esta última não é exatamente uma inovação, já que é possível de se encontrar em um simples Citroën C4. Agora, existe uma que, a princípio, parece um absurdo: o sistema de infoentretenimento do Bugatti Tourbillon não possui auto-falantes. A missão de emitir som dentro do habitáculo do carro foi passada à carroceria. E Mate Rimac garante: a qualidade acústica é muito melhor!
A revista britânica Top Gear foi até a nova sede da Bugatti, na Croácia. Lá, Mate Rimac mostrou todos os detalhes do Tourbillon. Caso você não queira assistir ao vídeo completo, a parte referente ao sistema de som está no ponto exato, aos 8:45, no player abaixo.
Alto-falantes tradicionais usam um ímã que recebe um sinal elétrico, que, por sua vez, movimenta uma bobina eletromagnética para frente e para trás. A bobina é fixada a um diafragma, um cone comunentemente feito de papel ou metal, que vibra, fazendo o ar vibrar, amplificando o som. Claro que isso funciona muito bem, no entanto, os ímãs dos alto-falantes são pesados. Bom, isto vai depender de para quem se está falando ou de quem está dizendo.
No caso de Mate Rimac, é claro que se trata da segunda opção. Afinal de contas, este é o Bugatti Tourbillon, cujo preço muito provavelmente estará na casa dos oito dígitos, isto se estivermos falando de uma moeda forte. Então, nada mais valioso que agregar valor a um produto com soluções para problemas que, até onde sabemos, nenhum cliente que possua tais cifras pediu para resolver.
Alguns alto-falantes de alta fidelidade usam essa tecnologia. No entanto, ele é mais comum do que você imagina: um alto-falante piezoelétrico cumpre a função de alarme despertador em relógios de pulso.
No Bugatti Tourbillon, quem cumpre a função de diafragma é o seu próprio chassis! Os transdutores piezoelétricos que equiparão o veículo foram projetados para transmitir vibrações diretamente para as chapas de fibra de carbono que compõem a estrutura do carro. No vídeo, Rimac mostra o subwoofer, que, graças à tecnologia disponível, é uma pequena peça de metal, muito menor e mais leve que um alto-falante tradicional, e pode ser preso no teto do carro.
"A qualidade de som do Tourbillon é de outro mundo em comparação à do Chiron, pode acreditar! Além disso, economizamos peso e espaço", disse o CEO da Bugatti.
Esta não é a primeira vez que parte da estrutura de um carro é usada para melhorar a qualidade de um sistema de som. O 2013 Mercedes-Benz SL tinha um sistema chamado "Front Bass", que transformava o console central em um grande amplificador, mas usava auto-falantes eletromagnéticos tradicionais. No entanto, o Bugatti Tourbillon, além de usar sua carroceria inteira como um elemento acústico, também é o primeiro a utilizar auto-falantes piezoelétricos.
Este sistema de som deverá ser realmente interessante, mas será tão necessário assim, já que o Bugatti Tourbillon virá com um motor V16 naturalmente aspirado?

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