As razões da esclerose de Bernie Ecclestone


É certo que quase todos os fãs da Fórmula 1 estão enfurecidos com as recentes declarações de Bernie Ecclestone a respeito das ameaças ao GP do Brasil e outros circuitos tradicionais da categoria máxima do automobilismo. No entanto, é importante observar porque o CEO da F1 está "morrendo de amores" pelos asiáticos.

Muito mais pela razão financeira, o principal motivo pelo qual alguns circuitos europeus estão perdendo espaço para os "tilkódromos" do Oriente atende pelo nome de infra-estrutura.

Cingapura, por exemplo, possui o aeroporto de Changi, o mais moderno do planeta, e, apesar de suas paisagens artificiais de concreto e luz, possui educação gratuita de qualidade, a hospitalidade é magnífica e o bem estar coletivo é posto em primeiro plano. Tudo isto acaba de estendendo para os países que estão recebendo a Fórmula 1 pela primeira vez neste início de século.

Em compensação, faça-se um comparativo com o Brasil, por exemplo. Os aeroportos são de péssima qualidade, comparados aos do exterior, as ferrovias estão sucateadas em sua quase totalidade onde não são inexistentes, as rodovias são de péssima qualidade, não há incentivos para formas de transporte alternativo. O resultado: todos os dias, notícias de congestionamentos quilométricos.

Além disso, a falta de respeito do público, que age na base do "pachequismo" do que propriamente com o fanatismo pelo automobilismo, é constantemente visto no GP do Brasil. Desrespeito com alguns pilotos de outras nacionalidades, que, eventualmente, disputam o título com brasileiros, falta de senso de bem estar coletivo, entre outros, transmitem uma péssima imagem para o resto do mundo. Será que o episódio de 2008 com Timo Glock e Lewis Hamilton no Autódromo José Carlos Pace tenha contribuído para a transferência da prova de encerramento da temporada a Abu Dhabi?

A infra-estrutura é o ponto-chave dessa nova "tendência" da Fórmula 1, de sair dos locais que proporcionaram corridas e fatos históricos, para atingir novos "horizontes", nunca antes tocados por qualquer categoria do automobilismo.

O efeito colateral disto, se houver, será sentido em alguns anos ou décadas. Um exemplo pode ser a perda do interesse do público ao redor do planeta, principalmente o europeu, que ainda não se acostumou a levantar cedo tantas vezes durante o ano para assistir corridas. Outro pode-se perceber em alguns dias: o Grande Prêmio da Coreia do Sul pode não ser realizado em virtude do circuito não ficar pronto a tempo.

Um comentário:

  1. coincido, os tigres asiáticos e os estados do oriente médio, tem dinheiro, infraestrutura, vontade de aparecer, e um povo educado. merecem sim receber datas no campeonato.

    chateia a monotonía no design de Tilke, quase todos os seus circuitos são iguais, exeto "aquele" desenhado num guardanapo no meio de um churrasco com os amigo, cé sabe de que tou falando hein?

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