Os autômatos de Jaquet-Droz

The three Jaquet-Droz automata: "The Musician", "The Draughtsman" and "The Writer"
A família Jaquet-Droz, de origem suiça, ficou famosa no século 18 por construir diversos relógios e autômatos, que são uma espécie de brinquedos que tocam música ou outras atividades. Exemplos que podem ser citados são as caixinhas de música, como aquelas que possuem bailarinas.

Mas as criações que realmente colocaram o nome desta família na história foram as que foram construídas entre 1768 e 1774 por Pierre Jaquet-Droz, seu filho, Henri-Louis, e Jean-Frédéric Leschot: a Musicista, o Desenhista e o Escritor. São máquinas tão bem feitas que são consideradas por muitos os precursores dos computadores modernos.

Estes três autômatos foram desenvolvidos para serem usados como forma de propaganda da empresa, a fim de aumentar as vendas de relógios. A Sociedade Histórica e Arqueológica de Neuchâtel comprou estes autômatos em 1906, por 75 mil francos em ouro, e as máquinas foram colocadas no museu dos compradores.

A Musicista é uma tocadora de órgão. A música é realmente produzida pelo instrumento, construído especialmente para o autômato. A boneca mexe a cabeça, os olhos, os dedos, o tronco e o peito, dando a impressão de que respira.

O Desenhista é uma criança que faz quatro desenhos diferentes: um retrato de Luís XV, um casal Real (acredita-se que seja Maria Antonieta e Luís XVI), um cachorro com os dizeres "mon toutou" (meu cãozinho), e um cupido dirigindo uma carruagem puxada por uma borboleta.

Este autômato funciona por meio de um sistema de comandos que codificam os movimentos da mão em duas dimensões, e outro comando para levantar o lápis. O boneco também se move em sua cadeira, e, de vez em quando, "sopra" sobre o lápis, para remover a poeira.

O Escritor é o mais complexo dos três autômatos. Para cada letra do alfabeto, há um sistema similar ao do Desenhista, o boneco pode escrever qualquer texto de até quarenta caracteres. O texto escrito pelo boneco raramente mudava, e um dos últimos foi em homenagem ao presidente François Mitterrand, quando estava viajando pela cidade.

O texto é programado em uma roda, onde as letras são ordenadas uma a uma. O autômato usa uma pena de ganso para escrever, e vai recarregando a tinta à medida que escreve as letras, além de agitar o pulso, para evitar que a tinta se espalhe. Seus olhos seguem o texto que está sendo escrito, e a cabeça se move para ver onde está a tinta, quando vai recarregar a pena.

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