Esta foi a tecnologia que detectou irregularidades na bicicleta ciclocross usada pela atleta holandesa Femke Van den Driessche no início de 2016. Esta tecnologia faz uso de três periféricos: um iPad Mini, um magnetômetro e um aplicativo.
Só que a solução, de aparente simplicidade, não é barata. A UCI trabalhou com diversos parceiros, como a Typhoon Bicycles, para desenvolver um sistema robusto e confiável para a detecção de fraudes mecânicas em bicicletas.
O teste foi realizado em uma e-bike Typhoon, que se parece muito com uma bicicleta speed, mas possui um motor elétrico dentro do quadro e uma bateria no lugar da garrafa de líquido. Esta bicicleta é somente vendida a consumidores finais. Os fundadores da Typhoon emprestaram uma e-bike à UCI para que pudesse usar seu sistema de detecção de fraudes mecânicas à prova.
Primeiro, o sistema precisa passar por uma calibração. Para isso, usa-se uma bicicleta "limpa". Após, realiza-se o mesmo procedimento de escaneamento na bicicleta que participa de uma competição. Se há algum motor elétrico ou outro recurso de melhora ilegal de performance, mesmo que esteja desligado, é detectado por causa da maior densidade de fluxo magnético detectado pelo aparelho conectado ao iPad. Este processo de detecção de doping mecânico leva por volta de 20 a 30 segundos por bicicleta.
"Há um enorme interesse nesta área, só que a tecnologia ainda precisa passar por pesquisas e testes, então não podemos ainda levá-la a grandes competições, mas os parceiros colaboraram para que tenhamos um grande sistema em mãos", disse Brian Cookson, presidente da UCI.
No entanto, algumas críticas surgiram após a demonstração da UCI. A emissora de televisão francesa Stade 2 e o jornal italiano Corriere della Sera acham que somente equipamentos capazes de produzir imagens termais, como câmeras de detecção de calor, podem constatar tais fraudes.
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