Destruição de relíquias

O programa de renovação de frota idealizado pelo governo americano em 2009 durou dois meses, e mais de 700 mil novos carros foram comprados pelos habitantes daquele país, com subsídios do governo.

Os novos carros, são, em média, 58% mais eficientes no consumo de combustível, claro, mas vamos parar para pensar: quantos supercarros antigos, sonhos de qualquer entusiasta, foram simplesmente "assassinados a sangue frio" pelos intermediários que recebiam os carros em nome do governo?

Prepare-se para ouvir a resposta: 123 Corvettes, 76 Mercedes-Benz, 3 Mitsubishi 3000GT, 1 Aston Martin DB7 Volante, 1 BMW M3, 1 BMW M5, 1 TVR 280i, 1 Mazda RX-7, entre inúmeros outros.

Os carros antigos não são muito cultuados pelos americanos, em virtude da alta carga tributária que incide sobre os mesmos. Mas uma coisa está errada: qualquer carro, seja um Suzuki Swift ou um Aston Martin, valia, para o governo, 4.500 dólares. Esse valor era reembolsado para o antigo dono do carro, que, assim, poderia comprar um novo.

O processo de destruição do carro antigo era cruel: a água e o óleo do motor eram retirados, e uma solução de silicato de sódio era injetada, o motor era ligado e funcionava em plena aceleração até fundir e ficar completamente inutilizável.



Se, ao invés de destruir o carro, o governo americano revendesse o carro para outros países a preços módicos? Com certeza, mataria dois coelhos com uma cajadada só: deixaria felizes tanto o americano, de carro novo, e um entusiasta de outro lugar do mundo, com uma relíquia na garagem. Candidatos para compra não iriam faltar, e até um leilão, quem sabe, beneficente, poderia ser realizado.

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