O governo da China revisou nesta quarta-feira a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2007 para 13%, ante os 11,9% previstos inicialmente, superando assim a Alemanha como a terceira maior economia do mundo. Na sua frente, estão apenas os Estados Unidos e o Japão.
Segundo novos dados divulgados pelo Departamento Nacional de Estatísticas, o PIB chinês alcançou US$ 3,764 trilhões (2,844 trilhões de euros) há dois anos, acima dos US$ 3,320 trilhões da Alemanha. Os EUA, considerados a maior economia do mundo, tinham um PIB de US$ 13,8 trilhões, seguido pelo Japão, que registrava um PIB de US$ 4,38 trilhões.
O avanço no PIB chinês foi impulsionado principalmente pelo forte crescimento do setor industrial e dos serviços, que expandiram 14,7% e 13,8%, respectivamente, em 2007.
A taxa de crescimento revisada, divulgada pela agência nacional de estatísticas, é a maior desde 1993, quando a economia chinesa teve expansão de 13,5%. A agência de estatísticas deve divulgar na próxima semana o desempenho da economia chinesa em 2008.
Apesar do forte crescimento de 2007, as previsões para o PIB ano passado são bem menos otimistas. Devido à crise financeira global, que atinge em cheio a demanda chinesa, a economia chinesa já vem mostrando desaceleração. No primeiro trimestre de 2008, o avanço teria sid de 10,6%, no segundo, de 10,4% e no terceiro, de 9%.
Nos nove primeiros meses de 2008, a China teria crescido 9,9%, abaixo dos dois dígitos pela primeira vez em cinco anos. Nesta quarta-feira, a agência oficial de notícias chinesa também divulgou uma pesquisa do Deutsche Bank que mostra que o avanço do PIB da China pode cair de 9% em 2008, para 7% em 2009.
A instituição alemã acredita que a queda na demanda externa e a desaceleração dos investimentos nos setores imobiliário, fabril e de minérios pode afetar os resultados chineses neste ano. Há também a expectativa de que o país sofra com a deflação. No final de novembro, o Banco Mundial (Bird) revisou suas previsões de crescimento para o gigante chinês no ano passado, de 9,8% para 7,5%.
O Globo
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