Fatos que reforçam o argumento de que não seja o carro que valha tanto é que não há sequer menções sobre o ano, modelo ou quilometragem percorrida. Além disso, a falta de capricho do atual proprietário em tirar as fotos é visível, visto que ele sequer lavou o carro, já que ele está coberto de sal, coletado em algum trecho de estrada.
Placas de identificação veiculares customizadas ou antigas que se tornaram uma tendência ou símbolo de algo atual e famoso se tornaram um grande nicho de mercado em algumas partes do mundo. Casos recentes são as placas veiculares "O 10" e "F1". No entanto, no Estado de Nova Iorque, quando o assunto são placas de identificação de veículos automotores, as coisas funcionam de forma diferente.
Pode-se notar que as placas de identificação "NEW YORK" presentes neste Volvo V70 Wagon não são do design original de 1970, mas são de um design remodelado recentemente pelo Estado, que permitiu que as placas veiculares, a um pequeno custo por parte do proprietário, possam ter seus designs atualizados.
De acordo com a publicação da duPont Registry, o proprietário atual das placas "NEW YORK" sugeriu que seu pai as comprasse no final dos anos 1970, quando foram iniciadas as customizações opcionais. A família circulou em vias públicas com as palavras "NEW YORK, NEW YORK" na dianteira e na traseira de seus veículos por quatro décadas. Embora o anúncio diga que as placas podem ser transferidas para qualquer outro veículo, o Departamento de Veículos Automotores de Nova Iorque explicita que as placas de identificação não podem ficar no carro quando ele é transferido. Ou seja, diferentemente de países como o Brasil, por exemplo, onde as placas "nascem e morrem" com o carro, assim como na supracitada Inglaterra e no Empire State, as placas de identificação são do proprietário.
No entanto, diferentemente do que ocorre em outros países, o Estado de Nova Iorque não permite que o dono transfira a propriedade de placas veiculares para terceiros, nem mesmo a integrantes da família. O Empire State dá duas opções: ou o proprietário devolve suas placas ao Departamento de Veículos Automotores ou as transfere para outro veículo, desde que este tenha sido adquirido em seu nome.
As mesmas regras se aplicam tanto às placas originais quanto às customizadas. Caso você tenha vendido um carro e ainda não tenha adquirido outro, você pode deixar as placas guardadas no Departamento de Veículos Automotores de Nova Iorque até que você adquira outro veículo ou venha a falecer. O novo proprietário de um veículo não pode usar as placas de identificação do antigo proprietário, já que elas precisam ser substituídas pelas de propriedade de quem comprou o veículo.
A minha opinião acerca do caso deste Volvo V70 Wagon é que o pai do anunciante morreu e o Estado de nova Iorque não pediu as placas veiculares de volta, ou a família não quis devolvê-las. Soma-se isso ao fato de o local onde as fotos do carro foram tiradas seja um hangar, onde há um avião monomotor.
Ou seja, tudo me faz crer que se trata de uma família abastada, e mesmo que nem ela nem quem compre este carro não possa retirar estas placas veiculares e colocá-las em outro veículo, não quer se desfazer delas por tão pouco, já que a combinação do nome do Estado norte-americano e da cidade mais populosa do mesmo forme o título de uma das músicas mais famosas de Frank Sinatra.
Moral da estória: há alguém que esteja disposto a pagar 20 milhões de dólares por um Volvo V70 Wagon usado?
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