Uma piada!

É assim que posso resumir a prova de abertura da Stock Car Brasil, ontem, no Autódromo José Carlos Pace, mais conhecido como Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

Capôs voando, pés de pilotos "fritando" com o calor e regados a suor, punições aplicadas a uns e não a outros pela mesma situação... enfim, uma bagunça generalizada, foi o que virou, o que já dizem há anos, a categoria mais importante do automobilismo brasileiro.

E este que vos fala foi mais um dos idiotas que pararam na frente do computador para assistir a prova ao vivo.

Sim, IDIOTAS, somos nós, fanáticos por automobilismo, sim, mas que vemos o programa brasileiro de formação de talentos para a Fórmula 1 ir por água abaixo, e agora temos de nos contentar com a desorganização da Stock Car e a destruição de pistas que se tornaram templos do automobilismo mundial, como o Autódromo de Jacarepaguá.

E ainda somos obrigados ouvir de Rafael Lopes, depois do terceiro ou quarto capô que voava, que o motivo dessa barbaridade é que o carro é um projeto novo e que ainda tem de ser melhorado. Ora, então quer dizer que estão entregando bombas-relógio em potencial para os pilotos? E outra, isso denuncia que estão ocorrendo muitos toques entre os pilotos. Seria a falta de esportividade "correndo solta" na Stock Car?

Bem, idiotas não somos, mas sim, tratados como...

É nisso que virou a "Estoque", como escreve Flávio Gomes. Uma categoria que se submete às exigências da Globo, única transmissora da categoria, e cria duas paradas obrigatórias, uma para reabastecimento e outra para troca de pneus, e todas sob safety car, para reagrupar os carros, tudo isso porque? Para que a Globo, que transmite somente os dez minutos finais das provas, proporcionar emoção artificial aos telespectadores.

Isso pode dar até PROCON, porque a Globo prometeu transmitir ao vivo a etapa, mas não disse que seriam só os dez minutos finais...

O cenário automobilístico brasileiro é o seguinte: quem quer disputar campeonatos de Kart no Brasil tem que dispendiar quantidades absurdas de dinheiro, e ainda tem que disputar categorias de acesso na Europa ou Ásia, se quiser chegar à categoria máxima do automobilismo. Depois, quando não tiver mais pilotos brasileiros na Fórmula 1, não saberão porque... claro que saberão, mas não darão o braço a torcer...

E tenho dito.

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