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A falta de bons profissionais no marketing digital: de quem é a culpa?

O mercado de comunicação e de marketing digital é sem dúvida um dos que mais crescem no Brasil. Agora mais de 75 milhões de pessoas estão na web e, de acordo com um estudo, a classe C está altamente valorizada pelas marcas devido ao seu alto poder de consumo, além de ser a classe que representa 52% dos acessos no Brasil.

Os jovens estão cada vez mais conectados, passamos mais tempo na frente do PC do que da TV, e a popularização da banda larga no país está levando os anunciantes a repensar o papel da web em suas estratégias de marketing.

Para as marcas que trabalham bem o canal, e atualmente já temos várias delas, o retorno tem sido de ótimo para excelente. Vendas aumentam, o reconhecimento de marca também segue a mesma proporção, pessoas falam melhor das marcas nas redes sociais, crescimento de vendas online, melhora da reputação de marca e no relacionamento com cliente. A consequência disso é o aumento no lucro da empresa.

Ainda estamos engatinhando na web, nem todas as marcas conseguem enxergar o potencial e a melhor forma de trabalhar direcionado para o meio digital, mas é indiscutível que a evolução nesses últimos três anos é enorme.

Vamos citar um exemplo: o Fiat Mio, um case de interação, relacionamento e inovação - sem pensar em vendas diretas do produto, que, aliás, nem será vendido.

Mesmo assim, o ganho em base de dados de clientes é impressionante. Se as pessoas não quisessem falar, se expor, saber o que está acontecendo, opinar, interagir, indicar, o Facebook seria apenas uma produto para arrumar namorada em Harvard.

Com todo esse crescimento, o mercado está cada dia mais aquecido. Para quem trabalha na área, sabe o quanto as agências estão contratando, ou melhor, querendo contratar.

Os anunciantes estão mudando o posicionamento em relação ao meio e também montando departamentos dentro das empresas para atender exclusivamente o digital, além de trabalhar em parceria com as agências digitais.

Esse é um movimento crescente que não tem data para acabar, mas, como sempre, nem tudo é perfeito.

Por mais que haja demanda, não existem ainda profissionais suficientes no mercado. E por que isso? Primeiro porque as faculdades estão atrasadas. Como disse no começo deste texto, os jovens estão cada vez mais conectados e aí vivemos um grande paradoxo.

As faculdades têm como público-alvo jovens de 17 a 19 anos. Sabe-se que esse público é heavy user de internet (isso sem falar de mobile, games, blogs, etc.). As faculdades investem pesado em mídia online na época de vestibular, mas por que os cursos de comunicação, publicidade, marketing e propaganda não ensinam sobre web?

O que está acontecendo é que muitos jovens estão chegando ao mercado com a visão de que sabem tudo sobre web simplesmente porque conseguem baixar um filme no Torrent, ou porque têm 2 mil amigos no Facebook ou então porque fizeram um vídeo no YouTube que possui 10 mil visualizações.

Mas o que esses jovens sabem sobre estratégias digitais? O que eles conhecem sobre comportamento do consumidor? E sobre a compra de banner em home de portal? E aplicativos para iPhone? Sabem sobre arquitetura de informação ou design estratégico? Não! E onde deveriam aprender? Na faculdade, que não ensina nada sobre web.

Algumas universidades têm aberto cursos de curta e média duração voltados ao mercado digital. Não é difícil ver esses cursos lotados ou recebendo turmas extras porque a procura foi grande.

Já existem faculdades com cursos de pós-graduação em marketing digital, o problema é que o aluno passa 4 anos sem ver nada de estratégia para chegar em uma pós e tentar entender alguma coisa sobre o assunto.

Uma pós parte do princípio de "especialização", na qual aluno já tem conhecimento e quer aprofundar, mas isso nem sempre ocorre.

No momento, dou aula na pós de planejamento de Marketing Digital em uma faculdade em São Paulo e acompanho de perto um pessoal bem motivado com o crescimento da web. Profissionais que querem fazer a diferença, crescendo no mercado por talento, vontade e porque correm atrás. Isso é válido e essencial, mas ainda reforço que é necessário uma base para que o sucesso profissional venha mais rápido.

Quando veremos as faculdades saírem do marasmo e olharem para um futuro que já começou?

iMasters

Há um Mark Zuckerberg na sua empresa? Saiba como identificá-lo

Nenhum fenômeno de bilheteria lançado em 2010 conseguiu surpreender tanto quanto A rede social. Ancorado na popularidade do Facebook, o filme oferece como maior atrativo contar a história de Mark Zuckerberg - o mais jovem bilionário no ranking da revista Forbes.

Aos 20 e poucos anos, Zuckerberg apresenta, no limite como apresentado no filme, as virtudes e os vícios dos jovens inteligentes, impetuosos e ambiciosos da era digital.

Seria uma particularidade dos cerca de 73 milhões de pessoas entre 20 e 30 e poucos anos denominada de Geração Y? Não mesmo! A história é pródiga em exemplos de jovens extraordinários e que mudaram o mundo.

Talvez o fato novo seja que jovens, como o criador da mais popular rede de relacionamento, estejam revolucionando o mundo dos negócios. Aliás, estão criando o mundo dos novos negócios e novos mercados.

Um fenômeno da Era Digital? Em grande parte sim. A Era Digital, com suas possibilidades quase ilimitadas, acende a fogueira da curiosidade (e das vaidades, claro) além da tentação de testar limites, algo inerente aos jovens.

Uma conseqüência é o pânico dos jovens que nasceram na transição analógico-digital (Geração X) e os nascidos na era analógica (Baby Bommers) em gerenciar o que é ingerenciável (como pais ou como gerentes): paixões! E um mundo de possibilidades nunca antes imaginadas.

Uma característica dessa realidade, ao mesmo tempo instigante e deletéria, é a velocidade, a urgência e ansiedade gerada pela sensação de obsolescência.

A inovação de ontem será ultrapassada amanhã. A abundância, e não a escassez de recursos, informações e de possibilidades se torna um problema. E gera culpa, nunca mitigada, numa geração quase sem culpa. Não mais a dicotomia: capitalismo ou socialismo? Só a urgência: ser feliz aqui e agora! (sem as questões filosóficas que "ser feliz" pode suscitar).

Quem, além da geração Y, está mais adaptado a um mundo em que a única certeza é a mudança contínua e vertiginosa?

Quem, senão um Y, exposto a dispositivos digitais desde a infância, pode lidar, com invejável desenvoltura, com as novas tecnologias, incluindo a grande capacidade de navegar e explorar a Internet de forma intuitiva?

O que resta ao menos adaptados, os X, os baby bommers e aos que vieram antes, senão criar as condições para que os da Geração Y façam o que sabem fazer melhor?

Vivendo nas redes sociais, os Y estão mais propensos em confiar naquilo que se espalha no marketing viral do boca a boca do que na publicidade tradicional. Por isso se adaptam facilmente a rotinas de trabalho mais colaborativos e desenvolvidos em equipe.

Sim, nessa turma a cooperação e individualismo coexistem. Deles, não espere reuniões monótonas, impositivas e prepare-se para uma apaixonada defesa de pontos de vista e um desconcertante pragmatismo.

Porque tudo lhes parece fácil e simples, e porque estão conectados com muitas pessoas e muitas informações simultaneamente, podem perder o foco e, não obstante a criatividade, podem não transformar as ideias em inovações ou produtos e serviços úteis.

E é aí que pessoas de gerações anteriores podem ser eficazes: como mentores ou coaches dos Y. Mas esqueça os estilos gerenciais que fizeram as gigantes empresas da era industrial o que foram décadas atrás.

A autoridade que aceitam é aquela advinda da competência técnica e da reputação de quem pretende comandá-los. E sabem distinguir autoridade de autoritarismo que rejeitam. Para eles, ordem e progresso não andam juntos. Progresso, sim; ordem, nem tanto.

Quer que um Y seja produtivo? Ele será, se o gerente aprender a negociar o resultado esperado. A Geração Y gosta de "trocar": trocar ideias, trocar coisas, trocar resultados e comprometimento por um trabalho com significado, desafio, aprendizagem, liderança inspiradora, ambiente de trabalho agradável e divertido.

A Geração Y gosta de lugares e pessoas divertidas. Aliás, está ensinando às gerações precedentes que o trabalho pode e deve ser divertido. Expressões como IFT (índice de felicidade no trabalho) e FIB (felicidade interna bruta) fazem parte do léxico corporativo.

Mas é esse o habitat de um Mark Zuckerberg? Pode haver um Zuckerberg na sua empresa?

É quase certo que não. Se há outros - e deve haver - ele provavelmente deve estar criando mais uma nova empresa por aí. Está criando um novo mercado (e você ainda vai comprar dele algo que ainda nem sabe que precisa).

Ele talvez até já tenha passado por sua empresa e você não reparou. Talvez seja aquele jovem cheio de ideias que ninguém levava muito sério e para quem os gerentes não tinham tempo nem paciência. Ou aquele empregado-problema, rebelde, irritante, insubordinado, que não cumpria horário, estourava prazos, orçamentos e só fazia perguntas quando você queria respostas.

É quase certo que você quisesse reter um Mark Zuckerberg se ele tivesse as virtudes do gênio que ele é, mas não vícios do homem açoitado por paixões e interesses nem tão virtuosos assim (pelo que se acompanha pelo filme). Mas aí ele não seria a personalidade do ano. Seria?

Na dúvida, melhor dialogar com os Y que habitam sua empresa. Quer saber o que pensam? Pergunte a eles o que querem, pensam e sentem. Exatamente como faz com os seus clientes especiais.

Quem sabe você não descobre em um Y de seu time de talentos com potencial de um Mark Zuckerberg?

iMasters

As redes sociais vendem?

As redes sociais podem ser uma boa ferramenta de marketing para uma empresa. E o que você pensa ao ler a pergunta "as redes sociais vendem?".

Você pode questionar, e dizer que o foco das redes sociais não é a venda e sim a comunicação (interação) com o os clientes e potenciais clientes do seu negócio. Essa é uma questão na qual concordo totalmente e tenho obtido ótimos resultados com essa forma de trabalho.

Mas, elas vendem ou não?

As redes sociais podem ser usadas de diversas maneiras por empresas, sites, blogs e por pessoas que não têm um objetivo "comercial" envolvido.

01. Empresas

Podem ter como objetivo o atendimento rápido aos seus clientes e o monitoramento das suas marcas com o intuito de antecipar alguns fatos indesejáveis. Pode também servir de termômetro pra avaliar como sua marca/produto está posicionado e sendo vista pelo mercado. Além disso, as redes sociais podem ser usadas para interagir com o seu público alvo, realizar promoções, concursos, sorteios e discussões onde o tema esteja relacionado a um assunto que esteja ligado a sua empresa ou em qualquer outra forma de interação.

02. Sites e blogs de conteúdo

Já os sites e blogs de conteúdo possuem pontos que se assemelham aos objetivos das empresas, diferenciando no fato que o produto "vendido" é o conteúdo gerado (artigos, post, vídeos...). E assim como um produto físico ou uma prestação de serviço, esse conteúdo deve ser de qualidade e diferenciará um site/blog bom de um ruim. A interação com o público também é fundamental para avaliar o nível desse conteúdo.

03. Público em geral

As pessoas, diferentemente das empresas, site ou blogs têm diversos objetivos ao usar as redes sociais, podendo ser para descontrair, passar o tempo, divertir, conversar com os amigos, fazer network e muitas outras coisas que variam de acordo com o tempo disponível de cada ou da criatividade para uso dessas plataformas.

Agora você deve estar se perguntando por que o título desse artigo é: as redes sociais vendem? E não algo como: A importância da interação nas redes sociais.

Saiba que fiz essa introdução para responder. Para empresas, sites, blogs ou público em geral as redes sociais vendem, mas não da forma direta, elas ocorrem de forma indireta. Logo abaixo mostrarei como cada um vende o que tem a oferecer nessa ambiente social.

Como é com as empresas?

As empresas vendem seus produtos de várias formas. A partir do momento que você começa interagir com seus seguidores, oferecer conteúdo significante e que os direcionem para seu site ou que fortaleçam sua empresa. Também funciona quando você cria novidades que vão gerar mais visualização da sua marca, seja com vários RT no twitter, pelo compartilhamento de informações, pelo botão curtir no Facebook ou em discussões nas comunidades no Orkut.

As vendas são apenas consequências da interação da sua empresa/marca com o seu público. Tenho obtido resultados bastante favoráveis com as redes Facebook, Twitter e Orkut, e vendido muito apenas conversando com o público.

Várias vezes me deparei com vendas provenientes dessas redes, sem mesmo precisar ter contato direto com o comprador, visto nos relatórios do Google Analytics (ferramenta gratuita que permite análises do seu site). Em outros casos, tivemos vendas onde o seu início começou nessas plataformas, mas, depois continuamos por outros meios (e-mail, telefone, chat...)

E com os sites e blogs?

Da mesma forma que as empresas, precisam interagir com o público, mas o foco não é a venda de produtos e sim de publicidade ou outros meios que o rentabilize. O ponto principal é angariar visitantes para render as opções de publicidade que é utilizado ali, seja ela por meio de programa de afiliados ou por venda de pacotes publicitários para empresas.

Assim, da mesma forma que uma empresa, seu site terá que estar sempre em contato com seu nicho e gerando conteúdo de qualidade. Na verdade a primeira coisa que você terá que vender é o seu conteúdo, o título nesse ponto é de fundamental importância, pois é a porta de entrada para o conteúdo.

Até aí tudo bem. Mas e uma pessoa, o que ela venderia?

Com essas mudanças na internet e devido à grande influência da web 2.0 as empresas estão contratando e analisando as pessoas nas redes sociais. É dessa forma que pessoas também "vendem" a sua marca pessoal (marketing pessoal) para as outras pessoas e empresas. Uma rede social muito usada para esse fim é o Linkedin.

Se você já está empregado ou não está à procura de um emprego, fica a dica: continue vendendo sua marca pessoal e fique atento ao que fala nas redes. Há casos de demissões por causa de comentários inadequados deixados na web, e até outras não foram contratadas por participarem de determinadas comunidades no Orkut. Eu não gostaria de contratar uma pessoa que participa da comunidade "Eu sou muito preguiçoso", e você?

iMasters

A falta de mão de obra na área digital


Para César Paz, da AG2, qualquer agência de médio porte tem entre 10 e 15 vagas em aberto
Os números do Projeto Inter-Meios mostram que a internet é o meio que mais cresce seu faturamento publicitário no Brasil nos últimos anos. No primeiro semestre de 2010, o salto foi de 36,7% frente ao mesmo período do ano passado, totalizando R$ 539,2 milhões, o que lhe dá uma fatia de 4,3% do bolo nacional. As perspectivas para o futuro nem de longe passam por queda ou estabilidade, uma vez que o amadurecimento da internet vem atraindo novos anunciantes e verbas cada vez mais robustas daqueles que já têm como prática a utilização do meio.

Ao mesmo tempo em que esse cenário é celebrado, porém, um problema assola o mercado digital: a escassez de profissionais que dominem ou estejam comprometidos em desbravar o universo da publicidade online. Segundo Luciana Bastos, diretora da área voltada ao recrutamento digital da The Talent Business, os problemas para contratação estão em todas as disciplinas e abrangem os mais variados níveis de experiência, sendo que os cargos que exigem maior maturidade apresentam demanda mais latente.

“Capacidade de liderança e habilidade para gerenciamento de conflitos são algumas das características cada vez mais necessárias e mais difíceis de serem reunidas em um profissional”, comenta. “Isso se deve em parte ao aumento no número de funcionários mais novos contratados para suprir a demanda imediata das agências”, explica.

Apesar disso, Luciana vê como positivo e inevitável o aumento de jovens profissionais na cadeia digital. Para ela, é preciso apenas que as agências e outros empregadores passem a investir pesado em capacitação para formar líderes no médio prazo. Sua opinião é compartilhada por César Paz, presidente da Associação Brasileira das Agências Digitais (Abradi) e da AG2 Publicis Modem.

Segundo ele, se não for feito um trabalho de base com esses jovens talentos, muito em breve os salários pagos a pessoas sem a experiência desejada chegarão a níveis tão absurdos a ponto de encarecerem os serviços prestados e prejudicarem o desenvolvimento sustentável do setor. “As agências digitais crescem, em média, 30% ao ano. Não há desemprego nesse setor, sendo que qualquer agência de médio porte tem entre 10 e 15 vagas em aberto. Nesse cenário, a rotatividade é inevitável e alterá-lo exige menos apelo salarial e mais propostas diferenciadas de projetos e desafios”, acredita Paz.

Para Vinícius Reis, CEO da Euro RSCG 4D Brasil, a falta de equilíbrio entre competência e salário vem se tornando o grande desafio para a ampliação de sua equipe. “Carrego comigo a pesquisa da Abradi sobre cargos e salários para ter coerência na hora de contratar. O problema é que, com frequência, não consigo me distanciar dos valores máximos impressos no levantamento”, conta. “Trata-se de um círculo vicioso em que os seniores são muito valorizados e escassos, o que acaba encarecendo toda a cadeia com profissionais intermediários e juniores. Isso acarreta em uma dificuldade até mesmo para recrutar gente nova e formar mão de obra”, acrescenta Reis.

Sobram oportunidades

Arquitetos de informação, programadores, gerentes de projetos, analistas de search marketing. Para todos esses cargos existem demandas não atendidas. No entanto, entre os inúmeros postos que sofrem com carência de mão de obra especializada, a bola da vez no mundo online é o profissional dedicado ao planejamento.

“Uma pessoa capaz de pensar a comunicação de maneira estratégica mesclando visões dos mundos on e off-line, mas tratando o digital como centro da comunicação está muito difícil de encontrar. Além disso, o mercado digital precisa cada vez mais de profissionais apaixonados pelos problemas do cliente e que estejam preparados para pensarem suas carreiras no médio prazo”, acredita Fabiano Coura, diretor de planejamento da R/GA.

Para o executivo, existe ainda uma quantidade razoável de profissionais empregados e não satisfeitos com o que fazem. “Encontrar essas pessoas que, no geral, são movidas pelo desafio e pela vontade de fazer o mercado evoluir pode ser uma fórmula de sucesso diante desse cenário”, afirma.

Outra agência de renome internacional recém-chegada ao mercado nacional, a Razorfish está em constante processo de busca por mão de obra. Para Fernando Tassinari, diretor geral da operação brasileira, porém, as dificuldades em encontrar profissionais ainda não têm sido alarmante a ponto de fazer a “roda travar”. “Fazemos as escolhas muito baseadas em indicação. Claro que os processos de recrutamento não são rápidos e precisam ser bem pensados, mas estamos também dispostos a desenvolver os talentos que aparecem”, conta Tassinari.

De acordo com Ari Meneghini, diretor executivo do IAB Brasil, todos os dias a entidade recebe ligações de pessoas em busca de recomendações para vagas em aberto. Há também uma grande quantidade de executivos empregados em busca de novos desafios. Tendo isso em vista, o IAB trabalha em uma ferramenta para fazer a ponte entre candidatos e empregadores funcionando como um banco de currículos do setor.

“Anunciantes também estão em busca de pessoas para fazerem a interface com as agências digitais e que entendam o mercado. Isso também vem aumentando a concorrência por talentos”, comenta Meneghini. “É por isso que essa gestão tem como prioridade as parcerias com escolas e universidades como forma de auxiliar na formação de mão de obra”, coloca.

m&m online

Relação de cumplicidade com a criação e planejamento

Tenha uma relação de cumplicidade com a criação e planejamento. É fundamental que você saiba quais foram as diretrizes que levaram ao resultado do conceito da campanha, assim como entender o que se passa pela cabeça dos criativos. Desta maneira você poderá inovar e criar novas oportunidades de mídia.

Alessandro Visconde - Diretor de Mídia Almap BBDO

"Quantas vezes você arrancou um "Uau!" do seu cliente numa reunião? Não leve apenas bons planos de mídia para ele, pois isso qualquer boa agência faz e o cliente costuma falar "OK" . Leve "idéias" que mudam a vida dele e você poderá arrancar um "Uau!" na próxima reunião."

Alessandre Siano – Talent Propaganda

Sugiro o ABC do mídia: Atitude, Bom humor e Conhecimento. Porém antenado, com todos os sentidos em alerta, e queimando os neurônios.

Luciana Schwartz diretora de Mídia da Y&R

"O bom profissional de mídia é aquele capaz de conhecer, entender e utilizar as novas mídias que estão surgindo todos os dias. Digitalização, Interatividade, Convergência e Múltiplicidade de plataformas entre outras coisas serão conceitos fundamentais para os mídias que pretendem construir uma carreira bem sucedida. Além disso, o estudo do comportamento dos consumidores em relação a todo este novo ambiente de mídia deverá fazer parte do dia-a-dia dos profissionais de ponta do mercado".

Luiz Fernando Vieira, sócio diretor de Mídia da Africa

Em um mundo tão dinâmico, veloz e cada vez mais competitivo, a palavra de ordem é DEDICAÇÃO. Entenda profundamente o cliente, a categoria, os concorrentes, o target, e como ele se relaciona com cada um dos meios. Não tenho dúvida que só assim, é possível se diferenciar.

André Cais diretor de Mídia da Africa

"Com a rapidez das mudanças, impostas pela revolução da tecnologia, o profissional de mídia não pode mais dormir 8 horas por noite, pois pode acordar totalmente desatualizado. E atualização é tudo!!!"

Paulo Stephan, diretor geral de Mídia da Talent

“Na relação com os veículos de mídia não deixem de ouvir os ‘loucos’, por mais bizarros que pareçam ser. É imperdoável perder a oportunidade de conhecer em primeira mão grandes idéias, que resultam em projetos de valor, por meros preconceitos”

Flávio Rezende, diretor nacional de Mídia da DPZ

"Sinta, experimente, respire, acompanhe, conviva. Além de buscar dados de pesquisa, procure entender como são os hábitos do público com quem você quer falar. Se não der para estar presente onde ele está, procure alguém, fale com os amigos dos amigos. Mas tenha certeza de que o tipo de mídia que você vai sugerir seja pertinente para esse público. Só não exagere muito como num caso que acompanhei. Em uma grande empresa farmacêutica, a gerência para sentir todas as sensações que o produto despertava no consumidor, fazia também questão de experimentar. Detalhe: o produto era um absorvente higiênico, e o gerente era um homem".

Geraldo Leite, presidente da Singular

“Minha dica é 'ler muito'. Isso hoje é fundamental para o mídia ter conhecimento geral de tudo o que está acontecendo no mundo. Entretenimento, Esportes, Cultura, Tecnologia, Inovação, Negócios e Economia são alguns dos alicerces fundamentais que nos agregam conhecimento e fazem parte do dia a dia da nossa profissão, auxiliando no bom desempenho do nosso trabalho junto aos nossos clientes. Ou seja, temos que buscar a informação aonde quer que ela esteja."

Gian Marco La Barbera, gerente de mídia da Africa

Você é contra certificação? Valeu, popstar!

De uns tempos pra cá muitos artigos em blogs e sites têm aparecido, tanto nacionais quanto estrangeiros, a respeito de como certificações são ruins, não garantem qualidade e que os profissionais não deveriam buscá-las.

Cuidado!

Ao ler um artigo desses, saiba quem está falando e para quem ele está falando. Você se encaixa no perfil de se dar ao luxo de não ter uma certificação?

Analisando um dos argumentos mais comuns dos manifestantes, está o fato de que você não gostaria de trabalhar para uma empresa que valoriza certificação. Uma empresa que provavelmente tem uma área de recursos humanos que vai contratar você como recurso e não como o artista tecnológico que você é, onde você trabalhará de 8 às 17 e terá que preencher relatórios semanalmente para gerentes que não escrevem em blogs.

Esse quadro diabólico geralmente está pintado junto ao seu herói, a falácia de Equipes Ágeis e empresas supostamente bacanas de se trabalhar, como Ggl* ou outras tantas modernas que avaliam o candidato tecnicamente, e não baseadas em suas certificações e diplomas. Aqui no Brasil, dependendo do seu nicho, talvez você já tenha ouvido falar de como é legal trabalhar na Glb.com* e que lá os gerentes de TI não dão valor às certificações.

Ao ler um artigo desses, o profissional concorda com os argumentos por estar cansado de ser tratado como recurso em um ambiente corporativo e por ser óbvio o fato de as certificações serem criadas por empresas de tecnologia a fim de ganharem mais dinheiro e terem mais valor no mercado. Sem contar quando o profissional conhece alguém certificado que não é tão bom quanto ele, que não tem certificação. O profissional se sente enganado e decide que o melhor é aderir a essa pseudo-anarquia, já que os que o fizeram estão tão felizes nos seus blogs e empregos maravilhosos.

Mas antes de dizer não a essa conspiração dos diplomas, sugiro que você reflita sobre quem você é. Você realmente acha que vai conseguir uma vaga nessas empresas bacanas?

Porque o autor do tal artigo rebelde se parece com você apenas ao concordar que certificado não significa bom profissional. Mas você parou pra pensar no que ele, que é contra certificação, teve que fazer pra conseguir um bom emprego? Você tem feito o mesmo? Aliás, você parou pra pensar se ele é certificado? Porque muitos - e eu digo MUITOS! - dos que têm postado artigos contra certificação são, ironicamente, certificados em diversas tecnologias e metodologias, atendem a diversos workshops, fazem diversos cursos E mesmo os que, de fato, não têm nenhum vínculo com a máfia dos selos geralmente são ícones na área e já conseguem provar capacidade de outras formas.

E você? Você é líder ou pelo menos participante de alguma grande comunidade open source? Você é referência como solucionador de bugs nos maiores softwares do mercado? Você é autor de tecnologias que outras pessoas dependem? As pessoas reconhecem você em palestras? É brilhante ou tem pelo menos um portfolio impressionante?

Sinceramente, a maioria de nós não. Somos anônimos e só queremos um emprego, e nessas horas uma certificação pesa muito na hora em que o RH da empresa chata vai escolher os currículos pra entrevista.

Então, ao invés de fechar os olhos e achar que está sendo malandro, pare e pense no que é melhor pra você. Claro que se você preferir se tornar um popstar da galerinha nerd, ótimo, vai conseguir o tal emprego bacana. Mas enquanto isso, fica esperto!

* empresas fictícias

iMasters

O mercado de TI para jovens talentos

A palavra tecnologia vem do grego, tekhno, e designa todo o conhecimento voltado ao desenvolvimento de técnicas, métodos e ferramentas essenciais para a evolução da humanidade e sua sobrevivência.

A tecnologia é hoje uma das áreas mais desafiadoras para os jovens talentos, e as escolhas por aquilo que vão desenvolver ao entrar para o mercado de trabalho, começam cada vez mais cedo. Por isso, precisamos analisar quais são as exigências para aqueles que vão ingressar nas carreiras ligadas à tecnologia da informação (TI).

Há muito, o profissional da área de TI deixou de ser sinônimo de alienado, aquele sujeito com problemas de relacionamento pessoal, vulgarmente conhecido como nerd. Há até um sitcom na TV "The Big Bang Theory", que retrata bem o universo daqueles ligados em tecnologia. E, acreditem, é um sucesso de audiência!

Esse fato não é só mera questão de avaliação da popularidade da categoria, pois as empresas sofrem pela falta de profissionais capacitados. Poucos gostam de ter sua imagem associada à figura do nerd.

O nicho de desenvolvimento de software é crescente e não existe nenhuma indicação de que isso irá diminuir nos próximos anos, em virtude disso a demanda por bons profissionais só tende a aumentar. A nossa sociedade vem se informatizando a cada dia. Todos os setores da economia têm aplicado a tecnologia de alguma forma, seja para apoio ou para o incremento dos negócios.

Com a popularização da computação no ambiente de trabalho, nas universidades e até mesmo nos lares mais humildes, as barreiras com relação à tecnologia e às profissões a ela ligadas felizmente têm diminuído gradativamente. Basta verificar o número de alunos que tem se formado ano após ano pelas universidades de computação em relação às demais áreas do conhecimento.

O profissional da área de tecnologia deve ser, antes de tudo, um empreendedor e entender como seu trabalho se encaixa nos objetivos da organização. Ele precisa aprender a desenvolver a curiosidade, somada a uma boa capacidade de concentração e ter seu foco na resolução de problemas com espírito inventivo e humildade.

O conhecimento técnico já não é diferencial competitivo, porque isso é relativamente simples de se conseguir, seja por meio do fácil acesso à informação de que hoje dispomos pela internet ou pelos cursos que a academia oferece. O que realmente importa é a capacidade do profissional em saber onde e como buscar esse conhecimento.

Os novos desenvolvedores de software podem até mesmo escolher qual área de aplicação da indústria desejam trabalhar. Profissionais especialistas interessados por sistemas básicos ou de infraestrutura podem eleger empresas como a Nevoa Networks, voltada para soluções de gerenciamento e virtualização de armazenamento, ou podem optar por sistemas de CRM - Customer Relationship Management; ERP- Enterprise Resource Planning; ou, ainda, trabalhar com foco em Web ou em sistemas mobile, entre outros segmentos.

Para ter excelência, além das características como vontade de aprender, curiosidade e humildade, os novos profissionais devem ser inovadores. Muitas vezes, ele irá trabalhar com produtos baseados em conceitos já consagrados, mas precisará enxergá-los por um por um novo ângulo e aceitar os desafios propostos pelo ambiente de trabalho.

O profissional do futuro deve ainda estar atento para a área de qualidade de software. Deve ser minucioso na utilização de metodologias de testes, questionar qual a sua participação para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e qual a sua contribuição na preservação do meio ambiente. Não esquecer que a tecnologia está presente em todos os materiais que utilizamos diariamente, como roupas e calçados, remédios, alimentos, perfumes, lazer e nos esportes.

A esperança de cada empresário do setor de tecnologia é que os jovens se interessem ainda mais pela área e que, logo mais, haja um bom contingente de boas cabeças pensantes trabalhando no segmento. Ganham as empresas, ganham os profissionais e ganha o Brasil, que já é reconhecido como um grande player de TI no mundo.

Planeje seus objetivos e acerte o alvo

É comum encontrarmos profissionais em TI perdidos, sem saber qual a melhor formação a ser feita. Com certeza, um bom artigo introdutório sobre isso irá ajudar.

Não faça nenhum curso sem antes fazer um planejamento estratégico da sua carreira!

Você não junta dinheiro sem saber o que deseja comprar, você não fez uma faculdade sem saber qual profissão seguir, e por aí vai. É necessário que nossas ações sejam planejadas e que estejam atreladas a um objetivo maior.

Você já planejou a vida toda, mesmo sem saber

Sem nos darmos conta, algumas ações que tomamos na nossa vida já estavam atreladas a objetivos que criamos. Mesmo que esses objetivos não tenham sido documentados em um planejamento estratégico mais formal, certamente você já tomou alguma ação atrelada a um objetivo. Este planejamento hoje em dia é feito, em muitos casos, somente até a escolha do curso superior: estudantes fazem medicina para serem médicos, estudam psicologia para serem psicólogos.

A faculdade terminou, a sua carreira não

Hoje já é mais que provado que somente uma formação superior não é garantia de sucesso profissional. Portanto, é hora de começar a planejar sua vida pós-faculdade. Dependendo da sua área, existem diversos caminhos a serem seguidos. Fazer a escolha certa só depende de você.

Em TI, por exemplo, uma das dúvidas mais comuns é sobre qual caminho escolher: gerencial ou técnico. Financeiramente, o mito de que um gerente ganha mais que um especialista técnico já foi desmistificado. Inclusive, é bem comum encontrarmos no mercado ótimos profissionais técnicos com remunerações maiores do que um profissional de cargo gerencial. Portanto, não paute sua decisão pelo dinheiro.

Defina seu objetivo e trace metas

Feita a escolha sobre onde chegar, planeje seus cursos de forma que estejam atrelados ao seu objetivo profissional. Não faça cursos somente por passatempo, ou porque existe alguma pressão no seu trabalho. Se você ainda não tomou essa decisão, procure outros profissionais na sua área, levante informações e fortaleça sua escolha.

Existe uma frase muito comum utilizada por profissionais de carreira que é "dinheiro não compra felicidade". Novamente, não paute suas decisões somente sob o prisma financeiro. Faça o planejamento estratégico da sua carreira e boa sorte!

iMasters

Desenvolvedor profissional. Será?

Segundo o dicionário da língua portuguesa, a definição de profissional é "pessoa que exerce uma certa profissão".

Então, se você exerce profissionalmente o papel de desenvolvedor de software, logo, você pode ser classificado como um "desenvolvedor profissional", correto?

Em tese, sim!

Digo em tese porque meu conceito de desenvolvedor profissional é diferente do que consta no dicionário. Tem muito desenvolvedor amador por aí no mercado, botando banca de super-herói, mas que na verdade gera mais bugs do que features de software. Mas como podemos identificar a diferença entre desenvolvedores profissionais e desenvolvedores amadores? Seguem algumas dicas:
  • Desenvolvedores profissionais planejam suas implementações antes de sair despejando linhas de código na aplicação. Desenvolvedores amadores freqüentemente trabalham com o método de tentativa e erro, ou seja, sem nenhum planejamento prévio ou analise de impacto em outras classes/módulos da aplicação.
  • Desenvolvedores profissionais se preocupam com o desempenho de suas soluções e não apenas se a especificação recebida foi atendida. Para desenvolvedores amadores, o importante é entregar o que foi pedido. Funcionar rápido é outra história!
  • Desenvolvedores profissionais produzem códigos legíveis e não se importam de fazer refactoring em seus códigos ou em códigos gerados por terceiros. Enquanto isto, os desenvolvedores amadores procuram no dicionário de inglês o significado da palavra refactoring.
  • Desenvolvedores profissionais trabalham com desenvolvimento orientado a testes, ou pelo menos estão ligados no assunto e gostariam de trabalhar no futuro. Desenvolvedores amadores não são pagos para testar; azar do testador, compilou sem erros está pronto!
  • Desenvolvedores profissionais estão atentos para outras atividades do ramo de desenvolvimento de software como análise de requisitos, banco de dados, padrões de projeto, metodologias de desenvolvimento, teste de software etc. Desenvolvedores amadores apenas programam!
  • Desenvolvedores profissionais trazem os problemas à tona sempre que os encontram. Desenvolvedores amadores varrem para debaixo do tapete.
  • Desenvolvedores profissionais geram códigos em menos tempo porque sabem que fazer uma coisa certa é mais rápido do que explicar por que a fez errado. Desenvolvedores amadores estão sempre se explicando para alguém.

E aí, você é amador ou profissional?

iMasters

Regra ou exceção?

O prodígio chinês Lim Ding Wen, de apenas 9 anos, ficou conhecido mundialmente após escrever o aplicativo "Doodle Kids" para o iPhone. O software, baixado por mais de 27 mil usuários, permite desenhar com o dedo na tela do smartphone da Apple. Para deletar o desenho, basta sacudir o aparelho.

Um entusiasta da área de informática como o Lim Ding Wen, porém, representa a exceção e não a regra. Trabalhadores autodidatas que buscam e conseguem, com sucesso, adquirir e aplicar conhecimentos técnicos são representantes do pequeno grupo de trabalhadores conhecidos como empreendedores. São aqueles que não se contentam nem com o que eles realizam no expediente do trabalho e nem com o que é passado em sala de aula.

Esses profissionais já entenderam que ideias são poderosas e, com as ferramentas certas, provavelmente muito lucrativas. Esse tipo de trabalhador é dotado de algo especial, que não vem da capacitação. Ele é dotado de paixão e do prazer da conquista, as diferenças fundamentais entre um profissional e o empreendedor. Os que alcançam notoriedade e fama são aqueles que enxergam o fato de que existem inúmeras oportunidades para inovar.

O bom profissional quer trocar de carro todo ano. O bom empreendedor tem certeza que vai revolucionar o cotidiano de milhões de pessoas, assim como fez o pequeno Lim Ding Wen. O bom profissional atua para subir a escada corporativa. O bom empreendedor defende agressivamente sua liderança excêntrica para manter domínio do mercado, como faz ostensivamente Steve Jobs, da Apple, fabricante do iPhone.

Além de competência técnica, o empreendedor astuto reconhece que ele precisa adquirir outros ativos para dar longevidade às suas ideias. Ele precisa saber avaliar outras pessoas, discernir entre "papo furado" e resultados concretos, capitalizar em cima das suas paixões, identificar fontes de poder e influência, ter credibilidade, saber quando se destacar e quando ser discreto, blefar, apreciar a arte da persuasão, entender intimamente a relação custo-benefício, como encarar fracassos e as sutilezas da diplomacia - especialidades de Bill Gates, outro entusiasta, que ganhou o mundo com a Microsoft.

Para o profissional comum, aquele que faz parte da regra e não da exceção, aí vai uma dica: diferente da empresa e o mercado, o ambiente onde se pode aprender estas habilidades vantajosas, sem quase qualquer consequência negativa, é a universidade.

O que se deseja de profissionais técnicos recém-formados é desembaraço. No mínimo eles precisam saber encontrar soluções e como implantá-las. Alunos em fase de conclusão de seus cursos precisam ser desafiados com problemas reais e complexos dentro da sala de aula, onde há um acompanhamento voltado para aprendizagem e não para a cobrança.

Esse profissional precisa dimensionar quais são os problemas que empresas e pessoas estão dispostas a pagar bem para serem resolvidos. Linguagens, ambientes de desenvolvimento, plataformas e tecnologias são ferramentas para solucionar problemas, aprender como desenvolver uma aplicação web com uma IDE integrada ao Apache Tomcat é fácil. Aprender como fazer a mesma aplicação garantir a integridade de dados espalhados por 23 servidores usando conceitos de grid computing dentro de 120 segundos não o é.

Às universidades, resta casar os dois aprendizados durante o tempo de curso do aluno, pois o mercado não oferece essa oportunidade. Quando um empreendedor fala "vou abrir o meu próprio negócio" não imagina como quais são os desafios para manter a sustentabilidade de seu negócio. Mais de 60% das empresas abertas morrem nos primeiros 5 anos de existência.

Antes de assumir riscos, é bom refletir seriamente sobre em que caso você se encontra. Descubra se você é regra ou exceção. Se você não passa seu tempo livre tentando aprimorar ou bolar algo que você acredita que pode mudar a vida de pelo menos uma pessoa, então fique onde está. Se fizer parte do time excepcional de Lim Ding Wen, Steve Jobs e Bill Gates, parabéns e sucesso! E lembre-se de adquirir habilidades que apenas os mais destemidos dominam.

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Gerald M. Weinberg

Certificação ou faculdade?

O objetivo desse artigo não é responder à pergunta do tema, uma vez que não existe apenas uma resposta para essa questão. Queremos apenas ampliar a visão sobre qual a melhor opção para cada caso.

Hoje em dia, uma das grandes dúvidas que os iniciantes da área de TI carregam com si por um longo tempo é a seguinte: Faculdade ou Certificação? Qual a melhor opção?

Isso é fato, e todos já sabem: o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo. As empresas exigem cada vez mais de seus funcionários. O profissional de hoje em dia deve ser flexível, estar adaptado a mudanças, saber parar no meio de uma tarefa e iniciar outra. Ser paciente com seus amigos de trabalho, educado. Ou seja, levar harmonia para o ambiente empresarial. Esses e muitos outros fatores são de extrema importância para um profissional, independente de sua área. E com certeza esses fatores são um dos primeiros a serem analisados por uma empresa durante a contratação de um funcionário.

Lógico que essas qualidades estão relacionadas com a personalidade de cada um. Nem todos possuem todas elas, porém possuem outras. O ponto chave é colocar em prática, dar a devida utilidade às qualidades que se tem.

Além da personalidade, outro ponto fundamental para um profissional é sua experiência prática. Existem alguns tipos de profissionais, vejamos alguns:
  • Profissional com muita experiência prática em seu ramo, porém sem universidade e sem certificação.
  • Profissional com muita experiência prática em seu ramo, formado em uma universidade e sem uma grande certificação.
  • Profissional com muita experiência prática em seu ramo, formado em uma universidade e com uma grande certificação.
  • Profissional sem muita experiência prática em seu ramo, porém formado em uma universidade e com uma grande certificação.

Qual seria o perfil ideal? Profissional formado em uma universidade? Ou profissional com uma bela certificação, como MCSE, CCNE, etc.? Ou uma combinação entre universidade, certificação e experiência?

Não tenham dúvidas, a combinação citada acima (universidade, certificação e experiência) é a combinação ideal hoje em dia.

Como citado anteriormente, o mercado de trabalho necessita de profissionais completos, com vasta experiência em sua área e uma bela formação. Além disso, paciência, inteligência, coragem, esforço, harmonia, etc. devem estar presentes na personalidade dos profissionais.

Mas para quem está iniciando não é tão simples assim. Uma faculdade dura cerca de quatro anos; para obter uma certificação MCSE, iniciando do zero, ou seja, fazendo treinamentos, estudando bem para os exames, um ano e meio é suficiente.

Aí surge a grande dúvida: "o que fazer primeiro?" Essa é uma pergunta extremamente complicada de ser respondida. Mesmo com 10 anos de experiência, formado em Análise de Sistemas e com as certificações MVP, MCP, MCSA e MCSE, não tenho uma conclusão do que realmente seja melhor. Sempre que me perguntam sobre esse tema, respondo o seguinte: "você deve fazer o que achar melhor, pense por si mesmo e decida".

Não existe fórmula, e depende de caso para caso. Se você precisar de um emprego rapidamente, com certeza a certificação seria uma boa opção. Agora, se você deseja uma formação mais sólida, e o emprego não é prioridade, a faculdade seria a melhor opção.

Agora, para quem tiver condições, o ideal seria fazer a faculdade e ao mesmo tempo se preparar para a certificação. Não é uma tarefa fácil, pois geralmente quem faz faculdade trabalha o dia inteiro para "bancar" o curso, estudando à noite. Como conseguir tempo para se preparar para uma certificação? Realmente é complicado, mas nada impossível. É só querer.

Fiz a faculdade, e ao mesmo tempo, busquei a certificação PHP Zend Certified Engineer. Não precisei de cursos ou algo parecido, apenas o livro oficial da certificação, somente disponível em inglês, foi o suficiente, já que tinha anos de experiência com PHP.

Não me arrependo de forma alguma, muito pelo contrário, achei essa decisão uma das mais importantes da minha vida. Acredito que vale a pena o esforço de se dedicar integralmente aos estudos para uma boa certificação. Os resultados serão ótimos, com certeza.

Posso estar enganado, mas as faculdades estão ultrapassadas hoje em dia. A maioria dos cursos universitários não são específicos. Por exemplo, em um curso de Ciência da Computação, são ministradas matérias de redes, banco de dados, multimídia, análise de sistemas, programação, sistemas operacionais etc. Ou seja, quem faz esse curso não é especialista em nada! Ele apenas sabe um pouquinho de cada área. Aí está o problema, como é que essa pessoa vai conseguir um bom emprego? Podemos ir mais longe, em qual área ela vai procurar um emprego? Redes? Programação? Internet?

Entre as empresas existe algo chamado "Mente Coletiva", ou seja, um bom profissional obrigatoriamente deve ser formado em uma universidade. Quem disse isso? De onde surgiu isso? Ou seja, a grande maioria simplesmente faz uma faculdade sem saber o porquê. Fazem porque as empresas só contratam quem tem um curso superior. Um profissional com experiência, certificação MCSE, com uma personalidade boa, tem um salário até 10 vezes maior do que um profissional que possui apenas uma faculdade.

É preciso coragem para sair dessa "Mente Coletiva" e fazer aquilo que realmente achamos melhor. Em nosso mundo não existem pessoas iguais, todos são diferentes. Portanto, cada um tem que tomar suas decisões, por si próprio. Ou seja, ampliar o entendimento de que muitas vezes tomamos decisões que não partiram de dentro de nós mesmos.

Vejam que nosso mundo não é simples. Por isso eu torno a dizer: façam aquilo que acharem melhor, e não aquilo que os outros acham melhor.

Inspirado no artigo original do iMasters.

Qual é o seu foco?

O objetivo é mostrar que não é preciso ter vergonha de vender o seu serviço, ou ser aquela pessoa que quando encontra algum concorrente (ou que trabalhe em uma empresa concorrente), sempre pergunta "como andam os projetos?", "e o mercado na sua região, vai bem?", "seus clientes pagam bem?". Em outras palavras, querendo entender por que eles vendem bem e você não, ou se eles venderam em um período em que você não conseguiu nada. Está na hora de acabar com isso!

Uma pergunta clássica, mas que pode definir toda a sua vida profissional: você já se perguntou qual seu foco de trabalho?

Muitas das propostas negadas ou até mesmo trabalhos realizados com insatisfação é porque o seu foco de trabalho não está definido. Veja bem, não se trata de clientes insatisfeitos; basicamente eles passam a existir quando você está insatisfeito com o trabalho que pegou.

Definir seu foco deve ser sua prioridade de vida se você quer viver de internet.

Há muita gente por aí fazendo sites para gato, cachorro, papagaio, lebre e até mesmo para macaco. É o tipo de pessoa que quer pegar todos os trabalhos, sem exceções, mas vai chegar um momento em que o FOCO - a especialização em um assunto - vai ser exigido.

E aí? O que você faria?

Por que definir o FOCO em seus projetos é tão bom e importante?

Definindo seu FOCO de trabalho você será conhecido como "O CARA" da solução procurada, será uma referência e isso é muito importante.

Observem as certificações do mercado. Por que algumas pessoas estudam tanto para ser um DBA ORACLE, DBA SQL Server ou mesmo obter as certificações que a Adobe oferece? A resposta é muito simples, eles querem ser referência no assunto. Isto é foco.

Vamos a um exemplo:

João, ainda na faculdade, decidiu começar a trabalhar com web, desenvolvendo sites, tomou esta decisão porque se identificou muito com as matérias de desenvolvimento e criação voltadas para web. Após dar seus primeiros passos a procura de trabalhos, se deparou com uma dúvida: para quem desenvolver sites?

Parênteses: mesmo sem se tocar disso, ele percebeu a necessidade de ter um foco. Voltemos.

Daí João fez um site para uma clínica veterinária. Durante este trabalho, ele viu que um pequeno projeto, que levaria 25 dias, acabou chegando aos 3 meses, sem prazo de finalização. João se pergunta:

* Por que este trabalho chegou a esta situação?
* Onde errei?
* O que poderia fazer para melhorar meus próximos trabalhos?

Em outra situação, João atendeu a uma loja de equipamentos de informática. Nesse projeto, ele precisou desenvolver um site com loja virtual. Todo o projeto deixou João empolgado e ele decidiu investir APENAS nesse segmento. Motivo? Ficou muito mais à vontade para trabalhar, com interesse em pesquisar, estudar novidades. Atitudes que toda pessoa que foca em alguma área deve tomar.

Outro ponto importante do FOCO é a liberdade de comunicação, até mesmo entre pessoas da mesma área, no nosso caso, web.

João passou a ser uma referência em sites com lojas virtuais, Pedro é uma referência em sites Escolares e ambos não pretendem investir em outra área, porque direcionaram todos seus trabalhos e pesquisas para o foco determinado. Isto permite que eles possam ter diálogos abertos sobre suas áreas, que são distintas, sem medo de serem lesados um pelo outro.

Para concluir, ser um profissional com foco em uma área é ter liberdade para criar, investir e se destacar já que a pessoa (jurídica ou física) possui domínio sobre aquela determinada área. É poder chegar na mesa do cliente e sugerir SOLUÇÕES, ao invés de simplesmente executar o que é pedido, afinal de contas VOCÊ É A REFERÊNCIA.

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Administre sua carreira como se fosse uma empresa

Quem nunca se viu diante de uma situação onde, aparentemente, sua carreira estava em algum outro lugar que não em suas próprias mãos? Este tipo de situação é cada vez comum nos dias atuais, principalmente em tempos de crise.

Deixar sua trajetória profissional nas mãos da sua empresa faz com que você se sinta um barco à deriva, limita seu crescimento e, provavelmente, diminui seus ganhos a longo prazo.

Para evitar essa situação, preparei alguns passos para que você assuma sua carreira e a administre como se fosse uma empresa. Leia, avalie (e comente) e inclua esses passos no seu planejamento de 2010. Aliás, você já fez/vai fazer um planejamento para o próximo ano, certo?

1. Faça um planejamento estratégico a cada três anos

Não há nada pior do que existir sem saber onde se quer chegar. Neste ponto, o planejamento estratégico da sua carreira fará com que você tenha metas a serem atingidas. Se possível, crie pontos de verificação a cada semestre. Esses pontos farão com que você meça periodicamente se suas ações estão atreladas a sua estratégia.

Não custa lembrar: você não está sozinho no mundo; desta forma, procure alinhar seu planejamento estratégico aos objetivos da sua empresa. Aposto que essa dobradinha terá um resultado sensacional.

2. Exponha seus objetivos para a empresa

De que adianta fazer um planejamento de carreira se sua empresa não tiver conhecimento? Discuta com seu superior seus objetivos e exponha suas metas. Procure obter a aceitação da empresa para eles. Desta forma, você estará administrando sua carreira sem esquecer do local onde trabalha. Isso também mostra que você tem objetivos. Acredite: as empresas preferem pessoas com metas, pois invariavelmente isso se reflete positivamente no trabalho.

3. Gerencie as mudanças

A pior mudança é aquela onde você considera apenas questões financeiras. Em caso de mudança, procure colocar na balança até que ponto elas estão atreladas à sua estratégia.

4. Vista a camisa da sua empresa e use isso ao seu favor

Em determinados momentos, dar um passo atrás na carreira pela sua empresa pode ser um diferencial para você no futuro. Porém, não se esqueça de considerar os riscos e lembre-se de que uma hora ou outra você terá que voltar para a estratégia definida.

5. Interprete cursos como fornecedores

Assim como em uma empresa, na sua carreira você precisa gerenciar seus fornecedores. Porém, no nosso exemplo, os fornecedores são cursos em geral. Se aperfeiçoe nos pontos necessários para que você consiga cumprir suas metas. Não faça cursos sem que eles estejam atrelados ao seu planejamento inicial. Por diversas vezes, já me deparei com pessoas muito técnicas no dia-a-dia e que fizeram cursos de gerenciamento de projetos ou afins. Por mais que um curso nunca seja "dinheiro jogado fora", certamente ele vai lhe trazer muito mais benefícios se estiver dentro do seu planejamento.

Conclusões

Este artigo procurou chamar a atenção para um tema muito importante: a administração da própria carreira. Nele, foram abordados cinco passos básicos para que sua carreira seja administrada como uma empresa. A abordagem foi proposta seguindo o planejamento estratégico, com a definição de metas, indicadores e pontos de verificação.

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Social Media, só depois das 18h

Texto de Marcela Daniotti, graduada em Publicidade e Propaganda pela Faculdade Cásper Líbero e especializada em Gestão de Marketing pela Fundação Getúlio Vargas. Hoje atua na CLM Software como analista de marketing.

Lancei uma pergunta no twitter cujas respostas me deram a idéia de escrever este artigo:

"O que perturba você na Internet?"

Engraçado. As respostas que eu recebi não tinham nada a ver com a Internet propriamente dita, mas com a "falta" dela. As pessoas reclamaram do bloqueio de vários sites no ambiente de trabalho. Logo que vi isso, lembrei de ter lido muito nos últimos tempos sobre o aumento do número de empresas (em nível mundial) que vêm bloqueando quase todos os sites sociais em suas redes, além de outras aplicações.

Li também sobre as estatísticas brasileiras sobre acesso à Internet e, vejam só: um número considerável de internautas ativos acessa a Internet no local de trabalho.

Pergunta: Sua empresa tem investido $ e tempo em campanhas de Social Media? As atualizações feitas ocorrem geralmente no "horário-peão"? Será que o seu público tem acessado seu conteúdo com força total?

Agora chegou a hora de tocar na ferida: Você é a favor do bloqueio ou da educação?

Vamos ser sinceros, pessoALL! Para entendermos melhor a situação, apresento-lhes o Zé Arrob@.

O Zé Arroba tem 25 anos. Tem perfil no orkut, facebook, twitter, youtube, flickr, ning, wordpress, blogspot, stumble, digg, vimeo, last.fm, blip.fm, etc. etc. etc. Na workstation do Zé tem MSN, Gtalk, Skype, ICQ (wow!), µtorrent, emule, limewire, etc. etc. etc.

O Zé passa o dia inteiro pulando de perfil em perfil, faz download de músicas e a sua taskbar parece uma árvore de natal, piscando em laranja. Ninguém é melhor do que ele no esquema alt-tab. Vive rindo baixinho e encaminhando email de piadas. Reconhece o tipo?

Um belo dia, o chefe do Zé cansa disso tudo e resolve bloquear todos os sites e aplicações. O que acontece? Escolha uma das alternativas:

a. ( ) O Zé Arroba toma jeito na vida, é promovido, torna-se o principal responsável pelo crescimento da empresa e vira capa da Você S.A., com a manchete "O Executivo do Ano".

b. ( ) O Zé Arroba entra em choque cyberfilático, vai para a copa da empresa e se suicida com a ajuda da cafeteira.

c. ( ) O Zé Arroba arruma um jeito de continuar morcegando. Leva o iPod, o jogo de gamão, a revistinha de sudoku e descobre o novo mundo do freecell.

Brincadeiras e exageros à parte, o que eu quero dizer é: GESTORES DO MEU BRASIL, não culpem a Internet pela baixa produtividade dos seus funcionários! Se o Zé não quer trabalhar, ele vai dar um jeito. Deixa o homem morcegar!

Não estou me candidatando à chapa dos websindicalistas, mas ao meu ver existem duas situações e em ambas a culpa é da empresa:

1) Meia dúzia de gatos pingados são "Zé Arrobas": culpa do RH. Caramba, como é que contrataram esse perfil? Dica: antes de contratar, faça uma busca nos principais sites sociais e trace um perfil do sujeito. Você consegue descobrir se ele é um hard-user ou não, se é folgado, se fala mal do patrão, e outras coisas do arco da velha!

2) A maioria das empresas é Zé Arroba: Sinto informar, mas se isso acontece na sua empresa, algo de muito grave está rolando para justificar a falta de interesse no trabalho. Invista em ações de endomarketing, campanhas de incentivo, etc.

Mas vamos ter bom senso. Se queremos lutar por um ambiente de trabalho livre, moderno e antenado, não devemos abusar. O computador da empresa não é para uso pessoal do funcionário. Programas peer-to-peer são pratos cheios para vulnerabilidades. O MSN pode ser substituído por comunnicators e outros clients, com uso restrito para comunicação interna. Tudo é uma questão de ajuste, conversa e educação.

Por que sobram vagas e faltam candidatos qualificados em TI?

Não é de hoje que se fala que o mercado brasileiro de TI está carente de bons profissionais. Pessoas com formação acadêmica, contudo, não conseguem boas colocações e muitas até desistem da área. O que está errado?

Uma pesquisa de outubro deste ano, divulgada pela Você S/A e realizada pela H2R, mostra que a falta de habilidade técnica é o principal problema para que o candidato consiga um emprego, especialmente na área de TI. Segundo a pesquisa, 57% das empresas qualificam a habilidade técnica como a mais importante característica desejável do candidato. Em segundo lugar está a formação acadêmica (23%), seguida pela disputa de talentos (19%), idiomas (12%) e habilidades comportamentais (11%).

Inicialmente, temos que considerar que o mercado brasileiro de TI tem crescido nos últimos anos a taxas superiores às da economia. Como há escassez de profissionais qualificados, cada vez fica mais difícil contratar os especialistas. E as empresas vão aumentando a quantidade de vagas abertas, sem profissionais qualificados para preenchê-las.

Por qual motivo isso acontece? A carreira de TI nem sempre é a primeira escolha dos estudantes universitários. Muitos confundem o profissional de TI com os "nerds" que não possuem vida social e só pensam e vivem em função dos computadores. Isso é um grande engano. Claro que há áreas e setores em que os "nerds" são necessários, mas isso acontece muito mais no exterior do que no Brasil. Aqui as empresas precisam de profissionais que saibam analisar sistemas, programar, gerenciar redes de computadores e banco de dados. Precisam de profissionais que entendam de negócio e saibam aplicar o conhecimento técnico na solução de problemas. Poucas empresas se dedicam a "criar" novas tecnologias - ambiente natural onde o "nerd" se desenvolve.

Muitas das melhores universidades brasileiras na área de TI, porém, se dedicam a formar "nerds". E muitos dos que se aventuram na área pensam que somente estes cursos darão a formação necessária para se entrar no mercado de trabalho.

Miopia de ambos os lados. Cursos mais rápidos, mais diretos e com foco no mercado de trabalho existem. São os cursos superiores de tecnologia, que propõem formar um profissional preparado para atuar em segmentos específicos na área de TI. E, por serem especializados, terão a habilidade necessária e requisitada pelas 57% das empresas pesquisadas. A mesma reportagem da Você S/A indica a necessidade de "Engenheiros Tecnólogos", ou seja, profissionais que ponham a mão na massa. Afinal, não adianta ter muitos caciques e quase nenhum índio... Ao optar por um curso de Engenharia, o aluno faz um curso mais longo, demora para entrar no mercado de trabalho e, depois que entra (se entrar), terá que se especializar para dar resultado à empresa.

Enquanto as universidades não formarem profissionais para as vagas em aberto no Brasil, este panorama continuará igual. Enquanto as empresas, por sua vez, não perderem o preconceito de contratar tecnólogos, continuarão recebendo alunos com habilidade aquém da necessária para cumprir seus contratos e os inúmeros postos de trabalho continuarão em aberto.

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Como pesquisar sobre uma empresa antes de ser entrevistado

É quase uma obrigação, antes de uma entrevista, conhecer a empresa onde você pode ser futuro funcionário. Isto inclui saber da sua missão, histórico e maiores clientes, e pode ser decisivo na hora de responder às questões do entrevistador. Além disso, pode servir para que você decida se realmente é nessa empresa que você quer trabalhar.

Muitas vezes, suas habilidades na área de TI podem te transferir para um setor completamente diferente da que você tem habilidade ou trabalha atualmente. Pesquisar sobre seu futuro local de trabalho é uma boa maneira de facilitar essa "transição" para uma área que você não conhece ou domina, e estar preparado para responder como seu conhecimento teórico e prático o ajudará.

Há várias maneiras de fazer esta pesquisa. Para início de conversa, faça uma busca no Google pelo nome da empresa, ou vá direto ao site da mesma. Verifique há quanto tempo ela existe, o seu tamanho, produtos e serviços, seus clientes, competidores, reputação, posição no mercado, onde a empresa está localizada, se aceita minorias, como deficientes físicos, em seus cargos de maior postulagem, metas da empresa a médio e longo prazo, e programas de treinamento.

Há outras maneiras de pesquisar sobre seu futuro local de trabalho, e estas são descobertas com o tempo, principalmente se você costuma mudar de emprego com frequência.

As pessoas pedem demissão de seus chefes, não das empresas

Gerência não é liderança ou liderança não é gerência? Bom, o que importa saber é que uma, definitivamente, não é igual a outra. Se você não concordou com esta sentença, certamente você é um gerente!

Infelizmente há muitos profissionais donos de diplomas, certificações e títulos vistosos importantes que só se preocupam em administrar, e não em liderar, se preocupam mais com os processos e esquecem das pessoas. Profissionais assim só se preocupam em manter a ordem e o controle, deixando em segundo ou terceiro plano coisas como: qualidade do trabalho, qualidade do ambiente de trabalho, convivência entre as pessoas e muitos outros aspectos sociais.

Na maioria das vezes as pessoas que estão sendo administradas por este tipo pedem demissão de seu chefe. Isso mesmo, não pedem demissão da empresa, mas sim do chefe. Estão, de certa forma, dizendo basta a um gerente ineficaz ou incompetente.

Liderar é servir

Liderança está longe de ser uma forma de comando e controle. Um líder não controla as pessoas; um líder deve favorecer a criação de um ambiente para que as pessoas criem, evoluam e tomem decisões por elas mesmas sem medo de serem repreendidas ou podadas. O líder deve inspirar confiança. Liderar significa conquistar as pessoas e envolvê-las para que coloquem toda sua criatividade, emoção e coração para a realização de um objetivo em comum.

Liderar não é necessariamente o papel do seu chefe. Não é preciso ser chefe, ou hierarquicamente superior, para ser um líder e influenciar outras pessoas a terem mais empenho e dedicação. Liderança é a capacidade de influenciarmos as outras pessoas para um bem comum.

Se você está disposto a se tornar um ou melhorar como líder, lembre-se de que precisa estar mais disposto ainda a mudar e a aceitar mudanças. É impossível evoluir e melhorar sem mudar. Seria loucura esperar um resultado diferente fazendo a mesma coisa de sempre. Você está disposto a mudar?

É muito fácil responder que sim, que se está disposto a mudar, mas a prática é muito difícil. Conseguir sair do seu pequeno universo, sua zona de conforto e entrar num mundo completamente novo e desconfortável é um desafio enorme e requer muita força de vontade e dedicação. Um líder não nasce líder, um líder se faz com muita dedicação, sinceridade, honestidade e força de vontade.

Lembre-se sempre: gerência é o que fazemos, liderança é quem somos!

Será que você tem sido um bom líder? Olhe a sua volta, veja como estão as pessoas que você liderou, estão bem? Evoluíram e cresceram? Se tornaram pessoas ou profissionais melhores? Ou será que pediram demissão de você? Você saberá o resultado da sua avaliação rapidinho.

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Por que as empresas ainda cometem antigos erros na construção de sites?

Quando as empresas começaram a construir os seus sites, os web designers mais criativos davam asas à imaginação e elaboravam logotipos giratórios, peças que se movimentavam e os internautas se encantavam enquanto a página carregava. Tudo belo e admirável. Mas a chegada da banda larga parece ter alterado o comportamento dos usuários. A rapidez trouxe também a ansiedade. Quem aguarda um site abrir se ele demorar mais que 15 segundos para mostrar o conteúdo? Mesmo com o artifício do aviso "carregando", com amostras de porcentagem, a impaciência nos faz partir para outro endereço na web.

Com tanta informação, o tempo parece precioso. É por este motivo que estamos na era Google: me ajude na escolha, traga tudo para mim, do modo mais fácil e o mais rápido possível (talvez seja por isso que o Twitter ganha cada vez mais seguidores).

Portanto, será que o seu site está adaptado para esta nova fase da web? Para muitos profissionais da área, esta discussão parece ser antiga, mas é impressionante o número de empresas que ainda desenvolvem páginas totalmente em flash. Estratégia ou falta de conhecimento?

Para explicar aos leigos, o conteúdo de um site construído totalmente em flash não é lido pelos robôs dos mecanismos de busca, ou seja, a probabilidade de que sua empresa apareça nas primeiras páginas do Google, por exemplo, é muito pequena.

Mas se hoje já é possível construir sites otimizados com leitura para os mecanismos de buscas, por que não fazê-lo? Quem atualmente não utiliza o Google para fazer suas pesquisas? Sai na frente quem já adotou estes recursos.

Recentemente, a Abracom (Associação Brasileira de Agências de Comunicação) promoveu uma palestra sobre as ferramentas de SEO (Search Engine Optimization), que são as estratégias para melhorar o posicionamento no Google, e o evento, que deu dicas práticas sobre o tema, teve recorde de audiência dos últimos encontros promovidos pela entidade.

Portanto, mesmo entre os profissionais de comunicação, o interesse em buscar informações sobre as novas mídias é grande. Para as assessorias de imprensa, uma grande oportunidade, já que essas ferramentas são fundamentais para alavancar o posicionamento do site dos clientes, assunto somente discutido no setor publicitário com mira nos links patrocinados. Atualmente, quanto mais atualização na página, divulgação e links espontâneos em publicações de qualidade na rede, mais chances de chegar às primeiras páginas dos mecanismos de busca.

Já para as empresas, é importante ter algumas informações técnicas de estratégias na web para que seu investimento seja certeiro. Se o tempo é precioso, é melhor estudar a ter de refazer o site porque não atende a linguagem dos tempos atuais. Saiba quem é seu público e defina qual o seu papel na internet. A construção de um blog empresarial, por exemplo, nem sempre é importante para os seus negócios. Também não acredite em profissionais que afirmem colocar a sua página na primeira posição do Google. A tarefa depende de inúmeros fatores, do setor de atuação e dos concorrentes. E na web, acredite, as pequenas empresas podem até mesmo ofuscar o desempenho das grandes.

E se a nova era trouxe a ansiedade, aproveite a oportunidade. Seja assertivo e descubra que seu papel no mundo virtual é mostrar ao internauta, desesperado por informações, que seu site está no momento presente!

Sandra Takata
iMasters

Inteligências Múltiplas

Segundo o dicionário Houaiss uma das definições de inteligência é "a capacidade de aprender e organizar os dados de uma situação, em circunstâncias para as quais de nada servem o instinto, a aprendizagem e o hábito; capacidade de resolver problemas e empenhar-se em processos de pensamento abstrato".

Um dos fatores que diferencia os seres humanos dos outros animais é a "racionalidade", ou seja, a capacidade agir de maneira racional, utilizando os pensamentos ao invés de apenas os instintos. A outra característica são as emoções (amor, ódio.....).

Muitas pessoas confundem inteligência com estudo, porém há pessoas sem estudo que são muito inteligentes, mas não tiveram a oportunidade de desenvolver-se no campo acadêmico, e pessoas com estudo que não são tão inteligentes assim, mas que tiveram acesso a uma boa base educacional.

Na década de 1990 uma equipe de pesquisadores da Universidade de Harvard, liderada pelo Dr. Howard Gardner, desenvolveu uma teoria até então inovadora, das inteligências múltiplas, na qual foram identificados vários tipos de inteligência, tais como:

1. LINGÜÍSTICA: habilidades no uso da linguagem (falada, escrita) para se expressar e entender melhor aos demais.

2. LÓGICO-MATEMÁTICA: fácil entendimento de padrões e ordem sistemática de fatores e criar deduções sobre possibilidades para de maneira lógica chegar a conclusões e soluções - geralmente esta inteligência está mais desenvolvida nos cientistas e matemáticos.

3. ESPACIAL: percepção e alto grau de entendimento visual (cores, texturas) e espacial (formas, localização no espaço) da realidade que nos cerca - este tipo de inteligência pode ser encontrado mais aparente em engenheiros, arquitetos, artistas plásticos, etc.

4. EXISTENCIAL: entendimento das questões existenciais e fundamentais da realidade que nos cerca, tais como vida e morte, geralmente mais evidente nos filósofos e pensadores.

5. MUSICAL: maior capacidade de entender as diversas dimensões da música (ritmos, tons, notas musicais, tipos de instrumentos e possibilidades sonoras), interagindo e criando novas estruturas musicais.

6. CINESTÉSICA-CORPORAL: uma maior compreensão e afinidade das funções motoras resultando no melhor uso do corpo em diversas formas e possibilidades (rapidez, força, reflexos...) - em geral esta inteligência está mais evidente em atletas, dançarinos.

7. INTERPESSOAL: maior entendimento das relações interpessoais (do indivíduo com os demais), com uma boa percepção das reações dos demais (desejos, sentimentos, opiniões) propiciando ao indivíduo uma melhor interação com os outros.

8. INTRAPESSOAL: a capacidade do indivíduo entender a si mesmo, suas motivações (desejos, frustrações, emoções, sentimentos) formando uma auto imagem imparcial e justa, podendo desta forma melhorar a auto-estima de forma que conhecendo suas capacidades pessoais e possibilidades o indivíduo possa estar bem consigo mesmo e buscar uma melhor qualidade de vida.

As inteligências múltiplas interagem a partir do momento em que cada indivíduo tem uma mais desenvolvida do que outras. Porém, nenhuma é melhor ou pior do que as demais: é apenas uma questão de aptidão e vocação para determinadas atividades serem mais evidentes em uns, do que em outros. Afinal, nem todos podem ser cantores, nem todos podem ser matemáticos. O importante é que o indivíduo entenda sua real natureza e possa, com isso, buscar estar bem consigo e com os outros.

Boa sorte e sucesso!

José Luis Amâncio
iMasters

Por que alguns profissionais de TI adquirem experiência mais rapidamente?

Um profissional de TI experiente é alguém que tem excelência em tudo que faz. É alguém capaz de tomar decisões rapidamente, entender um problema, intuir e agir produzindo um resultado muito bom sem demandar um grande esforço. Parece algo inato e difícil de conseguir, mas na realidade não é. Os mais experientes têm uma postura e método diferentes daqueles que evoluem muito pouco e não sabem o porquê.

A experiência em si é a presença do profissional em várias situações do trabalho: crises de infraestrutura, negociações com fornecedores, problemas com prazo e escopo de projetos, clientes problemáticos, quedas de performance, bugs de software, problemas de requisitos, etc. O contato com esses objetos e as suas representações na nossa mente é que determinam a experiência. A experiência proporciona informações que podem nos fazer melhorar. Podem porque não necessariamente nos fazem melhorar. Para melhorarmos, esta deve ser acompanhada por algo que nos torne excelente. Algo que dependa exclusivamente do profissional. Quando pensamos após uma experiência, estocamos mais um episódio da nossa vida. A sua análise crítica permite o estoque de novos conhecimentos. Ficamos assim mais sábios. Mais na frente, diante de uma experiência semelhante, sacamos o episódio e todo o conhecimento resultante da crítica, e o aplicamos da melhor forma possível diante da situação.

Há algum tempo, enviei uma comunicação sobre uma mudança num sistema que afetaria um cliente. O conteúdo descrevia o que estava sendo feito para minimizar os riscos. Sem perceber, mencionei as ações a serem feitas a posteriori e recebi uma resposta agradecendo pela antecipação aos problemas. A palavra "antecipação" ficou gravada na minha memória e literalmente "caiu a ficha". Percebi que sempre explicitar nas comunicações os próximos passos, mesmo que replanejados no futuro, aumenta a percepção de controle de uma melhor gestão. Pois a atividade parece ser conduzida por alguém com uma maior bagagem, alguém mais experiente. Guardei esta técnica e atualmente faço isso sem perceber em todas as minhas comunicações. Ou seja, a experiência só foi útil porque decidi mudar e explorar a forma da minha comunicação.

Os profissionais experientes utilizam o dia-a-dia para explorar ao máximo as suas experiências. Por exemplo, durante um problema na performance de um banco de dados, um técnico interage com uma solução de storage. Este poderia resolver o problema acionando o fornecedor - previsto em contrato - sem explorar o que aconteceu em detalhes. Mas pode aproveitar a oportunidade para entender o problema técnico e todos os conceitos, comparar com outras soluções, identificar problemas semelhantes em outro hardware. Pode também explorar os eventos da ocorrência tais como o tempo de identificação do problema, a cortesia no atendimento, o SLA, etc. A crítica da técnica e do episódio podem ser tão detalhadas e aprofundadas quanto se queira, e quanto mais se explora, mais conhecimento profissional se adquire. A crítica do episódio, sequência de eventos, tem um outro produto: o contexto.

O contexto de uma determinado episódio é o conjunto de todas as circunstâncias que o cercam. É, por exemplo, o fato de o cliente ter razão ou não, ou se está apenas argumentando; é entender que existe uma questão política; é perceber que o problema é de definição e não de execução ou admitir que você está errado e se posicionar como tal. O profissional experiente entende melhor o contexto e o seu curso de ação é baseado neste entendimento. Por exemplo, a comunicação detalhada das causas raízes de um problema de infraestrutura se aplica dentro de TI, mas o bom senso recomenda reduzir o volume de informações para comunicações externas a TI. Nesse caso, vale a regra: quanto menos informação, melhor. Pois o cliente interno desconhece a tecnologia e provavelmente qualquer crítica será destrutiva e só amplificará o problema. O que é adequado para um contexto, pode não ser para outro. Capturar esses nuances não é tarefa fácil e requer muita análise crítica e comparação com conceitos existentes.

Os profissionais experientes entendem melhor todas as variantes da mesma situação e as associam aos conceitos. Problemas são associados a gestão de crises e análise de causa raiz. Quedas de performance são associadas a plano de capacidade, SLA e equipes de alta performance. Problemas de projetos são associados a gestão de escopo, a gestão de prazo e custos. É sempre possível associar alguma situação a um conceito e resgatá-la no futuro. A associação com o conceito permite uma comparação entre as melhores práticas e a ação. O profissional experiente faz isso num piscar de olhos, resgatando os seus antigos episódios e conceitos relacionados.

Podemos concluir que um profissional de TI experiente não é necessariamente alguém "velho" pois a experiência vem muito mais da reflexão do que da kilometragem. Este parece possuir um estoque de conhecimentos interminável pois está sempre aprendendo com todas as situações. Explora a técnica em detalhes ao mesmo tempo que determina o contexto de cada situação de trabalho. Mentalmente associa as situações aos conceitos e os desvios desses batimentos determinam as suas ações. Lê bastante mas entende que a leitura por si só não é origem do conhecimento mas somente a reflexão sobre o que lê e a sua utilização prática faz dele um pessoa mais experiente.

Paulo Farias
iMasters