Famosa pelo estilo de jogo elegante e pela potência do saque, Maria Esther Bueno entrou para a história em 1960, ao se tornar a primeira mulher a ganhar os quatro Grand Slams (Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e U.S. Open) jogando em duplas num mesmo ano, sendo três com Darlene Hard e um com Christine Truman Janes.
Segundo o ranking da Federação Internacional de Tênis, Maria Esther Bueno foi a tenista nº um do mundo em 1959, na categoria individual feminina. O International Tennis Hall Of Fame a incluiu como a melhor tenista do mundo em 1964, mesmo depois de perder a final no Torneio de Roland Garros, mas conquistar os torneios de Wimbledon e o U.S. Open, e em 1966.
Maria Esther Bueno também inseriu seu nome no Livro dos Recordes. Na final do U.S. Open de 1964, contra a americana Carole Caldwell Graebner, a brasileira venceu a partida em apenas 19 minutos.
Em seus vinte anos de carreira, colecionou 589 títulos internacionais. Entre os principais destaques, estão a conquista dos torneios individuais de Forest Hills, onde era disputado o U.S. Open, em 1959, 1963, 1964 e 1966, e os de duplas de 1960 e 1962, com Darlene Hard, e de 1968, com Margaret Smith Court.
Conquistou também os torneios individuais de Wimbledon, na Inglaterra, em 1959, 1960 e 1964, e os de duplas em 1958, com Althea Gibson, 1960 e 1963, com Darlene Hard, 1965, com Billie Jean King, e 1966, com Nancy Richey.
Em 1963, nos Jogos Pan-Americanos de São Paulo, Maria Esther Bueno era a favorita para conquistar três ouros. Entretanto, nas vésperas do torneio, teve o azar de ser mordida por um cachorro, presente de uma "amiga", e um de seus dedos da mão direita acabou rasgado. Mesmo jogando com proteção no local, conquistou o ouro no individual e levou a prata nas duplas feminina e mista.
Em 1958, 1961 e 1965, ganhou os torneios individuais do Aberto da Itália. Durante a carreira de Maria Esther Bueno, ainda não havia o Torneio dos Campeões, que define o campeão da temporada. Por isso, em virtude de sua performance, a brasileira foi declarada campeã mundial em 1959, 1960, 1964 e 1966.
No ano de 1967, em virtude de uma contusão no braço direito, a sua carreira praticamente foi encerrada. Em Wimbledon, quando ainda não existia o tie-break, ela jogou por mais de dez horas seguidas, em partidas de duplas femininas e de duplas mistas, até que sofreu uma irritação do tecido que liga o músculo do antebraço ao cotovelo, lesão mais conhecida como tennis elbow, epicondilite lateral ou "cotovelo de tenista". Após várias cirurgias, Maria Esther Bueno voltaria a jogar na década de 1970, mas sem repetir o mesmo sucesso de antes.
Em novembro de 1978, Maria Esther Bueno foi homenageada com a inclusão de seu nome na galeria do International Tennis Hall Of Fame, numa cerimônia realizada em Nova York, no Hotel Waldorf-Astoria. Além disso, ganhou uma estátua de cera no museu londrino Madame Tussauds, um feito considerado pelos padrões ingleses como a glória das glórias.
No U.S. Open de 2006, Maria Esther Bueno foi convidada para a cerimônia de renomeação do USTA National Tennis Center para USTA Billie Jean King National Tennis Center. Bueno e King eram rivais nos torneios de simples e parceiras nos de duplas. De acordo com Bueno, os únicos jogadores convidados foram aqueles que venceram o evento mais de duas vezes, e ela conquistou este torneio quatro vezes.
No mesmo ano, Bueno estreou como comentarista para o canal de esportes por assinatura SporTV. Ela comentou durante as semifinais femininas e a final masculina de simples. Ela também deu suas opiniões durante a transmissão ao vivo da introdução de Martina Navratilova e Don Budge na Court Of Champions, e também opinou em mesas-redondas nos últimos três dias do evento.
Nos seus últimos anos de vida, Maria Esther Bueno esteve em atividade como comentarista de partidas de tênis para o mesmo canal SporTV.
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