Em 2020, depois de permanecer 118 anos na mesma família adornando alguns carros da Austin, Mini, Vauxhall, Ford, Peugeot e Jaguar, o bisneto de Charles pôs a placa "O 10" à venda através da Silverstone Auctions. O novo proprietário a adquiriu pela bagatela de 128.800 libras esterlinas.
Diferentemente do Brasil e em alguns Estados norte-americanos, onde uma placa de identificação "nasce" e "morre" com o veículo, na Grã-Bretanha a placa possui um proprietário e, quando ele deseja colocar a placa em outro veículo, ele precisa ir até um posto de serviço para realizar a troca.
Isto criou um nicho de mercado, que atraiu investidores, especuladores e profissionais de marketing, com anúncios em jornais de veiculação em massa e classificados de revistas especializadas. Com isso, os preços de placas veiculares inflaram, principalmente aquelas cujas combinações de letras e números formam palavras. Por enquanto, a placa de maior valor arrematado é "25 O", vendida em leilão no ano de 2014, para o proprietário de uma Ferrari 250 GT... Berlinetta, por 518.480 libras esterlinas.
De acordo com reportagem da Car Magazine, em 2018, o mercado de compra e venda de placas veiculares fez girar mais de dois bilhões de libras esterlinas na economia britânica.
Estima-se que a placa de identificação "F1", vendida em 2008 por 440.625 libras esterlinas, valha atualmente um milhão de Queen Elizabeths, embora já tenha sido anunciada por um valor catorze vezes maior, quantia suficiente para adquirir um McLaren F1.
O novo proprietário da placa "O 10" pediu para que ficasse no anonimato. No entanto, caso ele a coloque em um de seus veículos, alguém que cruze seu caminho o descobrirá, e muito provavelmente ouvirá uma longa história. Enquanto isto não acontecer com você, você já pode conhecer um pouco da mesma no site da Silverstone Auctions.
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