Armindo Antônio Ranzolin OMM (08/12/1937 - 17/08/2022)

Armindo Antônio Ranzolin OMM nasceu em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. Um ano depois, mudou-se para Lages, Santa Catarina. Lá, mais tarde, escreveu sobre esporte amador em um jornal local. Durante a infância, acompanhou pelo rádio as coberturas de acontecimentos importantes, como o suicídio do presidente Getúlio Vargas e a Copa do Mundo de 1950.

Em 1956, iniciou sua carreira profissional, também em Lages, como narrador esportivo da Rádio Diário da Manhã. Um ano depois, mudou-se para Porto Alegre. Cinco anos mais tarde, concluiu a graduação em Ciências Jurídicas e Sociais, na Faculdade de Direito da UFRGS.

Em 1959, fez um teste na Rádio Guaíba. Levava um gravador para os estádios Olímpico e Eucaliptos, e narrava os jogos que só ele e Osmar Meletti, diretor da rádio, ouviam. Foi aprovado, e trabalhou na emissora durante três meses. uma tarde, foi chamado às pressas para ser repórter de campo, e não foi bem. Atrapalhou-se demais, e Mendes Ribeiro, outro diretor da Guaíba, o chamou para dizer que ele ainda estava "muito verde". No dia seguinte, foi dispensado da rádio.

No mesmo ano, tornou-se diretor de programação e o principal narrador esportivo da Rádio Difusora de Porto Alegre, onde ficou por cinco anos. Foi em 1961, nesta emissora, que narrou seu primeiro Gre-Nal. Em 1964, ao colocar no ar uma entrevista com o trabalhista Sereno Chaise, desagradou os militares, sofreu pressão e, sem apoio da rádio, pediu demissão.

Dias depois, assumiu a direção de esportes da Rádio Farroupilha. Logo depois, virou diretor artístico. Em 1969, saiu da Rádio Farroupilha, aceitando um convite para retornar à Rádio Guaíba para ser diretor de programação e o segundo locutor da emissora. No mesmo ano, tornou-se diretor-superintendente da TV Piratini. Na Rádio Guaíba, participou de grandes projetos, narrou jogos do Pelé e sua primeira Copa do Mundo, em 1974. Entre 1978 e 1984, foi vice-presidente de Rádio na AGERT.

Em 1984, deixou a Rádio Guaíba e passou a trabalhar na Rádio Gaúcha, com direito a anúncio em página inteira no jornal Zero Hora. Na emissora, tornou-se gerente de programação, mais tarde, diretor-geral, e participou de três Copas do Mundo, e a última delas foi em 1994. No final de 1995, após a final do Mundial de Clubes, entre Grêmio e Ajax, encerrou sua carreira como narrador esportivo, e passou a se dedicar apenas ao jornalismo geral, como apresentador matutino do "Gaúcha Atualidade", justamente no lugar de Mendes Ribeiro. No entanto, não deixou a carreira esportiva por completo, já que, em 1998, foi diretor da cobertura da Copa do Mundo.

Em todas as emissoras onde trabalhou, comandou a cobertura de todas as Eleições. Para os gaúchos, o criador do bordão "alô, amigos" eternizou as conquistas do tricampeonato Brasileiro do Inter, de duas Libertadores e do Mundial do Grêmio, e do tetracampeonato da Seleção Brasileira. No ano de 1996, Ranzolin foi admitido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso à Ordem do Mérito Militar, no grau de Oficial Especial. Em 2006, anunciou sua aposentadoria.